Leiloeiros entregam 40% de Libra para o cartel das 5 harpias

Manifestações e denúncias impediram um crime maior

 

O leilão do campo de Libra encontrou a sua própria definição: sob ordem da Presidência, foi realizado por trás de tropas do Exército, da Força de Segurança Nacional e com o cerco até de barcos da Marinha de Guerra, com jovens sendo atingidos e feridos por uma catadupa de balas de borracha, com helicópteros atirando-as sobre a multidão e a violência histérica contra, até mesmo, a bandeira nacional. Nenhum apoio do povo, nenhuma manifestação a favor – só algumas declarações de vendilhões sem vergonha, de alguns tolos e de alguns puxa-sacos do patrão.

Algo que não se via desde a ditadura – e em seus piores momentos.

O resultado demonstrou que a intenção do governo sempre foi a de entregar Libra ao cartel multinacional das petroleiras; segundo, que somente não entregou mais porque o povo, a mobilização em todo o país, não deixou.

Talvez o melhor comentário sobre o leilão de Libra tenha sido feito, ainda antes, pelo petroleiro João Antônio de Moraes, líder da FUP e da CUT, com a rude precisão dos operários: “Quem aluga a bunda não pode escolher onde sentar”.

Não pode mesmo – como demonstra uma notícia publicada no dia seguinte ao leilão, inteiramente confirmada pelos fatos:

“A escolha dos executivos que vão compor a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), estatal que vai gerir os contratos de blocos arrematados no regime de partilha de produção, semana passada, foi ‘absolutamente fundamental’ para que a Total decidisse participar do leilão de Libra ontem, nas palavras do diretor-geral da francesa Total no Brasil, Denis Besset. (…) A questão da formação da PPSA havia sido levantada por Besset (…) quando o executivo declarou que era complicado definir a participação sem saber qual era a formação da PPSA” (Valor Econômico, 22/10/2013, grifos nossos).

Assim, para entregar parte do Campo de Libra à Total – e também à Shell – a presidente Dilma nomeou, para presidente da PPSA, o braço direito do celerado David (“o petróleo é vosso”) Zylbersztajn na ANP e, para diretor, o chefe de gabinete do malfadado Henri (“Petrobrax”) Reichstul na tentativa de esquartejamento da Petrobrás – ambos durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O último, inclusive, era um lobista na ativa das multinacionais. Função da PPSA: fiscalizar as multinacionais.

Já o renegado Lima, depois de se exibir no leilão – devidamente garantido pelas forças policiais e militares presentes – declarou que estava “muito feliz” porque “no Brasil nós nunca fizemos isso porque nunca tivemos uma área tão prolífica como o pré-sal”. Pelo jeito, Lima quer proteger o petróleo da sanha dos brasileiros, entregando-o às multinacionais. O leilão do campo de Libra foi o primeiro leilão de petróleo já descoberto da História. Ninguém leiloa petróleo que já foi descoberto. Leiloam-se áreas para pesquisar petróleo, não áreas em que já se descobriu o petróleo. Mas, pior é o ridículo de dizer que foi a ANP, e não a Petrobrás, que descobriu petróleo nos campos de Libra e Franco, provavelmente com o uso do delicado mini-canivete (suíço?) do seu então diretor-geral. Deixa de ser mentiroso, ô Haroldo!

Disse a presidente Dilma, na segunda-feira à noite, que “85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização”.

“Bem diferente”? Quem disse que isso era privatização, e só privatização, e nada mais que privatização, foi ela – é verdade que era candidata, não presidente. Foi a candidata Dilma quem disse:

“Eles [os tucanos] defendem a privatização do pré-sal, ou seja, que a exploração do pré-sal seja feita por quem? Pelas empresas privadas internacionais. Isso é grave porque o pré-sal é uma das riquezas mais importantes do país. Defender a privatização do pré-sal significa tirar dinheiro do país. (…) Isso seria um crime contra o Brasil”.

Quanto ao resto, a expressão “renda a ser produzida no Campo de Libra” é uma forma de não dizer chongas – ou absolutamente nada – da mesma forma que o acréscimo “a Petrobrás” depois de “Estado brasileiro”. “Renda a ser produzida no Campo de Libra” inclui até o preço de um melhoral que algum companheiro petroleiro, acometido de dor de cabeça, compre na cantina de uma plataforma – se é que existem cantinas nas plataformas.

