Plano Municipal de Educação será discutido na Câmara dos Vereadores

Após a aprovação e sanção do Plano Nacional de Educação (PNE), os Estados e Municípios brasileiros estão elaborando seus projetos locais.

Na cidade de São Paulo, o plano que apresenta metas e estratégias para a educação do município nos próximos 10 anos, está sendo discutido desde 2008, passando por um amplo diálogo com a sociedade através das Conferências de Educação e das reuniões do Fórum Municipal de Educação da Cidade de São Paulo, da qual a UMES faz parte.

Na atual fase de elaboração do Les Antibiotiques Et L’impact Sur Le Microbiome Intestinal ele foi encaminhado para a Câmara Municipal (PL 415/2012), onde será e debatido e posteriormente, aprovado.

Para garantir a máxima participação social, serão realizadas diversas audiências públicas (vide calendário abaixo) para que o texto seja aprimorado e adaptado às reais necessidades da educação em nosso município.

Acompanhe as novidades através do nosso site e também do Portal da Câmara Municipal, da Secretaria Municipal de Educação e do Portal De Olho no Plano da cidade de São Paulo.

 

Calendário de Audiências Públicas

Horários: sempre das 9h ao 12h

Local: Câmara Municipal da Cidade de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100)

 

16/08 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

23/08 – Salão Nobre – 8º Andar

30/08 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

13/09 – Salão Nobre – 8º Andar

20/09 – Plenário 1º de Maio – 1º Andar

01/09 – Auditório Prestes Maia – 1º Andar

Manifestantes condenam massacre de palestinos e defendem boicote a Israel

Milhares de manifestantes voltaram às ruas de São Paulo no domingo (27) para exigir “o rompimento imediato das relações militares, comerciais e diplomáticas com Israel; bem como o fim do Tratado de Livre Comércio do Mercosul com o Estado sionista”, como consta na petição pública enviada ao governo brasileiro.

De forma unitária, partidos e movimentos sociais se concentraram na Praça Oswaldo Cruz, no início da avenida Paulista – de onde saíram até o Parque do Ibirapuera – erguendo faixas e cartazes com riscos sobre as suásticas, igualando o sionismo com o nazismo, e alertando para as mais de mil mortes e seis mil feridos e mutilados pelos bombardeios israelenses a escolas, hospitais e residências.

“Com o apoio do imperialismo estadunidense, os sionistas estão despejando bombas para impor um Estado racista, de apartheid”, condenou Júlio Turra, da executiva nacional da CUT, destacando o apoio da Central à petição pública que pede ainda “o fim dos acordos com a Elbit Systems, a Mekorot e todas as empresas ligadas às violações da lei internacional perpetradas por Israel”.

Marcelo Buzetto, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), condenou a política de “terrorismo de Estado” adotada por Israel, com o “bombardeio indiscriminado de aviões e tanques a alvos civis, que já causaram mais de mil mortes de mulheres, crianças e idosos”.
“O governo brasileiro aumentou o tom, mas precisamos ir além e exigir o rompimento de todos os acordos com Israel, particularmente na área de armamentos, pois as mesmas armas que matam o povo palestino matam aqui também”, acrescentou a presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes.

A secretária de Relações Internacionais da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Maria Pimentel, lembrou que desde 1967 os palestinos lutam para não desaparecer, pois a política de apartheid é uma política segregacionista e expansionista. “A Palestina precisa de nós e o boicote aos produtos de Israel é hoje um instrumento para construir a paz e a justiça”.

O deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP) condenou as recentes declarações da chancelaria de Israel, que demonstrou seu “alinhamento com uma suposta supremacia alemã, numa visão nazista, fascista mesmo”.

Representando o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Abdo Masloum, disse que o povo palestino está sendo submetido a um verdadeiro “holocausto” por armas muitas vezes comercializadas entre nossos países.

Membro da direção nacional do Partido Pátria Livre (PPL), Nathaniel Braia ironizou o fato de o secretário de Estado dos EUA ter chamado a matança promovida por aviões e tanques sionistas, que já custou a vida de mais de 300 crianças, de “direito de defesa de Israel”. Diante das acintosas declarações de um porta-voz israelense de que o Brasil é um “anão diplomático”, Braia asseverou que a melhor resposta é exigir sua saída do país como “persona non grata”.

