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Enquanto corta as verbas da Saúde e Educação, Dória declara guerra contra pichadores e grafiteiros

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a atacar pichadores em entrevista à rádio CBN no último sábado (4), e de acordo com ele a perseguição vai continuar, “a prefeitura não vai ter tolerância com pichador. Não há diálogo com contraventor. Todo pichador é bandido”. Enquanto isso, Dória corta leite e transporte das crianças, anuncia fechamento de farmácias populares, deixa as ruas com verdadeiras crateras e abandonada praças e parques.

Mas para ele, como os pichadores oferecessem grande risco à sociedade, “a prefeitura vai gastar o que for necessário para proteger a cidade [dos pichadores]”.

O prefeito tucano preparou um projeto de lei que cria uma multa de até R$ 50 mil para quem pichar monumentos públicos. Quem não tiver condições de pagar prestará serviços comunitários, como a limpeza urbana ou a jardinagem da cidade. Vale tudo para deixar a “Cidade Linda”, e cinza.

Ao iniciar sua gestão, Dória congelou os orçamentos de diversas áreas da Prefeitura, inclusive a verba para a Educação (-28%) e Saúde (-20,7%). Mas, perseguir grafiteiros e pichadores é a prioridade da gestão.

Na Cultura, o contingenciamento dos recursos, chega a 43,5%. A Gestão Ambiental foi a área que teve o maior corte, proporcionalmente: 44,5% dos recursos foram congelados, somando R$ 79 milhões. Em Saneamento, os cortes de custeio foram de R$ 45 milhões, ou 25% do orçamento. No mesmo decreto, Doria congelou percentuais menores em investimento em Urbanismo, que cuida de ações de zeladoria, bandeira do início de governo, liberando R$ 215 milhões para gastos. O levantamento dos dados foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Já no mundo real, pais de alunos que frequentam escolas municipais, que voltaram às aulas esta semana, estão sendo avisados sobre o corte no Transporte Escolar Gratuito (TEG) através de motoristas ou pelas escolas.

Na gestão anterior, a van era disponível para quem morava a mais de 2 km da escola, pelo trajeto de carro. Já Dória passou a calcular a distância entre a casa do aluno e a escola pela rota a pé. Com isso, muitas famílias que moram a menos de 2 km pela rota a pé, mas a mais do limite pelo trajeto de carro, não terão mais o transporte neste ano. Outro programa que vai ser cortado pela prefeitura é o fornecimento de leite para crianças da rede municipal. A entrega, que hoje é feita para 900 mil estudantes da creche ao 9° ano.

Danuzia Costa, desempregada, que tem uma filha de 2 anos e 8 meses estudando em uma creche da zona sul, critica a medida, “tem tanta coisa para cortar, vão tirar logo o leite das crianças?”. Já a comerciante Monica Candido, conta que costuma usar o produto para fazer vitaminas, pão e bolo para a filha de 2 anos, “é a base da alimentação, não tem sentido cortar”.

Mas o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, afirmou que também será revista a compra de material escolar e informou que “todos os contratos estão sob revisão” e que “se tiver que rever o leite, contratos de serviços terceirizados, se tiver que aprofundar essa revisão, por mais mérito que tenha, vamos fazer”.

Dória confirmou ainda que o fechamento das mais de 900 farmácias do SUS está em estudo. Segundo ele, a ideia é transferir a distribuição dos remédios gratuitos à população para a rede privada, já que, existe muita burocracia em entregar os remédios na rede do município. A ação irá prejudicar a população mais pobre da cidade, pois as redes comerciais defendidas pelo prefeito estão localizadas nos bairros centrais de São Paulo, e não no bairro onde a pessoa reside.

CAMILA SEVERO – Jornal Hora do Povo

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Volta as aulas é marcado por atividades da UMES

 

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Hoje as aulas voltaram normalmente em algumas escolas da capital de São Paulo, e com isso, os diretores da UMES e Capoeira da UMES realizaram atividades em duas escolas, na Etec Getúlio Vargas, tradicional escola técnica de São Paulo e na EE. Marina Cintra, no centro de São Paulo.

 

Na Etec Getúlio Vargas, houve a recepção dos novos alunos da escola, por meio de panfletagem sobre o ensino técnico voltado ao desenvolvimento e também sobre o bloco da UMES. Na EE. Marina Cintra, houve uma apresentação de Capoeira, realizada pelo grupo da UMES e também pelos diretores da entidade.

 

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Lucas Chen, Diretor de escolas técnicas da UMES e estudante da Etec Getúlio Vargas frisou as atividades e falou sobre a importância de acompanhar o inicio de aulas dos estudantes “Na ETE GV, a maior escola técnica de São Paulo, os estudantes sofrem com a realidade existente, encontrada na escola, desde a estrutura, a qualidade do ensino e afins. Para os novos estudantes, é importante frisarmos a eles da luta existente por uma educação e ensino técnico de qualidade, que desde 2015, adentramos junto ao grêmio e organizamos as bases, realizamos atos e manifestações e conquistamos o almoço para os estudantes. Mas nossa luta não para e que esses novos estudantes da GV, venham a se somar para assim, conseguir um ensino técnico de qualidade”.

