Em SP, 46% dos alunos admitem ter passado de ano sem aprender a matéria

Quase metade (46%) dos alunos da rede estadual de ensino do estado paulista admite que já passou de ano sem ter aprendido a matéria, indica pesquisa divulgada hoje (24) pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Além disso, o levantamento que avalia a qualidade da educação das escolas no estado mostra que 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores criticam a progressão continuada.

Dois dias depois do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013, já estava na internet uma suposta redação com o tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. O “candidato” faz um tempo que confunde a lei que proíbe beber e dirigir com a seca por falta de chuva Leia mais Reprodução

Foram feitos oito grupos de discussão e 2,1 mil entrevistas, divididas em três grupos: professores de escolas estaduais de ensino fundamental e médio, alunos de 14 anos ou mais dessas escolas e os respectivos pais ou mães. A pesquisa foi encomendada pelo sindicato ao Instituto Data Popular.

O estudo mostra também que, em média, os estudantes ficaram sem aula seis vezes ao mês devido à falta de professor. Além disso, 64% indicam que esse horário vago não é preenchido por um professor substituto.

Em relação ao maior problema enfrentado atualmente na rede escolar, a falta de segurança foi o item mais destacado pelos três segmentos de entrevistados. Esse é o principal entrave para 32% dos professores, 37% dos pais e 25% dos alunos.

 

Fonte: UOL Educação

Para 70% dos estudantes, escola estadual de SP é regular ou ruim

Segundo pesquisa do Instituto Data Popular feita para a Apeoesp, opinião é compartilhada por metade dos pais; 44% dos professores e 28% dos alunos disseram já ter sido alvo de violência em escolas

 

São Paulo – Sete em cada dez estudantes da rede estadual de São Paulo avaliam a qualidade das escolas como regular, ruim ou péssima e a maioria deles acredita que as instituições não cumprem seu papel de formar cidadãos, ensinar conteúdo e preparar para o mercado de trabalho. Entre os pais, 50% acham que as escolas estaduais são regulares ou insatisfatórias.

Os dados fazem parte da pesquisa Qualidade da Educação nas Escolas do Estado de São Paulo, divulgada hoje (24) pelo Instituto Data Popular. O levantamento foi encomendado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apoesp) e ouviu 2.100 entrevistados, sendo 700 professores, 700 pais e 700 alunos.

A falta de segurança foi o principal problema apontado. Ao todo, 57% dos professores, 78% dos pais e 70% dos alunos consideram sua escola violenta e 44% dos professores e 28% dos alunos disseram já ter sofrido algum tipo de violência nas instituições.

Ausência de professores, muito tempo ocioso não aproveitado para fins pedagógicos, número insuficiente de profissionais de apoio pedagógico, preconceito e desinteresse dos alunos foram outros problemas apontados pelos entrevistados.

Os professores argumentam que as faltas são justificadas pelo excesso de trabalho, o que também compromete a preparação das aulas e a correção de provas e trabalhos. Ao todo, 40% dos docentes complementam sua renda trabalhando em outras redes de ensino e metade deles leciona em mais de uma escola, segundo a pesquisa.

A maioria dos entrevistados disse ser contra a progressão continuada nas escolas, porque entendem que os alunos passam de ano sem saber o conteúdo. Ao todo, 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores são contra a medida. Entre os estudantes, 46% admitiram já ter passado de ano sem saber a matéria.

A participação dos pais e o interesse dos alunos também foram considerados insatisfatórios na pesquisa: apenas 26% dos professores afirmaram que as reuniões das escolas conseguem atrair um número significativo de pais. Somente 5% deles conhecem o projeto político-pedagógico das instituições de ensino. Os alunos atingiram uma média de faltas de cinco por mês.