Entre outros movimentos e partidos, participaram representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Conlutas, do PCB, PCdoB e PSOL.

Texto e foto: LEONARDO SEVERO
  

IV Congresso do CNAB resgata o legado do professor Eduardo de Oliveira

O Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) realizou o seu IV Congresso nos dias 25 e 26 de julho, em São Paulo, e elegeu como presidente Alfredo de Oliveira Neto e uma nova diretoria para um mandato de quatro anos. Com o lema “O Legado Professor Eduardo de Oliveira, Igualdade Racial e Independência Nacional” o Congresso do CNAB contou com 324 delegados e reuniu 650 pessoas na sua abertura.

Alfredo de Oliveira Neto ressaltou a importância do IV Congresso ter sido em homenagem ao Professor Eduardo de Oliveira e o legado do fundador e eterno presidente do CNAB. “A união entre negros e brancos é a cara do CNAB. Esse é o legado que nós estamos assumindo e que vamos dar continuidade. Trazer negros e brancos para travar a luta na sociedade. Parabenizo a todos que aqui estão. Estarmos aqui é reconhecer a importância do Professor Eduardo e tudo o que ele representa. Tudo o que ele fez e nos deixou. Principalmente esse legado de construir essa Nação e uma Pátria Livre”, disse Alfredo.

“O negro não tem facilidade. Mas também não baixa a cabeça. O Professor sempre dizia que nós não queremos piedade. Só os fracos pedem piedade. Nós lutamos e rompemos com as dificuldades para realizar esse Congresso e acredito que teremos condições de aprofundar as consciências do conjunto dos companheiros que estão aqui. Esse Congresso ajudou a travar uma luta ideológica e política em todas as estâncias da sociedade nesse país”, frisou o metalúrgico e sindicalista.

Ele falou que “nós queremos acabar com o racismo. Queremos a igualdade racial e a Independência Nacional. Porque o racismo só serve para dividir a Nação e a Nação dividida faz com que os açambarcadores extraiam a riqueza do povo brasileiro. Faz com que roubem o patrimônio público e o utilizem em interesses pessoais deixando o nosso povo na pobreza e na miséria”.

“Quando se tira o patrimônio do povo brasileiro acontece o caos que estamos vendo na televisão e vivendo nas periferias. Como dizia o companheiro Mandela ‘ninguém nasce racista e preconceituoso. A convivência com racistas e preconceituosos é que leva as pessoas a isso’. Por isso temos dar educação ao nosso povo e ensinar o amor ao próximo para termos uma Nação unida para rompermos com esse racismo através da Independência Nacional da nossa Pátria fazendo desse país um país soberano com homens e mulheres, negros e brancos, lutando por um país melhor”.

Eleito 1.o vice-presidente do CNAB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), também metalúrgico e presidente da CGTB, falou que o Alfredo de Oliveira Neto “é meu amigo, da fábrica da Electrolux. Foi esposo de uma das maiores mulheres lutadoras do nosso país, a companheira Cida Malavazi. Esse cidadão brasileiro, negro, operário, está assumindo novas responsabilidades. O tempo todo parceiro, calmo, grato, companheiro e amigo. É um guerreiro, lutador, que sabe conversar com as pessoas sempre tranqüilo e profundo. Tem um compromisso maravilhoso com a sua Nação, os trabalhadores e com a Pátria”.

 

ABERTURA

 

O IV Congresso do CNAB foi aberto com a exibição de um vídeo com o Hino à Negritude em que aparece várias imagens das lutas dos negros, dos abolicionistas, do I Congresso do CNAB e uma exibição antológica do Professor Eduardo de Oliveira cantando o Hino – que ele compôs aos 16 anos – acompanhado do maestro João Carlos Martins no piano. Na sequência foi executado o Hino Nacional e novamente o Hino à Negritude, somente em áudio.

Com a platéia composta por um grande número de jovens, com muita galhardia foram entoadas por diversas vezes as palavras de ordem “Se sente, se sente, Eduardo está presente” e “Eduardo, guerreiro, do povo brasileiro”.

