Bala de Borracha

Veja abaixo vídeo que ironiza a doutrina da polícia no tratamento com manifestantes:

 

 

Bloco UMES CARAS-PINTADAS esquenta as baterias para o Carnaval 2014

O Bloco UMES Caras-Pintadas já começou a esquentar as baterias para o seu 21º desfile pelas ruas do Bixiga. A festa será no dia 25 de fevereiro e a concentração, a partir das 16 horas, na Praça Dom Orione, na Bela Vista.

Além dos estudantes de todas as regiões da cidade, o Bloco UMES Caras-Pintadas conta ainda com o apoio e participação dos moradores e trabalhadores do bairro do Bixiga, que todos os anos contribuem para uma grande festa.

Neste ano, o Bloco terá o show da banda Foliões da Pauliceia, que irá embalar os foliões ao som de uma Marchinha de Carnaval com o tema “O Petróleo é do Povão. Nele ninguém vai meter a mão!”.

O Bloco UMES Caras Pintadas foi fundado no ano de 1993. Filiado à ABASP (Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo), o Bloco já reuniu grandes artistas da nossa música. Sua primeira bateria foi criada pelo Mestre Osvaldinho da Cuíca. Durante anos, recebeu o reforço do Mestre Bianca e de integrantes da ala mirim da bateria da Vai-Vai.

Em mais de 20 anos de história, o Bloco já contou com a presença e composição de sambas-enredo de significativas personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo, entre outros, animando os desfiles e por vezes dando uma canja na composição do samba-enredo.

 

 

Ouça abaixo a Marchinha “OLHO NO ÓLEO” que irá embalar o Bloco UMES CARAS-PINTADAS 2014:

 

VEJA AQUI O VÍDEO COM A MARCHINHA!

 

OLHO NO ÓLEO

 

(Helinho Guadalupe / Fernando Szegeri)

REFRÃO:

 

Olha que tem gente aí

O ouro negro louca pra entregar

Pra eles Libras e pra nós a conta sempre sobra

Pra cara de pau só vendo óleo de peroba

 

Pode sossegar, oh seu Gegê!

Dessa briga não vamos correr

O petróleo é nosso, Emília

E Monteiro Lobato sabia

 

Pré-sal no nosso feijão

Pra aumentar de vez essa pressão

Olha, quero ver, Mamãe, o que você diz

Quando a UMES pinta a cara e vai pra rua ser feliz

O Baile do Pó Royal

Clique abaixo e veja o vídeo da Marchinha “O Baile do Pó Royal”, inscrito no Concurso Mestre Jonas 2014. O vídeo é uma sátira a episódios recentes que envolveram o confisco de meia tonaleada de cocaína transportada em um helicópeto.

 

Dantas ameaça censurar livro que expõe suas relações com FHC, Serra e Gilmar Mendes

‘Operação Banqueiro’ mostra como símbolo das privatizações no governo tucano barrou investigações contra ele e o banco Opportunitty

 

São Paulo – O banqueiro Daniel Dantas está ameaçando censurar com interdições judiciais o livro Operação Banqueiro, escrito pelo jornalista Rubens Valente e publicado pela Geração Editorial. O livro revela detalhes que ajudam a entender por que as investigações contra Dantas e seus negócios suspeitos nunca seguiram adiante. Entre os envolvidos na ajuda ao banqueiro estariam o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-ministro José Serra (PSDB).

Segundo Luiz Fernando Emediato, dono da editora, no último dia 9 (véspera do lançamento do livro), Dantas emitiu uma notificação extrajudicial em que a ataca a citação, na obra, de processos e inquéritos instaurados contra ele – que serviram de base para que o jornalista contasse sua história. No documento, os advogados do banqueiro dizem que a publicação de tais dados sujeita a editora “à responsabilização pelos danos causados” a Dantas e a seu banco, o Opportunitty.

O livro mostra como Dantas, símbolo das privatizações no governo FHC, se livrou de investigações e provas contra Opportunitty. O material traz e-mails obtidos pela PF na casa do consultor Roberto Amaral, que trabalhou para Dantas entre 2001 e 2002. Segundo o livro, as mensagens sugerem que Dantas pediu ajuda a FHC a outras autoridades, entre elas José Serra, para barrar investigações.