 

“Desde o ano passado, nos realizamos uma série de atividades em todas as regiões de São Paulo, apresentando a capoeira, a história, à luta de libertação e sua cultura para milhares de estudantes da cidade e esse ano não será diferente. A capoeira é cultura, é esporte e é do nosso povo, precisa estar nas escolas cada vez mais e que assim, possamos viver nossa cultura genuinamente nacional” Afirmou Lucas Chen.

 

Os diretores da UMES seguem pelas escolas, realizando as atividades durante todo o mês de fevereiro, estando sempre diretamente com o estudante.

UMES Parabeniza São Paulo pelos 463 anos

 

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A União Municipal dos Estudantes Secundaristas parabeniza São Paulo pelos seus 463 anos. A festa que começou hoje cedo no tradicional bairro do Bixiga, com o famoso bolo distribuído a população, realizado pelas associações do bairro com ajuda da diretoria da UMES, se espalha pela cidade inteira, com shows, apresentações culturais e artísticas representando toda a diversidade presente em nossa cidade.

 

São Paulo, com quatro milhões de estudantes secundaristas, é a maior cidade e mais importante do Brasil. A nossa luta se faz presente em todos os cantos da cidade, com sonhos, anseios e batalhas a serem travadas todos os dias. A cidade que foi palco de resistência na ditadura, nas diretas já! No Impeachment do Collor, das manifestações de Junho e uma serie de lutas históricas, é o nosso alicerce, que nos faz lutar a todo momento, buscando a melhoria da educação, a melhoria dos direitos da nossa cidade e do povo! Parabéns São Paulo, 463 Anos, é o que deseja a UMES.

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Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta

 

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Situado no coração do Bixiga (Rua Rui Barbosa 323 – Sede Central da UMES), o Cine-Teatro Denoy de Oliveira reinicia no dia 6 de fevereiro sua Mostra Permanente de Cinema Italiano.

Os filmes são exibidos sempre às segundas-feiras, às 19h, com entrada grátis.

Inaugurada em maio de 2016 pelo CPC-UMES (Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo), a mostra foi acolhida com carinho pelo público interessado em ver e rever as grandes obras de uma cinematografia marcada pela criatividade de seus artistas e o humanismo de seus temas.

Em 2017 estaremos apresentando 41 filmes de 23 diretores consagrados. Participe.

 

 

PROGRAMAÇÃO DO ANO DE 2017

(06/02)   CINEMA PARADISO – Giuseppe Tornatore (1988), 124 min.

(13/02)   MALENA – Giuseppe Tornatore (2000), 109 min.

(20/02)   O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS – Píer Paolo Pasolini (1964), 137 min.

(06/03)   OPERAÇÃO SAN GENARO – Dino Risi (1966), 104 min.

(13/03)   ESSA VIDA DURA – Dino Risi (1961), 118 min.

(20/03)   AQUELE QUE SABE VIVER – Dino Risi (1962), 105 min.

(27/03)   PERFUME DE MULHER – Dino Risi (1974), 103 min.

(03/04)   O POSTO – Ermanno Olmi (1961), 93 min.

(10/04)   A ÁRVORE DOS TAMANCOS – Ermanno Olmi (1978), 186 min.

(17/04)   BOM DIA, BABILÔNIA – Irmãos Taviani (1987), 117 min.

(24/04)   A NOITE DE SÃO LOURENÇO – Irmãos Taviani (1982), 107 min.

(08/05)   AMOR E ANARQUIA – Lina Wertmüller (1973), 124 min.

(15/05)   MIMI, O METALÚRGICO – Lina Wertmüller (1972), 121 min.

(22/05)   GIRASSÓIS DA RÚSSIA – Vittorio de Sica (1970), 107 min.

(29/05)   DUAS MULHERES – Vittorio de Sica (1960), 101 min.

(05/06)   QUATRO DIAS DE NÁPOLES – Nanni Loy (1962), 116 min. 

(12/06)   1900 – PARTE 1 – Bernardo Bertolucci (1976), 162 min.

(19/06)   1900 – PARTE 2 – Bernardo Bertolucci (1976), 154 min.

(26/06)   ARROZ AMARGO – Giuseppe De Santis (1949), 108 min.

(03/07)   A TERRA TREME – Luchino Visconti (1948), 160 min.    

(10/07)   A ESTRADA DA VIDA – Federico Fellini (1954), 108 min.              

(17/07)   ROMA – Federico Fellini (1972), 120 min.

(24/07)   OITO E MEIO – Federico Fellini (1963), 108 min.

(07/08)   BOCCACCIO ‘70 – Monicelli, Fellini, Visconti, De Sica (1962), 208 min.

(14/08)   OS MONSTROS – Dino Risi (1963), 115 min.

(21/08)   ROMEU E JULIETA – Franco Zeffirelli (1968), 138 min.

(28/08)   MEDITERRÂNEO – Gabriele Salvatores (1991), 96 min.

(04/09)   O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE – Mario Monicelli (1966), 120 min.

(11/09)   A GRANDE GUERRA – Mario Monicelli (1959), 137 min.