O embaixador da Palestina no Brasil enviou uma carta aos delegados do IV Congresso do CNAB desejando “novas conquistas, nesse grande Brasil amigo, tolerante e solidário. O povo palestino enfrenta a pior ofensiva contra sua integridade física e nacional. Exorto aos integrantes desse Congresso seu posicionamento contra a limpeza étnica e a agressão racista do governo de Israel, que ceifou a vida de mais de 800 inocentes e deixou mais de 25 mil feridos na sacrificada Faixa de Gaza palestina. Amigos, irmãos, alcem suas vozes. Denunciem a discriminação racial na Palestina”.

Por unanimidade o IV Congresso do CNAB aprovou moção condenando a agressão israelense aos palestinos expressando “solidariedade e companheirismo”. O evento teve ainda apresentação do Ballet de Paraisópolis e do Grupo de Capoeira da UMES.

 

Por ANDRÉ AUGUSTO

Hora do Povo

Os Azeredo mais os Benevides reestreia próxima sexta no Cine-Teatro Denoy de Oliveira


Na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, reestreia no Cine-Teatro Denoy de Oliveira a peça “Os Azeredo mais os Benevides”, de Oduvaldo Vianna Filho com elenco de 20 atores e direção de João das Neves.



 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

 

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

 

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: RIO 40 GRAUS

Neste sábado, 26/07, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos. O sessão tem inicio às 16h, no Cine Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. Entrada Franca!

 

RIO 40 GRAUS
Nelson Pereira dos Santos (1955), com Jece Valadão, Modesto de Sousa, Roberto Bataglin, Ana Beatriz, BRASIL 100 min.

Sinopse
O filme acompanha um dia na vida de cinco garotos de uma favela que, num domingo tipicamente carioca e de sol escaldante, vendem amendoim em Copacabana, no Pão de Açúcar, Maracanã e Corcovado. É considerada a obra inspiradora do cinema novo brasileiro.

Direção e Argumento Original: Nelson Pereira dos Santos (1928)
O paulistano Nelson Pereira dos Santos formou-se bacharel em direito pela Universidade de São Paulo em 1952. Apaixonado pelo cinema, escolheu viver no Rio de Janeiro, onde iniciou seu trabalho, tornando-se um dos precursores do movimento Cinema Novo.
Fez mais de 20 longas, entre os quais “Vidas Secas”, um dos mais premiados de todos os tempos. Sua adaptação de “Memórias do Cárcere” (1984), também baseado na obra de de Graciliano Ramos, ganhou o prêmio da crítica no Festival de Cannes. Entre seus filmes se incluem “Mandacaru Vermelho” (1961), “Boca de Ouro” (1963), “El Justicero” (1967), “Como Era Gostoso o Meu Francês” (1971), “Amuleto de Ogum” (1974), “Tenda dos Milagres” (1977), “Memórias do Cárcere” (1984) e “Jubiabá” (1986).
É fundador do curso de graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense e do curso de cinema na Universidade de Brasília. É membro do Conselho Superior da Escola de Cinema de Havana.

Música: Radamés Gnatalli (1906-88)
Nascido no Rio Grande do Sul, Radamés Gnattali estudou no Conservatório de Porto Alegre e na Escola Nacional de Música. Terminou o curso de piano em 1924, quando começou a estudar composição e orquestração. Durante trinta anos trabalhou na Rádio Nacional, onde fez mais de seis mil arranjos sendo considerado o melhor arranjador de música popular no Brasil. Escreveu a trilha de 53 longas, entre os quais  “Ganga Bruta (Humberto Mauro, 1933), “Tico-Tico no Fubá” (Adolfo Celi, 1952), “Rio 40 Graus” e “Rio Zona Norte” (Nelson Pereira dos Santos, 1955 e 1957), “O Homem do Sputnik” (Carlos Manga, 1959), “A Falecida” (Leon Hiszman, 1965), “Jogo da Vida” (Maurice Capovilla, 1977). Entre suas composições figuram as dez “Brazilianas”, quartetos e trios, choros e 26 concertos – entre eles um concerto para piano e orquestra, concertos para harpa e clarineta e um Concerto para Harmônica de Boca, dedicado a Eduardo Nadruz (Edu da Gaita).