Sobre as ações para melhor a qualidade do ensino, as opiniões se dividem. A maioria dos professores (42%) acredita que melhor infraestrutura e mais valorização dos profissionais são os principais caminhos para resolver os problemas. Já os alunos (50%) acreditam que mais atividades extracurriculares, cursos, palestras e eventos e uma mudança no método das aulas os motivariam mais.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Desemprego industrial cresce há 28 meses e Dilma faz que não vê

Os postos de trabalho fechados no período já ultrapassam os 220 mil.
São Paulo (-3,1%), Rio Grande do Sul (-3,3%), Paraná (-2,3%), Rio (-1,8%), Minas (-1,4%), Bahia (–3,2%)
 
Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), do IBGE, com uma queda – a 28ª consecutiva – de -2% nos trabalhadores empregados na indústria em janeiro (comparado a janeiro de 2013), são uma consequência direta da desindustrialização e da transformação da indústria interna numa coleção de maquiadoras de produtos importados.
Não é, de nenhuma forma, engraçado (nem da mesma forma como certas imbecilidades e certos imbecis conseguem ser, às vezes, cômicos), as historietas, aparecidas na mídia, sobre o grande (ou pequeno, tanto faz) aumento de produtividade que estaria provocando a queda do emprego na indústria.
Achar graça de coisas imbecis tem um limite: quando se tornam cinismo e/ou canalhice.
Pelo contrário: o problema, tanto do emprego industrial quanto da produtividade, é a produção industrial estagnada ou declinante. Com o governo destruindo a indústria através de uma taxa de câmbio que continua favorecendo as importações – inclusive com intervenções do BC no “mercado do dólar”, com gasto de reservas, para manter o dólar artificialmente baixo em relação ao real – e com oito (o nono a caminho) aumentos de juros seguidos, como esperar que seja diferente?
Na página ao lado, o leitor poderá ver as considerações do governador Eduardo Campos sobre o déficit de US$ 105 bilhões no comércio de manufaturados. Em valor, nós importamos U$ 198 bilhões e exportamos apenas US$ 93 bilhões. As importações de manufaturados foram, em preço, 82,68% das importações totais do país em 2013.
Além do fato de que os produtos manufaturados foram apenas 38,44% das nossas exportações (no início de 2005, 80% da pauta de exportações era composta por produtos industrializados), chama a atenção o aumento da quantidade (o “quantum”) das importações.
Em 2013, a quantidade de importações, em relação ao ano anterior, aumentou, sobretudo, nas seguintes categorias de produtos:
1) (insumos para) extração de minerais metálicos (+53,9%);
2) (insumos para) extração de petróleo e gás natural (+26,9%);
3) (insumos para) fabricação de produtos de metal (+12,9%);
4) máquinas e materiais elétricos (+12,9%);
5) produtos químicos (+12,6%);
6) derivados de petróleo (+12,0%);
7) confecção de artigos de vestuário (+11,3%);
8) veículos automotores (+10,2%);
9) produtos de borracha e de material plástico (+10,2%);
10) móveis (+8,6%);
11) produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+9,2%);
12) produtos têxteis (+4,0%);
13) extração de minerais não-metálicos (+10,5%);
14) pesca e aquicultura (+13,5%);
15) agricultura e pecuária (+11,4%).
(cf. FUNCEX, Boletim de Comércio Exterior – Índices de preço e quantum, ano XVIII, n° 1, Jan/2014)
Bem, leitor, expusemos esta lista por uma única razão: é evidente, para qualquer sujeito de bom senso, que isso é uma esculhambação (permitam-nos o uso do coloquial brasileiro).
Qual será desses produtos que não temos condição de fabricar? Quase nenhum, se é que existe algum.
No entanto, estamos aumentando a quantidade das importações de produtos ridículos – até de cortadores de unha, algo que julgávamos encerrado com o fim do governo Fernando Henrique.
Assim, em nenhuma comparação do IBGE houve resultado positivo no emprego industrial em janeiro:
1) jan 2014/jan 2013: -2,0%;
2) acumulado 12 meses: -1,2%;
3) jan 2014/dez 2013: zero.
Houve redução do emprego na indústria em 2012 (-1,4%) e 2013 (-1,1%).
Agora, em janeiro, a redução do emprego atingiu (ou continuou atingindo) a indústria exatamente nos principais Estados industriais: São Paulo (–3,1%), Rio Grande do Sul (–3,3%), Paraná (–2,3%), Rio (-1,8%), Minas Gerais (–1,4%), Bahia (–3,2%). O emprego industrial na região Sudeste caiu -2,6% e na região Nordeste, -2,2% (sempre em relação ao mesmo mês do ano anterior).
Do ponto de vista dos setores industriais, o emprego (também pela mesma comparação) caiu nos setores de: máquinas e equipamentos (–5,6%), produtos de metal (–6,0%), calçados e couro (–6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–4,8%), produtos têxteis (–5,8%), meios de transporte (–1,8%), “outros produtos da indústria de transformação” (–2,6%), refino de petróleo e produção de álcool (–5,8%) e mais seis outros setores. Dos 18 setores pesquisados pelo IBGE, o emprego caiu em 14 deles.
Evidentemente, quando se segue a estupidez de que as multinacionais devem tomar a indústria brasileira, não pode acontecer outra coisa senão a destruição, total ou parcial, da indústria – em geral, hoje em dia, a instalação de maquiadoras ou a substituição da indústria por balcões para o comércio de importados já acabados.
Porém, diz a presidente Dilma que bom mesmo foi fevereiro. Janeiro que se lasque. Uai, e 2012? E 2013? Não sabemos como a presidente pode ignorar a realidade desse jeito, leitor. E os 28 meses de queda no emprego industrial – exatamente o setor chave para o crescimento e para melhor distribuição de renda, já que paga melhores salários do que os subempregos que grassaram nos últimos anos?
Pelo visto, ela considera que não são um problema do governo. É o que acontece quando não se quer governar, talvez por inapetência, tendo por projeto a falta de projeto, isto é, a entrega do país a quem não é do país – mais exatamente, a quem é inimigo do país. E assim se vai em direção a, no melhor dos casos, uma convulsão social.
 