(18/09)   MEUS CAROS AMIGOS – Mario Monicelli (1975), 140 min.

(25/09)   SEDUZIDA E ABANDONADA – Pietro Germi (1964), 115 min.

(02/10)   DOIS DESTINOS – Valério Zurlini (1962), 115 min.

(09/10)   O DIA DA CORUJA – Damiano Damiani (1968), 112 min.

(16/10)   CADÁVERES ILUSTRES – Francesco Rosi (1976), 120 min.

(23/10)   Il DIVO – Paolo Sorrentino (2008), 120 min.

(30/10)   O CROCODILO – Nanni Moretti (2006), 112 min.

(06/11)   O QUARTO DO FILHO – Nanni Moretti (2001), 100 min.

(13/11)   SOSTIENE PEREIRA – Roberto Faenza (1996), 104 min.

(20/11)   O COMISSÁRIO PEPE – Ettore Scola (1969), 102 min.

(27/11)   A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO – Ettore Scola (1990), 132 min.

(04/12)   A FAMÍLIA – Ettore Scola (1986), 127 min.

 

 

DIRETORES APRESENTADOS NA PROGRAMAÇÃO DE 2017

 

Giuseppe Tornatore (1956)

Nascido na Sicília, Tornatore atuou no teatro, foi fotógrafo free-lance e trabalhou na TV estatal italiana, a RAI. Lançou seu primeiro longa-metragem em 1985: “O Camorrista”. Em 1988, obteve sucesso mundial e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Cinema Paradiso”. Dirigiu também “Estamos Todos Bem” (1990), “Sempre aos Domingos” (1991), “Uma Simples Formalidade” (1994), “O Homem das Estrelas” (1995), “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), “Malena” (2000), “A Desconhecida” (2006), “Baaria, A Porta do Vento” (2009), “O Melhor Lance” (2013), “Lembranças de um Amor Eterno” (2016).

 

Pier Paolo Pasolini (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros cinematográficos e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando foi lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho Segundo Mateus” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

Dino Risi (1916-2008)

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia  all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe VIver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prrêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

Ermanno Olmi (1931)

Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França.  

Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

 

Vitorio Taviani (1929) e Paolo Taviani (1931)

Os Irmãos Taviani nasceram em San Miniato, na Toscana. Realizaram 22 filmes, ao longo de 60 anos, e seguem na ativa, tendo lançado em 2015 “Maravilhoso Boccaccio”,  adaptação de cinco contos do “Decameron”. Iniciaram a carreira em 1954 com o curta “San Miniato, luglio ’44”. Em 1960 rodaram o documentário “L’Italia Non É Un Paese Povero” em parceria com Joris Ivens. Com “Os Subversivos” (1967) e “Sob o Signo de Escorpião” (1969), começaram a fazer sucesso. Seus próximos filmes são considerados clássicos: “Pai Patrão” (1977), Palma de Ouro no 30º Festival de Cannes; “A Noite de São Lourenço” (1982), Prêmio Especial do Júri em Cannes; “César Deve Morrer” (2012), adaptação do “Julio César” de Shakespeare, encenado por um grupo de detentos da prisão de segurança máxima Rebibbia, de Roma, foi ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim (2012). Outros filmes conhecidos dos Irmãos Taviani são: “Kaos” (1984), “Bom Dia, Babilônia” (1987); “Noites com Sol” (1990); “Aconteceu na Primavera” (1993). 

 

Lina Wertmüller (1926)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outros dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda-Feira” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “Francesca e Nunziata”, telefilme estrelado por Sofia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale.

 

Nanni Loy (1925-95)

Giovanni Battista Loy nasceu em Cagliari, na Sardenha, e se formou em direção de cinema no Centro de Cinema Experimental de Roma, em 1948. Estreou como diretor (e escritor) com “Parola di Ladro” (1957), ao lado de Gianni Puccini, um filme sobre o mistério de um assassinato no pós-guerra. Loy passa a dirigir sozinho em 1959 com “L’Audace Colpo del Soliti Ignoti”. Nos anos seguintes  assina dois filmes sobre a Resistência: “Um Dia de Leões” (1961) e “Os Quatro Dias de Nápoles” (1962), com Gian Maria Volontè, que ganhou o prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) no 3º. Festival de Moscou. Sua habilidade para a comédia e a sátira se expressa em várias obras como “O Pai da Família” (1967), “Café Express” (1980), “Mi Manda Picone” (1984) e “Scugnizzi” (1989).

 

Vittorio De Sica (1901-74)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

Bernardo Bertolucci (1941)

Filho do poeta e crítico de cinema Attilio Bertolucci, Bernardo Bertolucci nasceu em Parma. Começou cedo, ainda no final dos anos 50, quando realizou seus primeiros curta-metragens em 1959 e 1960. Em 1961, frequentou a Universidade de Roma onde começou o curso de Literatura Moderna após trabalhar como assistente de direção em “Accattone”, de Pier Paolo Pasolini. Estreou como diretor em 1962 com o longa “A Morte”.