Só metade das escolas públicas tem internet e apenas 29% biblioteca, revela censo

Metade também não conta com internet, revela Censo Escolar 2013.

 

Escolas  sem rede de esgoto, sem quadra de esportes e biblioteca, sem laboratórios de ciências e informática. Essa é a realidade de mais da metade dos colégios públicos do país, segundo dados do Censo Escolar 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Levantamento feito pela Fundação Lemann, mostra a desproporção entre as escolas públicas e privadas no que diz respeito à infraestrutura no Brasil. Na metade dos colégios públicos, por exemplo, não há acesso à internet. Já na rede particular, o número de escolas com computadores conectados chega a quase 90%

Os dados mostram que só 36% das escolas públicas têm esgoto encanado hoje – mais da metade delas contam apenas com uma fossa –, e 7% das instituições mantidas pelos governos não têm nenhum tipo de estrutura para lidar com os resíduos sólidos. Trata-se de uma enorme diferença em relação às particulares. Na rede privada, só 17% das escolas não contam com o serviço de esgoto encanado.

Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria Beatriz Luce, os números do Censo expõem vários desafios no setor. “Os dados revelam claramente o contexto histórico-social do direito à educação e das responsabilidades e instrumentos da ação pública no setor. Mas eles não dizem respeito somente à educação, eles revelam as estruturas das desigualdades sociais no nosso país. Se há escolas que não têm esgoto nem internet, é provável que as residências no seu entorno também não tenham. Então é preciso tratar de uma política de desenvolvimento social por inteiro”, afirma.

 

Deficiências

 

Entretanto, as deficiências não têm sido supridas ao longo dos anos. De 2010 a 2013, o percentual de escolas públicas com bibliotecas foi de 27% para 29%. Já a porcentagem de colégios com rede de esgoto subiu de 33% para 36% apenas.

Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, há hoje dois desafios latentes: a aquisição de insumos infraestruturais e a manutenção deles. “No caso das escolas públicas, depende do orçamento público. Muitos estados e municípios não têm orçamento suficiente. Então é preciso apoio da União. Aliás, é isso o que diz a Constituição Federal e não é cumprido. Além disso, a União não pode se notabilizar por adquirir equipamentos e depois não colaborar com a manutenção dos mesmos. Não falo apenas deste governo, falo deste e de todos os anteriores”, diz.

 

Discrepâncias

 

O percentual de escolas com biblioteca nas duas redes de ensino é um exemplo da discrepante oferta de serviços. Só 29% das públicas contam com o espaço. Já na rede privada, 59% das instituições possuem um espaço com acervo de livros para consulta.

Maria Beatriz diz que o problema nas instituições públicas é a falta de uma sala específica para tal fim. “Livros chegam a todas as escolas. O que às vezes não há é um espaço próprio. Algumas escolas rurais contam com apenas um ambiente, então não há nem espaço físico para uma biblioteca. O que a gente tem tentado fazer é colocar uma biblioteca dentro das salas de aula, para o aluno poder pegar o livro a qualquer hora. Há outros projetos interessantes, de bibliotecas ambulantes, por exemplo.”

Em relação à acessibilidade, tanto as escolas públicas quanto as privadas ficam devendo. Apenas 19% das públicas e 31% das privadas oferecem aos deficientes acesso adequado às suas dependências.

A secretária de Educação Básica ressalta que, apesar do índice baixo, houve um aumento de 61% em três anos no número de escolas acessíveis. “É algo fantástico, porque mostra uma conscientização da sociedade, que há uma política de inclusão escolar, levando às escolas crianças que antigamente eram isoladas do convívio com outras.”

Em relação à internet nas escolas públicas, Maria Beatriz diz que a meta é que todas contem com o serviço, mas que há barreiras a transpor antes disso. “Às vezes não há nem eletricidade, que é o caso de muitas escolas rurais. Então o Ministério da Educação está trabalhando em um projeto com o Ministério de Minas e Energia para dar prioridade de acesso de energia, à medida em que as redes vão avançando pelo campo, às escolas”, diz, citando que em alguns colégios na Amazônia há iniciativas de acesso à web por meio de placas solares.