CARLOS LOPES
Fonte: Hora do Povo

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Julgamento em Nuremberg

Neste sábado, 22/03, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Julgamento em Nuremberg”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

 

JULGAMENTO EM NUREMBERG 

Stanley Kramer (1961), com Spencer Tracy, Burt Lancaster, Maximilian Schell, Richard Widmark, Marlene Dietrich, Judy Garland, EUA, 187 min.               

 

Sinopse

Nuremberg 1948. Dan Haywood, um juiz aposentado do pequeno estado do Maine, EUA, está diante de uma árdua tarefa: presidir o julgamento de quatro juízes que usaram suas togas para dar status legal às atrocidades nazistas contra os judeus, no período que vai da ascensão de Hitler (1933) até o final da 2ª. Guerra Mundial. A pressão política é enorme. À medida que surgem as provas de esterilização, perseguição e assassinato em massa, também vai se revelando que Tio Sam está cada vez menos interessado em julgamentos severos. Roosevelt e o New Deal já são coisa do passado, os monopólios retomaram as posições perdidas dentro dos EUA e os nazis – “vistos desapaixonadamente” – são uma reserva importante para ser lançada contra os comunistas.

Julgamento em Nuremberg” recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e o de Melhor Ator (Maximilian Schell). Ganhou também o Prêmio Bodil de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Direção: Stanley Kramer(1913-2001)

Produtor e realizador, Stanley Earl Kramer nasceu no Brooklyn, Nova Iorque. Depois de um percurso inicial como argumentista, instalou-se em Hollywood como produtor, apostando em êxitos como “O Invencível” (Mark Robson, 1949), “A Morte do Caixeiro Viajante” (László Benedek, 1951), “Matar ou Morrer” (Fred Zinnemann, 1952). Estreou como diretor em 1955.

O racismo, a intolerância, o macarthismo, a ganância, a culpa histórica do fascismo, a colaboração e a bomba são temas recorrentes em sua obra. Entre os 14 filmes que dirigiu, encontram-se “Acorrentados” (1958), “O Vento Será Tua Herança” (1960), “Julgamento em Nuremberg” (1961), “A Nau dos Insensatos” (1965), “Adivinhe Quem Vem para Jantar” (1967), “O Segredo de Santa Vitória” (1969).

 

Argumento Original: Abby Mann (1927-2008)

Escritor e produtor de cinema nascido na Filadélfia, Abby Mann é conhecido por seus trabalhos em “Julgamento em Nuremberg” (Stanley Kramer, 1961), o argumento original e o roteiro premiado com o Oscar, “O Condenado de Altona” (Vittorio De Sica, 1962), “Minha Esperança É Você” (John Cassavetes,1963), “A Nau dos Insensatos” (Stanley Kramer, 1965) e pelas obras para a televisão como a série “Kojak” (1973-78) e a minissérie “King” (1978) baseada na vida de Martin Luther King Jr.