Conhecido por sua versatilidade, Bertolucci tem entre suas obras “Antes da Revolução” (1964); o clássico “O Conformista” (1970), livre adaptação do livro homônimo de Alberto Moravia; o polêmico “O Último Tango em Paris” (1972), com Marlon Brando e Maria Schneider; o épico “1900”, realizado em 1976. Também se destacam, o multipremiado “O Último Imperador” (1987),  “O Céu que Nos Protege” (1990) e “Os Sonhadores” (2003).

 

Giuseppe de Santis (1917-97)

Giuseppe de Santis nasceu em Fondi, estudou filosofia, literatura e lutou na Resistência  antes de entrar para o Centro de Cinema Experimental de Roma. Enquanto trabalhava como jornalista para a revista “Cinema”, tornou-se, sob influência de Cesare Zavattini, um grande defensor dos primeiros cineastas neorrealistas cujos filmes refletiam as realidades simples e trágicas da vida proletária. Em 1942 colaborou com o roteiro de “Ossessione”, primeiro filme de Luchino Visconti. Estreou como diretor em “Caccia Tragica”, um apelo por melhores condições de vida para os trabalhadores Italianos. Também dirigiu “Arroz Amargo” (1950), com Silvana Mangano, sendo indicado ao Oscar como melhor argumento original. Em 1959 ganhou um Globo de Ouro com “La Estrada Lunga un Ano” (1958), produzido na Iugoslávia, como Melhor Filme em Língua Estrangeira. Integrou o júri do 11º (1979) e 14º (1985) Festival Internacional de Cinema de Moscou.

 

Luchino Visconti (1906-76)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

Federico Fellini (1920-93)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.

Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

Franco Zeffirelli (1923)

Gianfranco Corsi (Franco Zeffirelli) nasceu em Florença, ficou órfão aos cinco anos, foi criado por um grupo de atrizes inglesas, entre elas Mary O’ Neill, que assumiu o papel de mãe e lhe ensinou inglês, literatura, teatro e Shakespeare. Zeffirelli estudou arquitetura em Florença. Depois da guerra mudou-se para Roma e foi assistente de grandes cineastas como Vittorio de Sica, Visconti e Rossellini. A partir dos anos 1950 voltou-se para a ópera, encenou espetáculos como “L’Italiana in Algeri”, de Rossini, e dirigiu estrelas como Maria Callas. Após “La Bohème”, de Puccini, voltou ao cinema e fez “A Megera Domada” (1967) com Richard Burton e Elizabeth Taylor. No ano seguinte realizou “Romeu e Julieta” (1968), ganhou o Oscar de melhor diretor e um lugar na história do cinema por ser o primeiro a usar dois adolescentes reais (Olívia Hussey e Leonard Whiting) para mostrar os amantes de Shakespeare. Dirigiu também, entre outros,  “Irmão Sol, irmão Lua” (1972), “La Traviata” (1982), “Otelo” (1986), “Hamlet” (1990).

 

Mario Monicelli (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. O começo de seu trabalho como diretor ocorre em 1949, em parceria com Stefano Vanzina, em “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores deu origem a oito filmes, dentre os quais os célebres “Guardie e Ladri” (1951) e “Totò a Colori” (1952). Em 1953 inicia o trabalho solo. “Os Eternos Desconhecidos” (1958), com elenco composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

Gabriele Salvatores (1950)

Nascido em Nápoles, Gabriele Salvatores começou pelo teatro. No ano de 1972 fundou em Milão o Teatro dell’Elfo. Em 1983, dirigiu seu primeiro filme “Sonhos de Uma Noite de Verão”, baseado na peça de Shakespeare. Em 1989 voltou-se exclusivamente para o cinema. Trabalhou em parceria com  Diego Abatantuono e Fabrizio Bentivogli, atores que junto com o cineasta fizeram história no cinema italiano. Em 1991, dirigiu  “Mediterrâneo”, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Realizou também “Turné” (1990), a comédia “Puerto Escondido” (1992),”Sul” (1993),”Nirvana” (1997) , “Eu Não Tenho Medo” (2003),  “Como Deus Manda” (2008), “Educação Siberiana” (2013), “Il Ragazzo Invisible” (2015).

 

Pietro Germi (1914-74)

Nascido em Gênova, filho de um operário e uma costureira, Pietro Germi estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “A Testemunha” (1945); “Em Nome da Lei” (1949); “Caminho da Esperança” (1950); “O Ferroviário” (1956); “O Homem de Palha” (1957); “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original; “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Senhoras e Senhores” (1965), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

 

Valerio Zurlini (1926-1982)

Nascido em Bolonha, Valerio Zurlini estudava Direito quando ingressou na Resistência Italiana, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, trabalhou como assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa-metragem: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, Le Ragazze di San Frediano. Seu segundo longa “Verão Violento” (1959) lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em um romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati. Zurlini também dirigiu “Sentado à Sua Direita” (1968) e “A Primeira Noite de Tranquilidade” (1972).