 

Quantidade x qualidade


Segundo o pesquisador Renan Pieri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as escolas só precisam preencher no formulário do Censo se possuem ou não um equipamento e, por isso, os dados não revelam em que estado se encontram essas infraestruturas. “A maior parte das variáveis diz se a escola tem ou não tem alguma coisa, mas não diz nada sobre a qualidade”, afirma.

Dentro do próprio universo da rede pública, é possível perceber diferenças significativas tanto na oferta como na qualidade. Só 2% das escolas municipais têm um laboratório de ciências, por exemplo, contra 29% das estaduais e 72% das federais.

Maria Beatriz concorda que é preciso refletir sobre os dados levando em consideração a localização e as mantenedoras dos colégios. Segundo ela, uma leitura por outro viés mostra ainda que a educação infantil, com creches em estado crítico, é a que precisa de mais infraestrutura.

 “O que a gente tem feito para auxiliar os municípios é dar a eles um projeto arquitetônico básico de uma escola, com todas as especificações, com uma quadra de esportes ou espaço para recreação, salas adequadas. A prefeitura tem que entrar apenas com a área já terraplanada. Até empresas já qualificadas a gente tem para atender as demandas das localidades, que têm dificuldade de fazer um processo de licitação”, afirma a secretária do MEC. Segundo ela, há hoje 6,7 mil escolas de educação infantil em construção.

De acordo com os números do Censo, as escolas públicas (inclusive as rurais) só superam as particulares em um item: alimentação. Segundo os dados, 100% das escolas municipais, estaduais e federais fornecem uma refeição aos estudantes (ante 29% das privadas). Isso acontece, no entanto, porque a merenda escolar na rede pública é obrigatória por lei.

 

Índice de infraestrutura

 

O pesquisador Renan Pieri defende a criação de um índice de infraestrutura escolar, além de um para analisar a formação dos professores. “A ideia é sintetizar todas essas informações do Censo (só no caso do indicador de infraestrutura são mais de 25 variáveis) em indicadores simples que qualifiquem a divulgação dos índices de qualidade da educação. Assim, quando saírem a ANA [Avaliação Nacional de Alfabetização] ou o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] será possível entender quais fatores explicam algumas escolas terem melhor desempenho que outras e separar o que é devido a diferenças de infraestrutura ou qualificação dos docentes e o que é devido às boas práticas e ideias inovadoras que os gestores têm adotado”, diz.

O Censo Escolar é realizado todos os anos e coleta, além de dados sobre a infraestrutura dos estabelecimentos, números de matrículas e estatísticas de abandono e de rendimento escolar. Neste ano, o Inep iniciou a coleta no último dia 28. Ela deve ser feita até o dia 15 de agosto.

Segundo o instituto, as informações são utilizadas para traçar um panorama nacional da educação básica e servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da educação, incluindo os de transferência de recursos públicos.

“É necessária uma política de cooperação federativa para combater as desigualdades, aprimorar as condições e induzir um padrão nacional de qualidade nas escolas, não importando se ela é privada, municipal, estadual ou federal”, afirma Maria Beatriz Luce.

 

Fonte: G1 Educação e Campanha Nacional pelo Direito à Educação

 

 

Ato contra carnificina israelense em Gaza reúne 5 mil em São Paulo

Mais de cinco mil pessoas tomaram as ruas de São Paulo no sábado para exigir o fim imediato da chacina realizada por Israel contra o povo palestino. De acordo com a organização internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), até a última segunda-feira o número de palestinos mortos pelos bombardeios de aviões e tanques sionistas ultrapassava 570, com mais de 3.500 feridos, parte expressiva composta por idosos, mulheres e crianças.

Concentrados em frente ao prédio da Rede Globo – emissora acusada de ser cúmplice do genocídio por acobertar os crimes de guerra – os manifestantes saíram em passeata até a frente do consulado de Israel com faixas, bandeiras e cartazes contrários à matança. 