A questão é a parte do governo (ou da União) na partilha do petróleo extraído, não a renda em geral – pela simples razão de que é possível comprar melhoral em outro lugar que não uma plataforma de petróleo, da mesma forma que recolher Imposto de Renda ou Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL) de alguma empresa no pré-sal não é diferente de fazer o mesmo com qualquer outra empresa do país. O que é diferente – isto é, específico – no Campo de Libra é a partilha do petróleo lá produzido.

Como diz um filósofo aqui da casa, não entender algo tão óbvio é burrice demais para ser só burrice. Basta ver as percentagens citadas. Depois desses 85% da presidente, vale tudo.

Nesse passo, daqui a alguns dias, as multinacionais vão estar pagando ao governo para que fique com o nosso petróleo e ainda vão dar um vale para cada brasileiro gastar numa Coca-Cola. Pelas contas da presidente, 41,65% de 45% – que é o “excedente em óleo” ou “óleo-lucro” – são 85%, em vez de 18,74% (v. coluna de Fernando Siqueira nesta página). Antes, para o Lobão e a Magda, a mesma conta resultava em 75% – a presidente, num único dia, avançou mais 10 pontos percentuais. Daqui a pouco o governo vai estar recebendo 120%, 150%, talvez 300% do petróleo de Libra.

Nem vale a pena observar outra vez que os autores dessas contas estão somando espartilhos com caixas de maizena (daí expressões engana-trouxas do tipo “renda a ser produzida no Campo de Libra”) porque, mesmo assim, a conta não dá certo. O que se está discutindo é quanto, na partilha do petróleo, mais exatamente, na partilha do “excedente em óleo” (petróleo extraído menos custo de produção menos royalties) ficará com a União, tendo em vista que os países produtores de petróleo ficam com 80% do excedente – uma média de 72% do óleo produzido – e, no Brasil, o governo estabeleceu que apenas 41,65% desse excedente ficará com a União, podendo, de acordo com uma escala móvel, baixar até 15%.

O resto, leitores, é bobagem (o renegado Lima somou até um aluguel para chegar a lugar algum).

O que não é bobagem, leitores, é ver o nosso povo, é ver trabalhadores, estudantes, mulheres, gente humilde dos bairros, gente que saiu das plataformas e das fábricas, recusando o letal marasmo que lhe é oferecido, para levantar-se e defender o nosso petróleo, a Petrobrás, vale dizer, a nossa Nação, a nossa Pátria. Pois aí está o novo Brasil, ainda em germe, aí, sim, está o nosso passaporte para o futuro.

Não sabemos ainda tudo o que o governo concedeu para entregar 40% de Libra ao cartel petroleiro. Mas, por consequência, tudo o que fez foi para impedir a Petrobrás de ter uma parcela maior. É evidente que a Petrobrás poderia ter 50% ou mais. Porém, se não fosse a sua defesa pelo povo, pelos que, em todo país, mobilizaram-se contra esse leilão ignominioso, nem os 40% ela teria. Tal como já havia anunciado o ministro Lobão, ficaria nos 30%, que é o mínimo que lhe garante a lei do presidente Lula no pré-sal.

Assim, a Shell e a Total, duas das cinco “supermajors”, as petroleiras que mandam no cartel (pela ordem, de acordo com o Platts Top 250 Global Energy Company: ExxonMobil, Shell, Chevron, BP, Total; a ExxonMobil e a Chevron são, ambas, “Standard Oil” do grupo Rockefeller, portanto, é um grupo de cinco que, na verdade, são quatro) ficaram com 40%, mesma percentagem que a Petrobrás. Duas estatais chinesas, a CNPC e a CNOOC, pegaram 10% cada uma.

 

CARLOS LOPES

 

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.197

 

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Fernando Siqueira: Estamos leiloando um bilhete premiado

Leiloar o maior campo já descoberto do mundo é inaceitável

 

por Fernando Siqueira*, no Le Monde Diplomatique, enviado por terrae

texto extraído do Portal Viomundo

 

Com as bênçãos do governo e do Poder Legislativo, um crime contra a soberania nacional está em andamento e já tem data marcada.

O Campo de Libra, situado na província brasileira do pré-sal, na Bacia de Santos, que é a maior descoberta de petróleo convencional do século XXI, irá a leilão no dia 21 de outubro, na primeira rodada de licitações da camada do pré-sal.