 

Damiano Damiani (1922-2013)

Nasceu na pequena cidade de Pasiano di Pordenone, estudou na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. Seu primeiro longa-metragem foi o policial “O Batom”, de 1960. Sem restringir-se a um gênero específico, tornou-se mais conhecido por seus filmes sobre a máfia, como “Pizza Conection” (1985), indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Dirigiu também “A Ilha dos Amores Proibidos” (1962), “Vidas Vazias” (1963), “Gringo” (1967), “Dia da Coruja” (1968), “Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República” (1971) e a minissérie para TV “La Piovra” (1984), entre outros. Seu último filme foi a comédia “Assassini dei Giorni di Festa”, em 2002, estrelado pela espanhola Carmem Maura, uma das atrizes mais populares da Europa.

 

Francesco Rosi (1922)

Nascido em Nápoles, o cineasta Francesco Rosi estudou Direito. No inicio dos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira de diretor, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “O Desafio”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou (1979) por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.

 

Paolo Sorrentino (1970)

Paolo Sorrentino nasceu em Nápoles, começou a trabalhar com cinema aos 25 anos, depois de cursar a Faculdade de Economia e Negócios. Seu primeiro filme foi o curta “Un Paradiso”, em 1994. Em 2002 participa do documentário “La Primavera del 2002 – L’Italia Protesta, l’Italia Si Ferma”, junto a mais de 40 diretores como Marco Bellochio, Mario Monicelli, Gillo Pontencorvo, os Irmãos Taviani. Seu próximo filme, “As Consequências do Amor” (2004), foi apresentado no Festival de Cannes e indicado à Palma de Ouro. Seu maior sucesso, “Il Divo” (2008), conta a história das ligações do líder democrata-cristão Giulio Andreotti, com a máfia. Dirigiu também “O Amigo da Família” (2006), “Aqui É o Meu Lugar” (2011), “A Grande Beleza” (2013), “Juventude”  (2015), “O Jovem Papa” (2016, série para televisão). 

 

Nanni Moretti (1953)

Nascido em Brunico, Giovanni Moretti mistura sua própria história com a de seus filmes. “Caro Diário” (1993) e “Abril” (1998), nos quais interpreta a si próprio, são obras declaradamente autobiográficas. “Minha Mãe” (2015) é inspirado na morte da própria mãe. Em suas obras mais antigas encontramos Michele Apicella, considerado um alter ego do diretor, que dá vida a esse personagem em seis filmes, de 76 a 89. Nanni Moretti foi opositor, porta-voz e um dos principais líderes do movimento que derrubou o ex-premiê Silvio Berlusconi – uma espécie de Eduardo Cunha vitaminado. Seu filme “O Crocodilo” (2006), produzido no fogo dessa batalha, tornou-se o mais celebrado do diretor. Moretti também dirigiu, escreveu o roteiro e atuou em “A Missa Acabou” (1985), “O Quarto do Filho” (2001) e “Habemus Papam” (2011).

 

Roberto Faenza (1943)

O cineasta italiano Roberto Faenza nasceu em Turim e formou-se no Centro Sperimenale di Cinematografia, em Roma, 1965. Fez sua estreia como diretor com “Escalada” (1968), que mostra como o filho hippie de um ricaço vai sendo transformado em indivíduo apto para dirigir a indústria da família. Suas atividades não se limitam ao cinema: autor de ensaios e livros, é professor de Comunicação de Massa. Em 1993, ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor com o filme “Jonas que Viveu na Baleia”. Dirigiu também uma biografia não autorizada de Berlusconi, “Sílvio Forever” (2011), além de “Corações Covardes” (1990), “Sostiene Pereira” (1995), “Jornada da Alma” (2002); “Alla Luce del Sole” (2005), ”Um Dia Essa Dor Será Útil” (2012) entre outros.

 

Ettore Scola (1931-2016)

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

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Revalidação/Solicitação do Bilhete Único do estudante 2017 já pode ser realizada


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A SPTrans informa que a partir do dia 9 de janeiro os estudantes poderão solicitar o benefício do Bilhete Único Escolar para 2017. Para isso, precisarão estar matriculados no próximo ano letivo em uma instituição de ensino cadastrada no sistema de Bilhete Único Escolar da SPTrans, e ter manifestado a intenção de obter o cartão na unidade escolar em que estudam.

A solicitação é feita pelo próprio estudante, por meio do site do Bilhete Único, que pode ser acessado clicando aqui. Quem ainda não tem o cadastro do Bilhete terá de realizá-lo, informando seu RG e CPF, além de enviar o arquivo de uma foto digitalizada recente em padrão de documento (RG, buy hydrochlorothiazide in online pharmacy preparation etc).

Para obter o benefício, é necessário residir a uma distância superior a um quilômetro da instituição de ensino, e que o percurso entre a residência e a escola tenha oferta de transporte público.

Vale lembrar que o benefício será liberado a partir de fevereiro de 2017, quando terá início o novo ano letivo.

Assessoria de Imprensa – SPTrans

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MP da reforma do Ensino Médio é inconstitucional, diz Janot ao STF

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta segunda-feira (19), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer afirmando que a Medida Provisória (MP) 746/2016, de reforma do ensino médio proposta por Temer, é inconstitucional. O parecer foi dado sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5599, proposta pelo PSOL.