Outro aliado de Dantas no governo FHC seria Gilmar Mendes, então chefe da Advocacia-Geral da União. Entre outras supostas facilidades, Dantas contava com o apoio de Mendes numa disputa com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em 2008, com base em investigações sobre fraudes no sistema financeiro e lavagem de dinheiro, o banqueiro foi preso na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, mas acabou solto pelo mesmo Gilmar Mendes, que na época presidia o STF e concedeu-lhe habeas corpus.

Leia a íntegra da nota divulgada hoje por Emediato:

O banqueiro Daniel Dantas fez a primeira ameaça oficial à Geração Editorial, que no último dia 10 lançou a obra “Operação Banqueiro”, do jornalista Rubens Valente, com revelações e provas inéditas sobre as atividades do banqueiro e do Banco Opportunity. A primeira edição da obra esgotou nas livrarias em poucos dias, e a Geração trabalha para colocar a segunda edição nas livrarias de todo o país.

Em notificação extrajudicial datada do último dia 9 de janeiro, subscrita pelos seus advogados, Daniel Dantas ataca a citação, na obra, de dados obtidos pelo jornalista em inúmeros processos judiciais e inquéritos policiais e administrativos de interesse público. O banqueiro afirma que “pode-se concluir que a publicação extrapola -em muito- os limites do exercício da liberdade de expressão, sujeitando V. Sas. [Geração Editorial], na qualidade de editores e distribuidores, à responsabilização pela divulgação dos dados sigilosos e pelos danos causados ao notificante [Dantas] e ao Opportunity”.

O banqueiro alega que há dados sob sigilo e, por isso, “o conteúdo divulgado no livro intitulado ‘Operação Banqueiro’ é ilícito”.

A notificação extrajudicial é datada de 9 de janeiro, um dia antes da chegada da obra às livrarias do país. A peça assinada pelos advogados do banqueiro reconhece que houve portanto uma “leitura superficial”. Segundo o banqueiro, “a leitura superficial da obra publicada permite constatar a divulgação indevida, ainda que não se reconheça o seu teor, de informações sigilosas constantes de processos judiciais e administrativos, como por exemplo o conteúdo de interceptações telefônicas, a transcrição de e-mails; a reprodução de documentos e relatórios da Polícia Federal”.

A Geração Editorial e o autor reafirmam que jamais utilizaram material “ilícito” e que a divulgação de dados do gênero é reconhecida em várias esferas judiciais e oficiais que defendem o direito à liberdade de informação e de expressão no Brasil. Caso prosperasse a tese desenvolvida pelo banqueiro e contida na peça ameaçadora de seus advogados, todos os jornais e revistas do país, todas as emissoras de televisão e todas as editoras estariam impedidas de divulgar quaisquer investigações desenvolvidas, por exemplo, pela Polícia Federal.

Os brasileiros já estão acostumados a abrir todos os dias os jornais e revistas ou ligar a televisão no noticiário para ter acesso a gravações telefônicas e e-mails interceptados por ordem judicial no decorrer de processos e inquéritos da Polícia Federal e das várias polícias nos Estados. Estaria o “Jornal Nacional” e os jornais televisivos da Rede Record, da Rede Bandeirantes e do SBT, dentre tantas outras emissoras, fazendo uso de “conteúdo ilícito” em seu noticiário? Estariam a revista “Veja”, “Época” , “IstoÉ” e “Carta Capital”, semanalmente, e os jornais “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”, diariamente, apenas para citar alguns mais conhecidos no país, usando material “ilícito” em suas páginas? Estariam todos esses veículos “extrapolando –em muito – os limites do exercício da liberdade de expressão”?