O pontapé inicial foi dado no dia 3 de setembro, com a publicação do edital. Todo o processo culminará, em novembro, na assinatura dos contratos com os consórcios vencedores, novos donos de um tesouro nacional desapropriado do povo brasileiro.

A pressão das majors (ou Big Oils, ou sete irmãs) sobre o governo brasileiro foi muito forte.

O seminário sobre óleo e gás em fevereiro de 2013 no Riocentro teve como tema central a reabertura dos leilões.

Depois veio o vice-presidente norte-americano Joe Biden pressionar, pessoalmente, a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster.

A escolha de Libra para essa licitação sob o regime de partilha satisfez as exigências.

A área é imensa, e não será necessária a atividade de exploração, pois o campo já foi descoberto.

O ganhador só vai desenvolver o campo, que hoje já se sabe conter muito petróleo.

De acordo com testes de curta duração feitos pela Petrobras, que perfurou o campo, os volumes in placesituam-se entre 28 bilhões e 42 bilhões de barris.

Se considerarmos um fator de recuperação de 35% (média dos campos da Bacia de Campos), os volumes recuperáveis podem variar entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris.

Mas geólogos da Petrobras estimam em mais de 15 bilhões.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fixou em 41,65% a parcela mínima da União no leilão de um campo já perfurado, testado e comprovado que abriga reservas fantásticas.

Os dados que mais assustam, no entanto, estão relacionados às facilidades oferecidas pelo governo para que as empresas estrangeiras se apropriem de uma de nossas maiores e mais estratégicas riquezas.

O governo vem causando um prejuízo crônico à Petrobras, reduzindo drasticamente seu caixa, obrigando-a, de forma ilegal, a comprar combustíveis no exterior e vender mais barato para as distribuidoras, suas concorrentes.

Ao mesmo tempo, retoma o campo que estava com a Petrobras por conta da cessão onerosa e estabelece um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que prejudica a Petrobras e impede a participação das demais empresas nacionais.

Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União.

Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%.

Estamos leiloando um bilhete premiado.

Nenhum país soberano e independente faz esse tipo de leilão.

“A ideia é atrair as empresas estrangeiras e não espantar investidores”, diz a ANP.

As entidades nacionalistas buscam instrumentos jurídicos para impedir o leilão.

O Congresso Nacional defendeu, até o último minuto, a destinação mínima de 60% desse óleo-lucro para a União, mas foi vencido ao final.

Após reunião dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com os líderes do governo na Câmara, a exigência dos 60% caiu “em nome de uma maior segurança jurídica das empresas que disputarão a licitação”.

A votação, em 14 de agosto, foi rápida após o acordo com o Planalto e sepultou de vez a garantia de retorno decente para o país.

Os 41,65% são um valor irrisório para o que representa o manancial do Campo de Libra.

Ora, os leilões já não têm sentido por termos autossuficiência para mais de cinquenta anos, quanto mais nas condições desse campo perfurado, com reservas de 15 bilhões de barris e risco zero.

Se alguém arrematar por menos de 60%, o leilão representará um fabuloso prejuízo.

Pior é que a ANP e o governo enganam a nação quando dizem que a União ficará com, no mínimo, 75% do petróleo.

Ora, o produtor fica com 40% do petróleo para remunerar seu custo de produção (esse custo é cerca de US$ 40 por barril); o contrato prevê que os royalties, de 15%, serão também ressarcidos ao produtor.

Sobram 45% para a partilha.

Se o vencedor oferecer 60%, a União ficará com 60% de 45%, ou seja, 27% do petróleo produzido.

E o consórcio, este sim, ficará com 73% do petróleo. Absurdo!

 

De volta às privatizações

Em entrevista recente concedida ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente da Petrobras do governo Lula, Sérgio Gabrielli, afirmou que leiloar Libra “vai na contramão da lei de partilha”.

Ele destacou outro ponto sensível do edital: o bônus de R$ 15 bilhões pedido pela ANP à empresa vencedora do leilão.

Segundo o ex-presidente, tais procedimentos estão “mais próximos da concessão de FHC do que da partilha”.

Ele se refere à Lei das Concessões (Lei n. 9.478, de 1997), do presidente Fernando Henrique Cardoso, que era destinada a áreas de alto risco exploratório e exigia um bônus alto, uma vez que o concessionário passava a ser o proprietário do petróleo.