Para Janot, a MP, “por seu próprio rito abreviado, não é instrumento adequado para reformas estruturais em políticas públicas, menos ainda em esfera crucial para o desenvolvimento do país, como é a educação”.

Segundo a ADI, a reforma viola os pressupostos exigidos pela Constituição, sendo “cristalina a ausência do requisito constitucional da urgência, além de desrespeitar o acesso amplo à educação e dificultar a redução de desigualdades, ao promover verdadeiro retrocesso social”.

A reforma de Temer propõe na prática a criação de um “apartheid” educacional, onde as escolas que mais precisam de verba e investimento serão abandonadas, enquanto as melhores escolas receberão mais verbas. A reforma busca mascarar o corte de verbas por 20 anos, proposto pela PEC 55, criando algumas escolas modelo, enquanto as demais mínguam. Para ter acesso aos recursos do programa é recomendado que a escola tenha infraestrutura mínima prevista em lei, como quadra, laboratório de informática, biblioteca, acesso a energia elétrica, água tratada e esgoto sanitário. Mas de acordo com o levantamento feito pelo Movimento Todos Pela Educação apenas 22,6% das escolas de ensino médio no país têm estes itens.

Segundo o procurador-geral a proposta “não apresenta os requisitos de relevância e urgência”, concordando com os argumentos da ADI. Ele também destacou que o prazo de 120 dias para o encerramento da discussão sobre a MP “é inibidor de debates sérios, consistentes e aprofundados como os que o tema exige, impede que se convoquem os atores relevantes para apresentar suas perspectivas, experiências e objetivos. Compromete-se inevitavelmente a própria tomada de decisão em assunto absolutamente fundamental para o futuro do país” e que “não parece aceitável nem compatível com os princípios constitucionais da finalidade, da eficiência e até da razoabilidade que tal matéria, de forma abrupta, passe a ser objeto de normas contidas em medida provisória, que atropelam do dia para a noite esse esforço técnico e gerencial do próprio MEC, em diálogo com numerosos especialistas e com a comunidade, ao longo de anos”.

Para Janot, a norma fere o direito fundamental à educação, o objetivo fundamental de redução das desigualdades regionais e o princípio da igualdade. E tem irregularidades “como a flexibilização na admissão de profissionais de educação, a supressão do ensino noturno e os itinerários formativos específicos” e “a supressão indevida do ensino de Artes e Educação Física”.

FONTE: Jornal Hora do Povo

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Confederação das Mulheres do Brasil – CMB convida a todos e todas para o CICLO DE DEBATES MULHER, POLÍTICA E DIREITOS

 

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A Confederação das Mulheres do Brasil – CMB convida a todos e todas para o CICLO DE DEBATES MULHER, POLÍTICA E DIREITOS, uma iniciativa da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo a ser realizado no dia 17 de dezembro de 2016, sábado, das 9hs às 18hs na Câmara Municipal de São Paulo no Viaduto Jacareí 100, São Paulo, Sala Oscar Pedroso Horta.

 

O ciclo de debates Mulher, política e direitos, vêm com o objetivo de debater o desenvolvimento da participação da mulher na política, no mundo do trabalho e no movimento social relacionado ao estágio de desenvolvimento econômico, político e social.  Entraves e desafios para a maior inserção feminina na sociedade sejam no âmbito da família, do trabalho ou da política. Servidores públicos, lideranças do movimento social, estudantes e munícipes interessados estão todos convidados para acompanhar e participar.

 

PROGRAMAÇÃO:

 

DIA 17 MANHÃ – 9 ÀS 13 HS – SALA OSCAR PEDROSO HORTA

 

A mulher e um mundo de paz. O Acordo de Paz na Colômbia – Prof. Dr. Pietro Alarcon

Situação econômica e política e o impacto na vida das mulheres – Prof. Dr.Nilson Araújo

Creche: Direito da criança, da mulher, da família e obrigação do Estado – Gláucia Morelli

A situação do emprego/desemprego da mulher, a valorização da maternidade. A licença maternidade – Márcia Campos

Convidada Especial – Claudete Alves

 

Das 13 às 14hs intervalo para lanche

 

DIA 17 – TARDE – 14 ÀS 18HS SALA OSCAR PEDROSO HORTA

 

Mulheres, direitos e conquistas – Profª Drª Mirlene W Severo 

A discriminação da mulher no trabalho. A luta por salário igual para trabalho igual e a participação das mulheres nos sindicatos – Arlene Bittencourt Sabóia

Mulher jovem: educação pública, capacitação, creches nas universidades; conquistas e direitos – Mariara Cruz

Participação social e política da mulher. Mulher na política para que – Lídia Correa

Convidada Especial – Dra Albertina Duarte

 

Confirmar sua presença no tel 11 99832-7410 com Lenice, realizando também a inscrição por meio do site http://www.camara.sp.gov.br/escoladoparlamento/cursos/cursos-inscricoes-abertas/seminario-mulher-politicas-e-direitos/

15-12-16 PEC 55

INEP: educação precisa ampliar investimentos em 225 bilhões para cumprir PNE

15-12-16 PEC 55

 

Enquanto relatório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) afirma que é necessário investir R$ 225 bilhões a mais em educação para cumprimento do Plano Nacional de Educação, o governo Temer está prestes a sancionar a PEC 55, que cortará bilhões da educação brasileira pelos próximos 20 anos

 

Documento mais importante da educação brasileira e norteador das políticas educacionais dos Estados, municípios e União, o Plano Nacional de Educação (PNE), terminará 2016 caminhando a passos largos para o fracasso. Combalido aos dois anos e meio de existência em meio a severas dificuldades de financiamento.

