Nos primeiros dias da imunização, São Paulo vacinou 50 mil profissionais da Educação
O Estado de São Paulo iniciou neste sábado (10), a vacinação de 350 mil profissionais da Educação contra a Covid-19. Até esta segunda-feira (12), 50 mil profissionais já haviam tomado sua primeira dose de vacina.
“O primeiro Estado a iniciar a imunização de professores e trabalhadores do ensino foi o Estado de São Paulo. Foi uma decisão corajosa, mas bem planejada. A partir de hoje, 350 mil profissionais de Educação serão vacinados em São Paulo e começamos exatamente aqui, em Suzano, na Raul Brasil”, disse o governador do estado João Doria.
A primeira dose foi aplicada na merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, na Escola Raul Brasil, na cidade de Suzano. O ato também marcou a reabertura da unidade, que passou por uma grande reforma em 2020, após o massacre ocorrido em 2019.
“A merendeira Silmara Moraes foi a primeira servidora da Educação a ser vacinada. No fatídico episódio em 2019 aqui na Raul Brasil, Silmara acolheu vários alunos na cozinha no momento do tiroteio, salvando a vida deles. Não posso conter minha felicidade e emoção por este início da imunização dos profissionais da educação”, celebrou o secretário da Educação Rossieli Soares.
Com a nova etapa da imunização contra a Covid-19, o governo paulista pretende vacinar 350 mil trabalhadores com 47 anos ou mais e que atuam em unidades dos 645 municípios de São Paulo públicas e particulares de ensino infantil e básico.
A primeira fase da vacinação nas escolas atende a profissionais que atuam desde creches até o ensino médio em qualquer unidade pública ou particular dos 645 municípios de São Paulo. A medida visa garantir mais segurança para o retorno das atividades presenciais que se reiniciam nesta semana.
A partir da idade mínima de 47 anos na etapa inicial, a campanha vai imunizar secretários, auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários.
A vacinação era uma reinvindicação dos profissionais para a realização de aulas presenciais
Com o fim da fase emergencial do Plano São Paulo, do governo do estado, as escolas municipais da capital voltam a receber alunos já nesta segunda-feira (12).
A decisão da volta às aulas foi anunciada sexta-feira (9). Em março, um decreto do governo estadual já havia tornado a educação um serviço essencial, autorizando assim o funcionamento das escolas em qualquer fase do Plano SP.
Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, nos dias 12 e 13 as escolas da rede reabrirão para orientar e comunicar os pais sobre o retorno, além de organizar os alunos em rodízios. Mesmo a educação sendo um serviço essencial, o estado manteve o atendimento dos alunos no limite de 35%. Na rede municipal, o rodízio só não acontece na Educação Infantil.
A orientação da rede estadual é dar prioridade para crianças da Educação Infantil e da fase de alfabetização devido à dificuldades com o ensino remoto e com alunos com defasagem na aprendizagem, com necessidade de alimentação escolar ou com a saúde mental em risco. “Temos um mapeamento com alto grau de ansiedade, depressão, suicídio, e é importante que a gente tenha nesse mapeamento uma prioridade de atendimento”, disse Rossieli.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, todas as 4 mil escolas municipais estão abertas independentemente de receber alunos. Como a presença não é obrigatória, cabe aos pais decidirem se os estudantes vão voltar a frequentar as escolas ou seguirão com o ensino a distância.
A Secretaria Municipal de Educação disse também que a preferência é para alunos que são filhos de profissionais dos serviços essenciais como saúde, educação, assistência social, transporte público, segurança e serviço funerário.
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