A resposta a todas essas perguntas é obviamente não, pois editores e jornalistas apenas cumprem o seu papel e o seu dever de bem informar a população sobre temas de interesse público. Caso a tese levantada pelo banqueiro fosse verdadeira e acolhida pelo Judiciário, seria instituído no país um verdadeiro sistema autoritário de censura e de controle da liberdade de expressão e de informação, no qual jornalistas e editores seriam perseguidos e punidos apenas porque levaram ao público determinadas informações, principalmente as que incomodam forças poderosas no país.

A Geração Editorial e o autor reafirmam o respeito à lei e à Justiça brasileiras e o compromisso com a transparência de seus atos e com o direito do leitor de ter acesso a informações de interesse da sociedade.

Luiz Fernando Emediato – Publisher da Geração Editorial

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Jovens são agredidos por seguranças e PMs ao frequentar shoppings paulistas

Estava marcado para o último sábado (11), o “Rolezaum no Shoppim”, no JK Iguatemi, na zona sul da capital paulista, que não aconteceu após a administração do Shopping conseguir uma liminar na justiça que proibia a realização de encontro dos jovens no espaço.

Os responsáveis pelo centro de compras de luxo na zona  sul desligaram as portas automáticas e então começaram a selecionar quais pessoas poderiam ou não entrar no shopping. Menores de idade ou quem aparentasse ser menor de idade, jovens de “aparência suspeita”, ou melhor dizendo, negros e pobres eram barrados e só podiam entrar se comprovassem trabalhar no local.

Os “rolezinhos” são agendados por jovens de bairros da periferia por meio das redes sociais em vários shoppings da cidade, e o evento desse último fim de semana seria mais indigesto, pois o local escolhido foi um shopping frequentado pela elite paulistana, o JK Iguatemi que fica localizado num bairro das classes altas da cidade, o Itaim.

Na entrada do shopping, um cartaz avisava que o “Rolezaum” tinha sido proibido por uma liminar de Justiça e que os participantes poderiam receber multa de R$ 10 mil.

No mesmo dia, na zona leste da capital houve um evento como o que estava marcado para o Shopping JK Iguatemi no Shopping Itaquera. Lá, a Polícia Militar foi acionada e agiu com desmedida violência com os jovens, usando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para coagir e dispersar os jovens pobres da cidade. Policiais batiam com cassetetes nos adolescentes que desciam as escadas rolantes do shopping. Duas pessoas foram presas e diversos jovens ficaram feridos.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vinculou a existência desses eventos à falta de alternativas de lazer para a juventude da periferia. Segundo ele é preciso criar mais espaços públicos aos jovens de São Paulo para que possam “usufruir na cidade”.

Os shoppings Parque Dom Pedro e Iguatemi, em Campinas, não contaram com o Judiciário para impedir os encontros. Na sentença sobre o shopping Iguatemi, o juiz Herivelto Araujo Godoy disse que o evento não tinha os requisitos para que houvesse uma liminar o proibindo. “O movimento, que vem se verificando com alguma frequência em outros empreendimentos comerciais não visa expropriação ou posse de nada. Busca, isso sim, a realização de encontro de jovens em grande número, o que vem assustando, nem sempre com razão, comerciantes e frequentadores habituais desses locais.” No caso do Shopping Parque Dom Pedro, o juiz Renato Siqueira De Pretto disse que o evento não faz “apologia a qualquer ato contrário à ordem pública.” Por isso, não haveria porque proibi-lo.

 

Fonte: Hora do Povo

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: A Noite dos Generais

Neste sábado, 18/01, o Cinema no Bixiga retoma as suas atividades com a apresentação do filme “A Noite dos Generais”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

A NOITE DOS GENERAIS

Anatole Litvak (1967), com Philippe Noiret, Peter O’Toole, Omar Sharif, Joanna Pettet. FRANÇA, 148 min


Sinopse
Durante a 2ª Guerra Mundial, uma prostituta é brutalmente assassinada em Varsóvia. Encarregado do caso, o major Grau possui uma pista: a testemunha viu que o criminoso usava o uniforme de general alemão. Grau tem três suspeitos, mas é promovido a tenente-coronel e transferido para Paris. Lá, passados dois anos, ele reencontra os suspeitos – um pouco antes do Dia D, à época em que oficiais da Wehrmacht conspiram contra o Fuhrer. Novo crime envolvendo uma prostituta oferece a Grau, um Javert a serviço de uma boa causa, a chance de reabrir o caso, desta vez contando com a ajuda do inspetor Morands, membro da Resistência Francesa, com quem sela um pacto.