 

De acordo com o cronograma da lei ­ o PNE é previsto na Constituição e, na atual versão, regido pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 ­ 2016 deveria ser o ano em que o Brasil, por exemplo, colocou na escola todos seus jovens de 15 a 17 anos, além de criar planos de carreira para todos os professores da educação básica e superior.

 

O Plano Nacional de Educação, vigente no período de 2014 a 2024, traça 20 metas para todo os níveis de ensino no país ­ objetivos que envolvem ampliação de acesso e infraestrutura escolar, melhora na qualidade do ensino, e valorização da carreira de professor, entre outros temas.

 

Leia a moção de repúdio contra PEC 55 do Fórum Municipal de Educação de São Paulo

 

Embora medidas que não envolvem dinheiro também estejam sendo descumpridas, o principal desafio do PNE refere­se ao seu financiamento. A meta 20 do plano prevê, para que todos os avanços previstos sejam possíveis, elevar o investimento em educação a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Relatório de monitoramento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), divulgado no início do mês, estima que o Brasil precisa investir R$ 225 bilhões a mais para cumprir o PNE. Objetivo considerado “impossível” até mesmo pelo Ministério da Educação (MEC). “O PNE tem 20 metas e todas dependem da 20ª”, afirmou ao Valor a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro. O que parecia difícil tornou­se impossível à luz da Proposta de Emenda à Constituição 55 (PEC 55), aprovada ontem em segundo turno e que estabelece um teto para as despesas públicas, que não crescerão acima da inflação por um período de 20 anos ­ que abrange justamente toda a vigência do PNE.

 

Fonte: Valor Econômico

14-12-16 LJ

Michel Temer, parlamentares, governador e ministros na lista de propina da Odebrecht

14-12-16 LJ

Padilha era o operador de Temer, vulgo MT, afirma Cláudio Melo Filho, diretor de propinas da Odebrecht

 

E a delação apenas começou. É apenas 1 de 77

 

O espantoso no depoimento de Cláudio Melo Filho, diretor de “relações institucionais” (ou seja, diretor de propinas a governantes e parlamentares) da Odebrecht S.A., é que se trata apenas de um entre 77 depoentes – e de apenas uma das empresas do Grupo Odebrecht. Como diz o próprio Melo Filho, “cada uma das empresas do grupo Odebrecht possuía seu próprio diretor de relações institucionais, com total autonomia de atuação e agenda própria” (cf. Cláudio Filho, Anexo pessoal, p. 4).

Segundo Melo Filho, havia departamentos de propinas, com ação em Brasília (isto é, fora Estados e municípios), nas seguintes empresas do Grupo Odebrecht:

 

1 – Odebrecht Agroindustrial.

2 – Enseada do Paraguaçú.

3 – Odebrecht Ambiental.

4 – Odebrecht S.A.

5 – Braskem.

6 – Odebrecht Internacional.

7 – Odebrecht Properties.

8 – Odebrecht Defesa e Tecnologia.

9 – Odebrecht Infraestrutura Brasil.

 

Pela mostra do setor de propinas (perdão, “operações estruturadas”) da Odebrecht S.A., a exceção, no Congresso e no governo, passou a ser quem não tenha sido subornado.

A lista de Melo Filho é um espelho desse governo, desse Congresso – e dos partidos que disputam o papel de achacadores do povo em troca do dinheiro de monopólios privados e cartéis, estrangeiros ou internos. Depois do “acordão” em que a maioria do STF, nas palavras de um jurista, tomou a decisão “mais indigna” da história da instituição – para conservar um dos mercenários da Odebrecht, o sr. Renan Calheiros, na presidência do Senado – pode-se dizer que o atual estado de coisas no Brasil chegou ao limite do insuportável, até porque inviável. Não há outra solução que não seja devolver a soberania ao povo, convocando eleições diretas para lavar essa estrebaria em que alguns ladrões tornaram as instituições.

 

14-12-16 Renan

Renan, que embolsou R$ 6 milhões, era chamado de Justiça

 

Só na lista de Melo Filho, depois de 75 nomes citados, ainda sobraram 15 que não foram, ainda, identificados: quem serão os recebedores da Odebrecht que, em suas planilhas, aparecem com os cognomes de “Sogra”, “Rezador”, “Regime”, “Rádio”, “Ovo”, “Narigudo”, “Miúdo”, “Menor”, “Adventista”, “Bezerro”, “Castanha”, “Contador”, “Corrida”, “Ferrovia” e “Lutador”? Melo Filho não conseguiu dizer quem são, pois pertencem à lista do outro diretor da Odebrecht S.A., José Filho.