Na mesma entrevista, Gabrielli declarou: “Como diminui o risco de exploração, o grande elemento a definir passa a ser como partilhar o lucro futuro. Então, o grande elemento deve ser a participação no lucro-óleo que deverá voltar ao Estado. À medida que você coloca um bônus muito alto, a partilha do lucro no futuro é menor. Ao fixar o bônus alto, você tem uma visão de curto prazo na exploração e no desenvolvimento de um recurso que já tem o grau de confirmação muito alto. […]. Mesmo com a certeza de que lá tem petróleo, você submete todo o ganho potencial futuro do Estado a uma parcela menor – o que é ruim, no novo conceito de partilha. […] Nessa operação de R$ 15 bilhões, o governo vai receber de imediato, mas a consequência disso é que, no lucro do futuro, o governo vai ficar com uma fatia menor”.

Ou seja, o governo cobre o buraco do presente, mas compromete seriamente o futuro.

Na verdade o governo estabeleceu um bônus alto com dois objetivos: 1) dificultar a participação de empresas nacionais, inclusive a Petrobras, estrangulada por ele; e 2) atingir a meta do superávit primário, que precisa de R$ 15 bilhões para se completar.

 

Conjuntura internacional aterradora

O momento em que o leilão ocorre é outro ponto relevante.

A insegurança energética mundial é imensa.

Estados Unidos, Europa e Ásia, além do cartel internacional, estão cada vez mais dependentes do petróleo das reservas mundiais, escassas, com cerca de 60% no Oriente Médio.

Quando o pré-sal foi descoberto, imediatamente foi reativada a quarta frota norte-americana para “proteger o Brasil”, uma pressão militar óbvia.

Ao mesmo tempo, o cartel internacional das petrolíferas vem agindo pelos bastidores.

No setor, o lobby do cartel está profundamente infiltrado dentro do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e da Organização Nacional dos Industriais do Petróleo (Onip).

Todos eles juntos conseguem dobrar os três poderes do país.

Só as manifestações do povo nas ruas poderão reverter essa submissão.

 

*Fernando Siqueira – Vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet).

Mobilização nacional une o país contra assalto e exige suspensão do leilão de Libra

Esta quinta-feira, 17 de outubro, foi marcada com uma mobilização nacional que unificou o país em repúdio ao leilão de Libra. Manifestações em diversas partes do Brasil ocuparam as ruas e se somaram à greve geral dos petroleiros que paralisou 40 plataformas.

Nas manifestações, centrais sindicais, sindicatos, partidos políticos, entidades estudantis e diversas outras entidades da sociedade exigiram o cancelamento do leilão. Em Brasília, os manifestantes ocuparam o Ministério de Minas e Energia. No Rio de Janeiro, um ato reuniu lideranças estudantis na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a presença de Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, Vic Barros, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), além de outras lideranças. Após o ato, foi realizada uma manifestação no centro da cidade.

Em São Paulo, a manifestação foi na Avenida Paulista. Com a faixa “O Petróleo é Nosso! Não ao leilão de Libra” no carro de som, estudantes, petroleiros da FUP e centrais sindicais repudiaram o leilão. No Rio Grande do Sul, houve manifestação também no centro de Porto Alegre. 

Além das manifestações, lideranças entraram com ações na Justiça contra o leilão, entre eles, o senador Roberto Requião, Carlos Lessa, Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Roni Barbosa, diretor-executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Marés Filho, procurador do Estado do Paraná, Ubiraci Dantas, presidente nacional da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), deputados estaduais Gilberto Martin e Antonio Anibelli Neto.

Para o dia 21, data em que está marcado o leilão, a presidente Dilma assinou um decreto autorizando o envio de tropas do Exército, Força Nacional de Segurança, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) para cercar o hotel onde será realizado o leilão, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

 

VEJA MAIS MATÉRIAS ABAIXO:

 

Petroleiros fazem greve e protestam contra leilão do Campo de Libra – Veja reportagem do Jornal Nacional

 

O Petróleo Tem Que Ser Nosso – Caminho Soberano

 

Libra: leiloeiros da soberania se refugiam atrás da Força Nacional

 

Greve dos petroleiros prossegue, com apoio dos movimentos sociais na luta contra o leilão de Libra

 

Petroleiros criticam presença do Exército em leilão: “é lamentável”

 

Roberto Requião está entre os autores de ações contra leilão de Libra

 

Vagner Freitas, presidente da CUT: Em defesa dos interesses do Brasil

 

CTB: Petroleiros de todo o país param contra o Leilão de Libra

 

UNE: O Petróleo é Nosso! Não ao leilão de Libra!