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Música Original: Ernest Gold (1921-1999)

Nascido em Viena, o pianista e compositor Ernest Gold escreveu mais de 100 trilhas musicais para o cinema e televisão, entre 1945 e 1992. Seu trabalho foi premiado quatro vezes com o Oscar. As trilhas de “A Hora Final” (Stanley Kramer, 1959), “Julgamento em Nuremberg” (Stanley Kramer, 1961), “Deu a Louca no Mundo” (Stanley Kramer, 1963), “Minha Esperança É Você” (John Cassavetes, 1963), “Adivinhe Quem Vem para Roubar” (Ted Kotcheff, 1977) estão entre suas obras mais conhecidas.

Gasto direto da União em educação pública é 1% do PIB há 4 anos

Reportagem divulgada no portal Uol Educação revela que a União nos últimos anos investiu anualmente o equivalente a 1% do PIB.

Já nos Estados e nas cidades houve um modesto avanço nos anos mais recentes. Os governos estaduais investiam 2% do PIB diretamente em educação pública em 2009. O percentual mais recente é de 2,2%. No caso das prefeituras, a taxa subiu de 1,9% para 2,3% do PIB.

Conforme a reportagem, o governo nega que os gastos diretos federais em educação tenham estagnado. “Quando se avaliam os investimentos desagregados por esfera de governo, pode-se afirmar que os números não correspondem com a realização do dispêndio de cada uma, tendo em vista que as transferências intergovernamentais não são contabilizadas como investimento de quem se origina o recurso, mas sim de que o aplica”, explicou o MEC em carta ao senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Em resumo, a União argumenta que repassa dinheiro a Estados e a cidades, que fariam o investimento direto em educação – e fica registrado que o dinheiro foi investido nessas esferas de governo, e não pelo governo federal.

Veja na tabela abaixo os investimentos em educação pública em relação ao PIB:

 

Fonte: MEC e gabinete do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)

 

Informações: UOL Educação

Professores de São Paulo convocam assembleia com paralisação no dia 28 de março

Os professores da rede estadual paulista estão convocando, para o próximo dia 29 de março, uma assembleia geral com paralisação na Praça da República, a partir das 14 horas.

Em campanha salarial, os professores defendem empregos dignos, ganho real de salários, condições de trabalho e saúde para o magistério.

Veja abaixo a convocação do Sindicato:

 

 

Fonte: APEOESP

Em defesa da educação pública, greve nacional termina com ato em Brasília

Professores e funcionários da rede pública de todos os estados brasileiros unidos pela educação de qualidade: 2500 pessoas se reuniram na tenda montada em frente ao Congresso Nacional nessa quarta-feira, dia 19 de março. A concentração dos trabalhadores da Educação no terceiro dia da greve nacional começou cedo e com muita expectativa.

A pauta da greve é objetiva: os profissionais exigem cumprimento da lei do piso, carreira e jornada para todos os trabalhadores, investimento dos royalties de petróleo em valorização, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública, e lutam contra a proposta dos governadores de reajuste do piso e contra o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como base para correção.

Uma marcha saiu pela Esplanada em direção ao Palácio do Planalto, num protesto pacífico pela valorização do educador e a garantia de uma escola pública de qualidade. O objetivo é pressionar o Planalto para conseguir uma audiência com a presidente Dilma Rousseff.

A CNTE estima a adesão de 65% da categoria. Isso representa quase 2 milhões de educadores e mais de 30 milhões de estudantes da educação básica. O fim da greve nacional, entretanto, não significa volta às aulas. Muitos estados vão continuar paralisados.

 

Fonte: CNTE

CPC-UMES Convida: Lançamento da Série Cinema Soviético

O CPC-UMES realiza, no próximo dia 4 de abril, o lançamento da Série Cinema Soviético. Os dois primeiros filmes da série são “Lenin Em Outubro” e “Volga-Volga”.

O lançamento será no Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES) – às 20h30.