“A imprensa brasileira precisa parar de mentir, pois o que acontece na Palestina não é uma guerra, mas um massacre, o assassinato de um povo por parte do governo israelense”, afirmou o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Antonio Felício. Na sua avaliação, da mesma forma que o regime de segregação racial foi derrotado na África do Sul com o cerco aos produtos do apartheid, “é preciso organizar um amplo boicote aos produtos sionistas para isolar Israel, inclusive cortando relações diplomáticas, como já estão fazendo vários governos”. “Vamos fazer uma lista de produtos de capital israelense para que não sejam consumidos. Mais do que uma denúncia, esta será uma ação concreta, solidária”, acrescentou Felício.

Diante do “consulado assassino”, o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Emir Mourad pediu um minuto de silêncio pelas crianças vítimas da agressão israelense. “Neste momento eu peço a todos os judeus do mundo que se livrem do sionismo, que é contrário à própria essência do judaísmo. Em nome da alma destas crianças, Israel fora da Palestina!”, enfatizou.

“Estamos aqui para exigir o fim dos bombardeios e a imediata retirada das tropas de ocupação de Gaza”, afirmou Júlio Turra, da executiva nacional da CUT, recordando que “desde 1948 o povo palestino luta pela sua sobrevivência e pela construção de seu Estado nacional, um direito que é negado pelo imperialismo, que protege o sionismo assassino”. “A agressão atual não é um fato isolado, mas um capítulo da limpeza étnica iniciada há 66 anos, quando da criação do Estado de Israel em terras palestinas”, destacou.

A faixa de Gaza é atualmente a área mais densamente povoada do mundo, com 1,5 milhão de habitantes confinados em apenas 360 quilômetros quadrados, submetidos a um bloqueio assassino que a converte em um gigantesco campo de concentração a céu aberto. Os manifestantes denunciaram que da mesma forma que em Gaza, a população civil na Cisjordânia também sofre com a política de “punição coletiva”, só que de outra forma: demolição de casas, mais de cinco mil presos políticos, roubo de água e cortes de energia elétrica que transformam a vida num verdadeiro inferno.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, denunciou a “complacência e a cumplicidade do governo dos Estados Unidos e do Conselho de Segurança da ONU com a brutal investida israelense”. “Em defesa da democracia e da autodeterminação dos povos, somos todos palestinos”, enfatizou.

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, frisou ser inaceitável o fato de o Estado sionista utilizar como argumento para a invasão a morte de três jovens soldados/colonos israelenses, sem qualquer comprovação de autoria, em circunstância não esclarecidas. “O fato é que a Humanidade não aceita mais o regime de apartheid e nem desculpas esfarrapadas do Estado terrorista de Israel para se chegar à paz”, disse.

“Nós sabemos qual a realidade vivida pelo povo palestino, por isso viemos participar, ao lado dos nossos familiares, para mostrar que o Brasil diz não aos crimes de Israel”, declarou Naval Khalil, que se somou ao ato junto aos dois filhos. Com a filha nos ombros e o menino de mãos dadas, Naval disse acreditar “na força da pressão internacional para que a justiça, enfim, prevaleça”.

Entre outras organizações e partidos estiveram presentes o MST, a Via Campesina Brasil, Quilombo Raça e Classe, Marcha Mundial de Mulheres, PCdoB, PSOL e PSTU. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) participou com uma grande delegação.

Por Leonardo Severo

Hora do Povo

Debate do projeto “Liberdade ou Dependência” é realizado na EE Alcântara Machado

Mais uma escola recebeu o debate da segunda edição do projeto “Liberdade ou Dependência – Drogas Tô Fora” realizado pela UMES em parceria com o Ministério da Saúde. Desta vez, foi a EE Alcântara Machado, situada na região do Ipiranga.

Após preencher um questionário anônimo sobre o que eles pensam das drogas, os 100 estudantes do ensino médio presentes assistiram ao filme ‘Gerra do Ópio’ de Xie Jin, que retrata a ocupação inglesa na China através do trafico de ópio. Inspirados na sessão, os alunos debateram as questões apresentadas no filme e também o enfrentamento do problema das drogas no dia-a-dia. O presidente da UMES, Marcos Kauê, esteve presente e contribuiu com a conversa com a munição das duas oficinas do projeto já realizadas com especialistas da área.