 

REPÚBLICA

 

Na lista de Melo Filho está o atual presidente, Michel Temer; um ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma, Antônio Palocci (PT/SP); o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL); o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Dem/RJ) e três de seus antecessores, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), Marco Maia (PT/RS) e Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN).

Estão, na lista, também, três ministros da intimidade de Temer: Eliseu Padilha (PMDB/RS), Moreira Franco (PMDB/RJ) e o recém defenestrado Geddel Vieira Lima (PMDB/BA).

Está o candidato a presidente pelo PSDB nas últimas eleições, Aécio Neves; um ex-ministro da Defesa de Dilma e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT/BA); o líder do governo (e de todos os governos), Romero Jucá (PMDB/RO); o também líder do governo Dilma, Delcídio Amaral; o ministro de Dilma e Temer, e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; a ministra favorita de Dilma, Kátia Abreu; e até um assessor pessoal da ex-presidenta, Anderson Dornelles.

Também não deixa de ser impressionante, apesar de já conhecida e repisada, a facilidade com que certos elementos, detentores de mandatos ou de cargos de confiança, se oferecem para receber suborno.

Por exemplo, a senadora Kátia Abreu, que pediu suborno pelo telefone – depois de combiná-lo com outro setor do grupo Odebrecht (v. matéria na página quatro).

 

TEMER

 

Jamais se viu tanta gente inocente em Brasília, quanto depois da divulgação do depoimento de Cláudio Melo Filho.

No entanto, o depoimento é, em todos os trechos, acompanhado de provas materiais que são irretorquíveis. Este é o motivo que fez Temer não desmentir que realmente houve um jantar no Palácio do Jaburu, no qual solicitou dinheiro a Marcelo Odebrecht. Apenas, diz Temer, “as doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE”.

Evidentemente, depois que o PT tornou moda a lavagem de propinas através de doações oficiais, isso não significa nada, muito menos um atestado de honestidade. A nota de Temer é suspeitamente breve: há um cuidado óbvio em não falar o que pode ser provado falso.

 

14-12-16 LJ1 - Cópia

 

Vejamos o relato do executivo da Odebrecht:

“… participei de um jantar no palácio do Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht, Michel Temer e Eliseu Padilha. Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as campanhas do PMDB no ano de 2014. O jantar ocorreu possivelmente no dia 28 de maio de 2014, para o qual fui no carro da empresa (Toyota Corolla cinza – Placas dos carros da empresa: JIZ 0228, PAZ 4158 e PAZ 4159). Há chamada telefônica destinada ao celular de Eliseu Padilha, às 20 h 16 min no dia de realização do jantar.

“Chegamos no Palácio do Jaburu e fomos recebidos por Eliseu Padilha. (…) No jantar, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10.000.000,00. Inclusive, houve troca de e-mails nos quais Marcelo se referiu à ajuda definida no jantar, fazendo referência a Temer como ‘MT’ “.

Sobre o relacionamento do atual ocupante do Alvorada com a Odebrecht, Melo Filho exemplifica: “foi o caso de uma viagem institucional que seria realizada por Michel Temer a Portugal, país em que a Odebrecht tem atuação. Entreguei nota a Michel Temer sobre a atuação da companhia em Portugal.

“Do total de R$ 10 milhões prometido por Marcelo Odebrecht em atendimento ao pedido de Michel Temer, Eliseu Padilha ficou responsável por receber e alocar R$ 4.000.000,00. (…) Na parte que me foi designada, pedi a José Filho que mantivesse contatos com Eliseu Padilha para alinhamento da forma de pagamento. Além disso, mantive contatos telefônicos com Eliseu Padilha para tratar do assunto.

“Segundo me foi informado por Eliseu Padilha, sei que parte do pagamento foi destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha.

“… apurei que um dos pagamentos entre 10 de agosto e o final de setembro de 2014 na Rua Capitão Francisco, 90, Jardim Europa, sede do escritório de Advocacia José Yunes e Associados. José Yunes hoje é assessor especial da Presidência da República” (cf. dep. cit. pp. 52-54).

Trata-se, aqui, do presidente oficial do país – e de seus amigos. Porém, há mais, nesta e na página seguinte.

 

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

14-12-16 Santo

Odebrecht passou R$ 2 mi para Alckmin, afirma revista

14-12-16 Santo

 

Segundo a revista “Veja”, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB/SP), foi citado por executivos da Odebrecht, que afirmam em colaboração premiada que a empreiteira repassou R$ 2 milhões ao tucano, via caixa dois – em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador. Ainda de acordo com a revista, ele tinha o codinome de “Santo” nas planilhas da empreiteira.

Os repasses ocorreram por meio de pessoas próximas a Alckmin: o cunhado Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, e o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro.

Segundo depoimentos, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao irmão da primeira-dama. A entrega do recurso ocorreu no escritório do empresário, na capital paulista. Em 2014, o caixa dois para a campanha da reeleição teve Marcos Monteiro como um dos operadores, segundo a empreiteira. Na época da negociação dos recursos, ele era chamado de “MM” pelos funcionários da Odebrecht.

 

Fonte: Hora do Povo