Informações: 3289-7475

 

 

Clique aqui e leia entrevista sobre a série “Cinema Soviético”.

 

Ensino superior privado tem 30% das vagas financiadas pelo governo

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), última terça-feira (11), aponta que 30% das matrículas no ensino superior privado no Brasil é sustentado pelo governo.

Esta é a primeira vez desde 2005 que o MEC faz um levantamento das bolsas ativas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O estudo foi feito a pedido do Jornal Valor Econômico.

De acordo com o levantamento, dos 5,3 milhões de universitários brasileiros em instituições privadas, 1,6 milhão é beneficiado por um dos dois programas que em 2010 eram responsáveis por 11% dos alunos na rede particular de ensino superior. Em sua maioria as vagas em instituições privadas já foram vendidas ao capital estrangeiro.

Nos três primeiros anos do governo da presidente Dilma Rousseff os empréstimos ativos no Fies cresceram mais 400%. Subiram de 224 mil para 1,143 milhão. O orçamento do programa teve alta de cerca de 300% nesse período. Subiu de R$ 1,8 bilhão para R$ 7,5 bilhões, o que levou o Fies a ser responsável por 21,5% das matriculas do setor privado, uma alta de 17% em três anos. No ultimo ano do governo Lula o Fies representava 4,5% das matriculas ativas.

O Prouni permaneceu estável nos 9,5% das matriculas do setor privado, de acordo com a legislação que obriga as faculdades a reservarem até 10% das vagas a bolsistas do programa para receber o benefício.

 

Fonte: Hora do Povo

Crescimento do PIB de 2013 é menor do que a média mundial

Média de 2% de crescimento nos últimos três anos é inferior a média de 2,3% do governo FH

 

No dia 11 do mês passado, o Banco da Indonésia – o banco central daquele país – divulgou o crescimento do PIB indonésio em 2013: +5,8%.

No dia 28, a Índia publicou o resultado de seu crescimento: +4,7%.

Um pouco antes, o Ministério das Finanças de Angola revelara que o país crescera +7,4% em 2013.

O Banque Centrale du Congo ainda não divulgou um número definitivo, mas fez uma estimativa do crescimento da economia congolesa: +8,1% em 2013.

Já o Banco Nacional do Tadjikistão, ao anunciar os resultados do quarto trimestre do ano passado, revelou que o país cresceu +7,4% em 2013.

Para não dizer que não falamos (bem) dos vizinhos, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) anunciou no último dia 21 que a Argentina cresceu +4,9% em 2013. E o leitor não deveria ter preconceitos em relação ao crescimento de +14,1% do Paraguai – afinal, os brasileiros tiveram um importante papel nesse resultado.

Ou em relação a Bangladesh, onde o Banco de Bangladesh anunciou que em 2013, a economia cresceu +6,01%.

Mas, tudo bem, se o leitor prefere outros ambientes geográficos – ou financeiros -, o Banco Nacional da Malásia publicou o crescimento de seu país no ano passado: +4,7%. Os malaios cresceram mais que os suecos (+3,1%) e os lituanos (+3,3%).

Aqui, preferimos não usar resultados que ainda não são do ano – como os da Bolívia, até o terceiro trimestre em +6,83% e da Colômbia (+5,1% no terceiro trimestre) – mas é evidente que eles são tão válidos e importantes quanto os últimos registros do FMI, em que a média dos países “emergentes e em desenvolvimento” está em +4,7%.

Bem, leitores, esses são alguns exemplos, que nada têm de exaustivos. Nem precisam ser.

De onde, então, alguns débeis mentais, e outros nem tanto, tiraram a história de que a economia do país, debaixo de um bombardeio de juros e baionetadas de entreguismo, foi a terceira que mais cresceu no mundo em 2013?

Pois, do IBGE é que não foi. O quadro exibido pelo IBGE no anúncio do PIB era absolutamente claro. Seu título era: “PIB no ano de 2013: Brasil x países selecionados Seleção não exaustiva de países que já divulgaram suas Contas de 2013. A análise serve apenas para comparação; não oferece qualquer tipo de hierarquização (ranking) (v. slide 29 da apresentação “PowerPoint” do IBGE, grifos nossos).