“Achei interessante pelo fato do projeto ser uma forma de conscientizar os jovens, que são as grandes vítimas da droga. Estou muito feliz de receber vocês e esse chamado de conscientização que o projeto Liberdade ou Dependência traz. Muito obrigado”, afirmou Pedro Gabriel, presidente do Grêmio da EE Alcântara Machado.

“A história contada no filme é bastante curiosa e interessante. Eu não sabia que existia o ópio e que ele foi usado como forma de dominação de uma nação inteira”, concluiu Heleno José, que é vice presidente do grêmio da escola.

A próxima etapa será a aplicação de um segundo questinário em que os alunos participantes poderão apresentar suas reflexões e conclusões após o debate.       

 

                                                             Da esquerda para a direita: Heleno, vice presidente do grêmio; Marcos Kauê, presidente da UMES; e Pedro, presidente do Grêmio. 

                                                                                                                                       

 

 

 

                                                                   

 

                                                                                                        

 

 

 

Eduardo Campos assume compromisso com o passe livre para estudantes

O presidente nacional do PSB e candidato à Presidência da República pela Coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, REDE, PPL, PPS, PHS, PSL e PRP), Eduardo Campos, afirmou na terça-feira (15), durante sabatina promovida pela Folha de S. Paulo (em parceria com o portal UOL, a rádio Jovem Pan e o SBT), que entrou na disputa para ganhar a eleição e mudar os rumos do Brasil. Ele anunciou que vai implantar o passe livre para estudantes em todo o Brasil. “Isso é uma questão de escolha, de prioridades”, disse ele.

“O Brasil vai tirar Dilma nas eleições porque esse modelo esgotou-se”, afirmou o candidato. “Mas o Brasil quer botar alguém que leve o país para um futuro, que preserve as conquistas, que interprete os valores que estão em disputa no mundo”, acrescentou Eduardo, frisando que “nós não somos a terceira via não”. “Nós somos a via para tocar o Brasil em frente, pra colocar o Brasil num ciclo de mudança pra melhor”, disse.

Eduardo Campos afirmou também que este é um momento de escolhas. “Queremos ser a candidatura que faz as escolhas e diz assim: queremos desenvolvimento, mas desenvolvimento com sustentabilidade. Nós queremos inclusão, mas não é inclusão que gera dependência, é que liberta”, argumentou. “Esta será dada com educação em tempo integral. Para isso, tem muito estudante pobre que precisa ter passe livre. Aí a gente tem que fazer a escolha”, acrescentou Campos, ao defender a proposta de passe livre para os estudantes. “Esta é uma proposta que nós vamos abraçar”, garantiu.

“Entre subsidiar os juros para grandes empresas e arrumar a passagem para um estudante da periferia chegar à escola, nós somos do time que vai optar pela educação integral e pela passagem, pelo passe livre para aqueles estudantes”, prosseguiu Eduardo Campos. Ele lembrou, em entrevista após a sabatina, que a proposta já está sendo posta em prática na prefeitura do Recife. Pelo projeto aprovado na capital pernambucana, os estudantes da rede municipal de ensino de Recife receberão gratuitamente duas passagens diárias para frequentarem as escolas. Eduardo anunciou em sua página no facebook que quer estender a proposta aprovada em Recife para todo o Brasil.

Perguntado se sua proposta de subsidiar o passe livre significaria elevar os juros cobrados pelos bancos oficiais aos empresários, Eduardo Campos respondeu que não. Ele disse que isso é uma questão de definir as prioridades na escolha de onde se alocam os recursos do Orçamento da União. “Aprovaram agora os 10% para a educação”, lembrou Campos, referindo-se ao Plano Nacional de Educação. “Pois é. Vai botar em que?”. “Nós vamos botar no ensino integral, porque isso muda a vida das pessoas, liberta. Está aí o exemplo da Coréia. Estão aí vários exemplos de educação bem sucedidos em municípios brasileiros, em escolas públicas estaduais brasileiras, queremos fazer exatamente esse foco”, salientou o candidato do PSB.

