Estudantes convocam manifestação contra o roubo da merenda no Largo do Socorro

 

Grêmios de diversas escolas da zona sul realizarão amanhã a segunda manifestação da região contra o roubo da merenda e o fechamento de salas de aula pela gestão do governo do Estado de São Paulo. Se sua escola ainda não se mobilizou, entre em contato conosco ou nos encontre às 8 horas da manhã no Largo do Socorro

 

A UMES convocou para amanhã (15) a segunda manifestação da região sul contra o escândalo da merenda e o fechamento de salas de aula perpetrado pela gestão Alckmin contra a escola pública. Sob a palavra de ordem "cadê minha merenda?" os estudantes da região vão sacudir a zona sul e exigir explicações para o governo. “Queremos saber onde está a nossa merenda! Por que aqui na zona sul muitos estudantes contam com a alimentação escolar e não vamos aceitar que pilantra nenhum roube a merenda dos estudantes”, afirmou o vice-presidente da UMES, Tiago Cesar, ao convocar a mobilização.

 

A manifestação foi organizada pelos grêmios das escolas Maestro Callia, Beatriz Lopes, Prof. Dr. Laerte Ramos de Carvalho e José Vieira de Morais, na Cidade Dutra, em conjunto com a Nair Olegário Cajueiro, Prof. Eulália Silva, Eugenio Mariz de Oliveira Netto e José Lins do Rego, no Jardim Ângela. “Estamos convocando todos os estudantes da região sul para essa manifestação contra o roubo da merenda e o fechamento de nossas salas de aula aqui no Estado de São Paulo. Realizamos panfletagens em diversas escolas e muitos grêmios estão envolvidos mobilizando os estudantes de suas escolas e a comunidade”, comentou Tiago.

 

A manifestação terá início às 7 horas da manhã e partirá em marcha para o Largo do Socorro, onde devem se encontrar por volta das 8 horas para realizar um ato conjunto.

 

 

Na última sexta (8) a região sul havia realizado sua primeira manifestação contra o roubo da merenda no governo de São Paulo, quando centenas de estudantes das escolas Maestro Callia e Beatriz Lopes ocuparam as ruas da Cidade Dutra. Portando dezenas de cartazes e com uma faixa anunciando a “revolução estudantil”, os estudantes marcharam cantando palavras de ordem como “a escola ele fechou, a merenda ele roubou. Geraldo é só caô.” ou “suco de laranja com bolacha de água e sal. Roubaram a merenda da escola estadual”.

 

Para a estudante Mariana Garcia, que organizou a mobilização pela Escola Estadual Maestro Callia, “essa é uma luta pelos direitos dos estudantes e dos professores. Estamos na rua para denunciar a máfia da merenda e o fechamento das mais de 1500 salas”. A estudante explicou que a manifestação foi organizada de última hora e mesmo assim reuniu centenas de estudantes. “Por mais que o governo de São Paulo tenha uma politica de educação precária mostramos que temos força para enfrentar o sistema”. Para Laura Regina, que também organizou a manifestação pela escola Maestro Callia, “é de suma importância que os estudantes organizem estes tipos de manifestação. Foi uma movimentação bem grande na escola e conseguimos denunciar o roubo da merenda”.

 

 

Letícia Guedes, uma das organizadoras pela escola Beatriz Lopes, afirmou que “embora muitos alunos ficaram preocupados com possíveis faltas ou notas baixas devido a ausência, eles saíram pra rua durante a aula pra denunciar o escândalo da merenda e o abandono da escola pública”.

 

Tiago complementou que é muito importante organizar os grêmios. “Pessoas ligadas ao governo Alckmin roubaram nossa merenda. E junto dessas notícias só vemos cortes e mais cortes na educação. É por isso que precisamos nos organizar cada vez mais nas escolas para mobilizar os estudantes e denunciar mais esse crime que é o roubo da merenda”.

 

Luan Oliveira no megafone durante panfletagem em sua escola

 

Já Luan Oliveira, presidente do Grêmio da escola Nair Olegário Cajueiro, disse que participar da organização dessa manifestação foi uma experiência muito importante e diferente. “Os estudantes sabem pouco sobre o roubo da merenda”, alertou a liderança dizendo que embora falte preparo dos estudantes para resolver a crise, com o apoio da militância organizada, a exemplo da UMES, mobilizar os estudantes fica mais fácil. “É preciso mudar essa educação burocratizada que existe hoje”, disse o estudante queixando-se que a escola precisa preparar os estudantes para a vida.

 

Por fim Tiago lembrou que “o Jardim Ângela é uma região completamente esquecido pelo governo. É um bairro carente que realmente precisa da merenda e o roubo da comida dos estudantes vem no sentido de sucatear ainda mais a educação. É um crime, uma violência contra a juventude. Por isso amanhã vamos estar mais fortes, mais organizados aqui na zona sul para denunciar esse crime”.

 

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