O quadro servia para demonstrar que, com a medíocre taxa de 2,3%, o crescimento da economia brasileira ficara abaixo da média mundial (3% – número inscrito dentro de um quadro verde, de onde partia uma linha, também verde, que deixava ainda mais evidente a estupidez do pífio resultado a que o governo Dilma levou a economia).

No entanto, no dia seguinte, toda a imprensa dilmista – “Folha”, “Estadão” e seus satélites – repetia a besteira do “terceiro do mundo” em relação a uma taxa de crescimento que nem chegara àquela melancólica taxa do primeiro ano de governo.

É possível – aliás, é quase certo – que muitas pessoas tenham sido enganadas. Mas essa é exatamente a questão: a realidade cobra um preço muito alto de certos enganos. Ser um incauto não é uma atenuante, mas até um agravante – ou será que aqueles que se deixaram enganar por Mussolini também não tiveram culpa na tragédia que, em seguida, quase destruiu completamente a Itália?

Essas comemorações ridículas de uma taxa medíocre, para passar um crescimento minúsculo como se fosse um desenvolvimento getulista, não se diferenciam, do ponto de vista ideológico, em rigorosamente nada – absolutamente nada – daquelas tentativas de anular as pessoas, de passar a mentira como verdade, o que não é realidade como se o fosse, tão próprias dos fascistas – não faltou nem o apoio da reação mais aberta, direitista e sem vergonha – essa mídia pró-imperialista, antidemocrática e antipopular.

Imaginemos se uma taxa de 2,3% fosse a terceira do mundo. Provavelmente, o mundo estaria próximo de acabar por falta de desenvolvimento das forças produtivas. Deve existir algum doido que acredite que essa é a forma de construir o socialismo (?!).

Mas não é, não. Socialismo algum se constrói pela mentira, pela ilusão, pela grosseira manipulação. Nem, muito menos, ignorando a Nação e traindo a vontade do povo expressa nas urnas: entregando a monopólios financeiros externos as reservas de petróleo, os aeroportos, as ferrovias, as estradas, a eletricidade – em suma, tudo o que precisamos para crescer e construir um país desenvolvido e justo – e forçando nossas empresas a passarem ao controle de fundos especulativos estrangeiros e/ou multinacionais. E fazendo a política social que corresponde a essa política econômica: esculhambando os serviços públicos, a Educação pública, a Saúde pública, tirando dinheiro das pesquisas para enviar jovens a um curso de inglês no exterior – em síntese, fazendo do dinheiro público um latifúndio privatizado de especuladores, aventureiros e negocistas de outras plagas.

Talvez haja quem seja entreguista apenas porque é preguiçoso ou não tem coragem ou capacidade – pensando bem, deve ser esse o caso mais evidente. O entreguista é, antes de tudo, um covarde e um incapaz.

Daí o maravilhoso governo que desembocou nesses 2,3% de crescimento. A média de 2% de crescimento nos últimos três anos, com exceção do malfadado Collor – hoje também um dilmista – é o menor crescimento que um presidente da República já obteve no país. Consegue ser, mesmo, inferior a Fernando Henrique – que teve por média, exatamente, 2,3%, considerada uma das médias de crescimento mais desastrosas da História do Brasil.

Mas é exatamente isso o que estão tentando fazer os comemoradores dos 2,3% de crescimento do PIB: sacramentando que o PIB tucano é o colosso dos colossos.

Durante toda a história da República, apesar de governos desastrosos – Campos Sales et caterva – a média de crescimento do país foi 4,5% e a mediana 4,7%.

Agora, diz o “The Economist”, o órgão oficial dos monopólios financeiros externos, “o novo normal para os brasileiros” são as taxas de crescimento do governo Dilma.

E ainda existe quem pose de “esquerda” e até de “muito esquerda” com essa adesão vergonhosa ao que existe de mais direitista, de mais fascista e de mais antinacional – portanto, de mais anti-humano – no mundo.

Pois, não é de “esquerda” quem não luta pela sua Nação e por seu povo. Por consequência, Byron estava inteiramente certo quando disse que “quem não ama a sua Pátria, não ama coisa alguma”.

 

CARLOS LOPES

Fonte: Hora do Povo