 

Direção: Anatole Litvak (1902-74)

Mikhail Anatol Litvak nasceu em Kiev, Ucrânia. Em 1915, começou a trabalhar como ajudante e depois como ator em um teatro de São Petersburgo. Após a Revolução, foi assistente de direção no estúdio Nordkino Leningrado e, em pouco tempo, começou a dirigir curtas. Em 1925, partiu para Berlim, trabalhou na edição do filme de Georg Wilhelm Pabst, “Rua das Lágrimas” (1925), e realizou seu primeiro longa, “Dolly Macht Karriere” (1930). Com a ascensão do nazismo, mudou-se para a França e dirigiu cinco películas, entre as quais o sucesso internacional “Mayerling” (1936). De 1937 a 1941, atuou nos EUA como diretor contratado da Warner, realizando “The Woman I Love” (1937), “Nobres Sem Fortuna” (1937), “Confissões de um Espião Nazista” (1939), “Tudo Isto e o Céu Também” (1940) e “Dois Contra uma Cidade Inteira” (1940). Dirigiu com Frank Capra a série “Why We Fight”.

Ao final da guerra (com patente de Coronel), realizou “Uma Vida Por Um Fio” e “A Cova da Serpente” (ambos de 1948). Radicou-se em Paris no início dos anos 50. O penúltimo dos 41 filmes que dirigiu foi “A Noite dos Generais” (1967).

 

Argumento Original: Hans Hellmut Kirst (1914-89)

Nascido em Osterode, Prússia Oriental, hoje Ostróda, Polônia, o veterano da 2ª Guerra Mundial Hans Hellmut Kirst escreveu cerca de 60 romances focados na vida militar. Em 1944 fez o Air War College, em Kitzingen. Foi crítico de cinema do jornal Munchner Merhur e da ZDF, emissora de televisão pública, situada em Mainz. Tornou-se autor de best-sellers alemães. Entre suas obras estão “Fábrica dos Oficiais” (1960) e “A Noite dos Generais” (1967).

 

Música Original: Maurice Jarre (1924-2009)

Nascido em Lyon, Maurice-Alexis Jarre iniciou seu aprendizado musical no conservatório de Paris, onde estudou percussão, composição e harmonia. Celebrizou-se, principalmente, por compor trilhas musicais das quais se destacam a parcerias com o diretor David Lean, que lhe renderam três prêmios Oscar: “Lawrence da Arábia” (1962), “Dr. Jivago” (1965) e “Passagem para a India” (1984). Jarre compôs para o teatro, concertos, óperas, balés e gravou seis CDs. Trabalhou também com John Frankeheimer (“O Trem”, 1965), René Clemente (“Paris Está em Chamas?”, 1966), Richard Brooks (“Os Profissionais”, 1966), Anatole Litvak (“A Noite dos Generais”, 1967), Luchino Visconti (“Os Deuses Malditos”, 1969), John Huston (“O Homem que Queria Ser Rei”, 1975), Moustapha Akkad (“O Leão do Deserto”, 1981), Peter Weir (“Sociedade dos Poetas Mortos”, 1989)

 

 

Chomsky: “guerra dos EUA às drogas é fraude para criminalizar os pobres”

Em vídeo conferência realizada no final de dezembro junto a estudantes do ensino básico do colégio Petroc, no condado de Devon na Inglaterra, o linguista norte-americano Noam Chomsky afirmou que “a guerra [dos EUA] contra as drogas é uma fraude, uma fraude total. Não tem nada a ver com as drogas e só resultou na criminalização dos pobres. E os pobres são em sua maioria negros e latinos”.