Sobre a proposta de manter a inflação sob controle, Eduardo ponderou que isso não significa reduzir o crescimento, como vem fazendo o governo Dilma. “Essa é a receita equivocada que a presidente Dilma está praticando e fazendo com que o país tenha o menor crescimento de toda a história republicana, desde de Deodoro da Fonseca, o juro real maior do mundo e a inflação maior do que a média histórica dos últimos 12 anos. Ou seja, nós temos uma situação que precisa ser enfrentada”. “Dilma nos dizia que era desenvolvimentista e vai nos legar o tempo de mais baixo crescimento. Ela nos dizia que ia baixar os juros, vai nos deixar os juros mais altos, exatamente no tempo em que as famílias brasileiras estão mais endividadas”, salientou Eduardo.

Ele acrescentou que 75% da população está insatgisfeita e quer mudança. “E existem dois projetos de mudança. Um projeto de mudança conservador, que já governou o país e, de outro lado, existe um projeto progressista, que entende que é fundamental unir o Brasil, preservar as conquistas sociais, não negar as conquistas que foram produzidas no Brasil nos últimos 12 anos”, adiantou. “O Brasil não aguenta mais essa disputa em que o PT diz que o PSDB não fez nada pelo Brasil e o PSDB diz que o PT é um partido cheio de corruptos que não fez nada pelo Brasil. Isso é outra inverdade. A verdade é que o Brasil deseja mudar”, afirmou Eduardo.

O candidato frisou que o governo Dilma Rousseff vem colocando em risco conquistas recentes do país. “A receita econômica de Dilma é equivocada”, comentou. Para ele, é preciso dar transparência aos indicadores econômicos do país e voltar a pensar o Brasil de modo estratégico. “Tem como tirar o Brasil desse atoleiro. Eduardo rechaçou ilação de que pudesse estar vendendo ao país uma ilusão: “Não estou vendendo ilusão, pois tenho experiência de gestor e quem já trabalhou comigo sabe que eu trabalho com planejamento e meta”, respondeu. “Tenho certeza de que conosco o Brasil vai chegar ao final de 2015 melhor do que está em 2014”.

Eduardo fez uma avaliação crítica da administração da presidente. Para ele, Dilma Rousseff perdeu a oportunidade de conduzir as mudanças que prometeu e tem imposto decepção à população. Esse quadro de desânimo, comentou, transparece também no diálogo que vem mantendo com o eleitor do Nordeste, região que garantiu ampla votação à presidente em 2010. “Há uma decepção com Dilma no Nordeste”, afirmou, declarando-se o candidato da região. “Eu vou ganhar a eleição no Nordeste, que vai me ajudar a ganhar a eleição no Brasil”, garantiu. “Não há uma obra no Nordeste que tenha sido iniciada e entregue no governo Dilma”, destacou Campos. O presidenciável relativizou o cenário retratado pelas últimas pesquisas de opinião e previu que a partir de agosto, com o avanço do processo eleitoral e da campanha, suas intenções de voto estarão traduzindo o maior conhecimento de seu nome e das propostas da aliança. “Muita gente ainda não sabe que eu sou candidato a presidente. Quando começar a campanha, vamos crescer muito”, disse.

Provocado sobre seu relacionamento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na avaliação dos jornalistas seria poupado de críticas pelo socialista, o presidenciável foi claro: “Eu não vou negar minha trajetória e minha história. As divergências com o presidente Lula que tive, eu sempre afirmei com a maior tranquilidade, agora dizer que o governo Lula não foi muito melhor do que este governo de Dilma seria negar a realidade, é só sair aí e perguntar para a população”. “Ele [Lula] não está disputando a eleição. O nosso debate é com Dilma. Ela é a candidata do PT”, afirmou. “As expectativas é que ela corrigisse as falhas do governo dele, o que não aconteceu”. Perguntado sobre o escândalo do suposto “mensalão”, cujo processo já foi encerrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Campos disse que sentiu a mesma coisa de quando ocorreu do processo de compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Por: SÉRGIO CRUZ

Fonte: Jornal Hora do Povo

Foto: Divulgação

CINEMA NO BIXIGA – Confira programação completa

Todos os sábados, às 16h, no Cine Teatro Denoy de Oliveira

Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

Entrada Gratuita

Informações: (11) 3289-7475