Em 1986, o presidente Reagan anunciou a “guerra contra as drogas”, que desde então passou a ser tema de doutrina geopolítica. Já em dezembro de 1989 os EUA invadem o primeiro país, o Panamá, sob a argumentação de combate ao narcotráfico.

Chomsky falou da importância de Martin Luther King e do movimento antirracista nos EUA e destacou que nos anos 1960-70, após o país viver um período de crescimento econômico que garantiu a esses segmentos [negros e latinos] algumas melhoras sociais. “Assim, as questões dos negros, bem como dos latinos, começaram a se chocar contra algumas barreiras dentro do país, e houve uma grande reação. Parte da reação resultou em restituir a criminalização da população negra em meados dos anos 1970, e o instrumento utilizado foi ‘combate’ às drogas”.

 

Fonte: Hora do Povo

Equador denuncia que Chevron perpetrou escuta clandestina

Pressionada pela justiça para indenizar os prejudicados pelo vazamento de líquidos tóxicos a Chevron espionou e-mails do presidente Rafael Correa e outras autoridades do Equador

 

A petroleira norte-americana Chevron, em ação clandestina e ilegal, espionou os correios eletrônicos do presidente do Equador, Rafael Correa, visando descobrir e boicotar a estratégia do governo na defesa do país, vítima que foi do desastre ambiental e humano cometido na Amazônia por essa transnacional.

“A Chevron tem ‘hackeado’ os correios eletrônicos do presidente Correa, os meus e os do Procurador Geral do Estado, Diego García Carrión”, denunciou o secretário jurídico da Presidência do Equador, Aléxis Mera, na sexta-feira (10), em entrevista concedida à Gama TV e divulgada pela agência notícias oficial do Equador, ANDES.

Na investigação que vinha sendo realizada pela Promotoria do país andino descobriu-se que a espionagem da Chevron foi facilitada pelo deputado opositor Cléver Jiménez, em cujo gabinete e escritórios encontraram-se também documentos que continham informação sobre as ações que o governo preparava contra a multinacional. “Essa espionagem pôs em perigo o país porque nos correios eletrônicos havia conversações entre Correa e seu advogado que continham políticas de Estado, que implicavam segredo naquele momento. Isso pode comprometer algumas negociações internacionais”, detalhou Mera.

Durante o período em que operou na província de Sucumbíos, no nordeste equatoriano, a Chevron – então com o nome de Texaco – derramou mais de 70 bilhões de litros de águas e lodos tóxicos, contaminando cerca de 450 mil hectares de terreno, causando inúmeros danos ao meio ambiente e à população local, acusando depois os moradores da região de suposta “extorsão criminosa”.

“Este é um dos maiores desastres ambientais que o planeta já sofreu”, declarou o presidente Rafael Correa, reiterando que os danos provocados pela contaminação na Amazônia equatoriana superam os conhecidos casos da British Petroleum no Golfo do México, e da Exxon Valdez, no Alasca, ambos nos Estados Unidos.

A Corte Nacional de Justiça do Equador (CNJ) ratificou em 2013 a sentença da Corte de Sucumbíos, estabelecendo em 8,6 bilhões de dólares a indenização às milhares de pessoas prejudicadas pela irresponsabilidade da Chevron. A transnacional, que já não atua no Equador, age de todas as maneiras, principalmente ilegais, para evitar o pagamento. Nessa tentativa, buscou entregar à Corte de Justiça dos Estados Unidos, que trata da questão, mais de 20 desses correios eletrônicos clandestinamente espionados do presidente Correa, do Procurador e do secretário, no intuito de dar sustentação para sua linha de defesa que é de se passar por “injustiçada”. A Chevron afirma, falsamente, que os poços onde foram jogados os lixos já foram limpos e que suas atividades não são responsáveis por nenhum dos danos causados ao meio ambiente e à saúde pública.

O tribunal norte-americano, porém, considerou que o desgaste seria demasiado e não aceitou como evidência as mensagens interceptadas de forma clandestina, dando ganho assim a Aléxis Mera, que estava representando o país latino-americano. “Eles tiveram que reconhecer que tudo isso eram comunicações privadas, de caráter de assessoria e ganhamos o processo da Chevron nos EUA”, asseverou o secretário jurídico equatoriano.

“’Hackear correios eletrônicos já parece costume. Aconteceu com o Brasil e com a Angela Merkel. Mas, por mais que seja costume, não vamos permitir que façam isso conosco, esses fatos não devem ficar na impunidade”, assinalou o jurista.

Rafael Correa destacou que chegou o momento de estampar a “verdade”, pois a companhia estadunidense está promovendo uma campanha multimilionária para fugir das suas responsabilidades.

 

SUSANA SANTOS

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.216

Professor e cientista José Eduardo Martinho Hornos

O professor José Eduardo Martinho Hornos, destacado cientista, fundador e dirigente nacional do Partido Pátria Livre (PPL), faleceu na manhã do dia 28 de dezembro passado.

O cientista faleceu em Havana, Cuba, onde se encontrava para tratamento contra um câncer avançado no fígado. No entanto, complicações da doença não permitiram que o professor fosse avaliado a tempo pela medicina cubana.

Formado em Física pela USP e doutorado na Universidade Yale, em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, o Prof. Hornos foi um defensor do domínio do Brasil sobre a tecnologia nuclear. Fundou o Centro de Estudos Nucleares Almirante Álvaro Alberto e o Centro de Proteção Ambiental para o Uso de Energia Nuclear, sediado no Espaço Almirante Álvaro Alberto, no Instituto de Física de São Carlos.

O Centro reuniu um grupo de físicos da Universidade de São Paulo, que tem o problema energético brasileiro como foco de suas atividades de Extensão e Serviços à Comunidade. O interesse pelo tema data de março de 2007, quando iniciou as pesquisas sobre armazenamento geológico de combustível usado.

José Eduardo Hornos visitou as instalações nucleares e repositórios em diversos países e preparou estudos de apoio para o programa brasileiro. Foi assíduo pesquisador e colaborador com cientistas chineses na elaboração dos modelos matemáticos para os supercomputadores de última geração.

Foi para os EUA estudar com físicos renomados e voltou ao Brasil para seguir suas pesquisas, sempre militando e participando de toda a luta pela redemocratização do país.

Teórico brilhante dedicou sua vida ao desenvolvimento da ciência no Brasil. Por suas mãos, dezenas de jovens obtiveram sua pós-graduação em física. Foi fundador da ADUSP, da ANDES e por diversas vezes eleito para o Conselho Universitário da USP. Enfrentou com bravura e coragem os problemas de sua vida e da luta do povo brasileiro. Foi dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, organização política na qual ingressou em 1976 na luta contra a ditadura e pela redemocratização do país.

O Zé Edu, ou Prof. Hornos para seus alunos, deixa para sua esposa Tatiana Anjos Hornos, seus filhos, seus amigos e companheiros uma destacada página de lutas e de glórias. Seu corpo foi cremado e suas cinzas trazidas para o Brasil.

 

Fonte: Hora do Povo

Beth Carvalho rebate declaração de Thiaguinho: “O que ele canta não é samba”

A próxima edição do Prêmio da Música Brasileira, que acontece no dia 14 de maio no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, celebra os 25 anos da premiação. “Pela primeira vez, ao invés de homenagear um artista, vamos dedicar a noite a um ritmo, o samba”, conta José Maurício Machline, o idealizador do evento, que conta com o apoio da Vale do Rio Doce.

Ele chamou Beth Carvalho para fazer a curadoria do show. “Fiquei honrada com o convite. Não sou uma profunda conhecedora do samba como o Sérgio Cabral e o Haroldo Costa, mas tenho a prática da vivência”, diz a cantora. Beth reclama dos rumos do ritmo que canta há 48 anos está tomando. “Não está em um momento fértil como já esteve”. E rebate a polêmica declaração do cantor Thiaguinho, que no ano passado disse que mudou a história do samba. “Sem juízo de valores, mas o que ele e os chamados grupos de pagode cantam, pra mim, é uma outra música, não é samba”.

 

Fonte: Bruno Astuto – portal Época