 

Entidades sociais lotam plenário da Câmara de SP em ato contra o leilão de Libra

 

Entrevista com Fernando Siqueira: Não ao leilão de Libra!

 

 FUP: Leilão do pré-sal é um crime contra o desenvolvimento, a soberania nacional e as condições de trabalho

 

 Guilherme Estrella, descobridor do pré-sal: “Leiloar Libra é grave erro estratégico”

 

 Plenária dos movimentos sociais condena leilão de Libra

 

A burla à lei para entregar o pré-sal de Libra às múltis

 

 

► Senador Requião: “Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto”

 

► Metri e Siqueira: A insegurança energética e o leilão de Libra

 

► Mais de 80 organizações pedem à Dilma suspensão do leilão do pré-sal

 

► Petrobras realiza Missão Netuno e finca bandeira brasileira no pré-sal

 

► Beth Carvalho realiza Ato show dia 03/10 contra o Leilão de Libra!

 

► Paulo Betti: Campanha pelo Fim dos Leilões de Petróleo

 

 

 

 

 

 

Dilma trai principal promessa de campanha que fez ao Brasil

Quando candidata, PARA SE ELEGER, a presidente denunciou o entreguismo de Serra e FHC e jurou que não permitiria qualquer assalto à nossa maior riqueza, o pré-sal, tampouco qualquer tentativa de obstaculizar a Petrobrás.

DILMA MANTÉM O LEILÃO DE LIBRA BENEFICIANDO MULTINACIONAIS E RIFANDO A PETROBRÁS, TRAINDO SUA PALAVRA A DEZENAS DE MILHÕES DE BRASILEIROS QUE ACREDITARAM NELA.

 

Veja no vídeo abaixo o programa de Dilma durante a campanha eleitoral de 2010:

 

Privatização Não! O Pré-sal é nosso!

 

 

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: De Crápula a Herói

Neste sábado, 19/10, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “De Crápula a Herói”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!

 

DE CRÁPULA A HERÓI 

Roberto Rossellini (1959), com Vittorio De Sica, Hannes Messemer, Vittorio Caprioli, Nando Angelini, Herbert Fischer, ITÁLIA, 132 min.

 

Sinopse

Durante a 2ª. Guerra Mundial, na Itália ocupada (setembro de 1943 a junho da 1944), Emanuele Bertone, um vigarista que se faz passar por coronel do exército, explora seus compatriotas com a promessa de  interceder por seus familiares presos pelos alemães, em troca de uma módica quantia. Um dia, ele é denunciado e condenado à morte. Para se salvar, aceita passar-se pelo general Della Rovere, líder da Resistência, visando se infiltrar no movimento e descobrir os inimigos do Reich. 

O filme foi vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza (1959). 

 

Direção: Roberto Rossellini (1906-77)

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Com o término da ocupação nazista, o diretor leva a câmera a locações originais e capta imagens sinceras de um elenco de atores e não atores. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado na história que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc” (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975), 

 

Argumento Original: Indro Montanelli (1909-2001)

Indro Montanelli nasceu em Milão e se formou em Direito pela Universidade de Florença. Trabalhou como jornalista e autor de livros de História. Escreveu nos maiores jornais da Itália, como Il Corriere della Sera e  Repubblica. Tem entre seus trabalhos doze peças teatrais. Em sua filmografia estão os argumentos de “Tombolo, Paradiso Nero” (Giorgio Ferrone, 1947),  “De Crápula a Herói” (Roberto Rossellini, 1959), “I Sogni Muoiono All’Alba” (Mario Craveri e Enrico Gras, 1961).

O roteiro da adaptação cinematográfica de “De Crápula a Herói” tem a assinatura de Sergio Amidei e Roberto Rossellini.

 

Música Original: Renzo Rossellini (1908-82)

Romano como seu irmão Roberto, Renzo Rossellini foi  compositor e critico musical. Estudou no Conservatório de Santa Cecília. No ano de 1946 fundou a União Nacional dos Músicos. Em 1970 assumiu a direção da orquestra da Ópera de Monte Carlo.

Compôs vários balés, cantatas, oratórios, sinfonias, peças de música de câmara, canções e quatro óperas. Entre seus mais de 100 trabalhos para cinema estão as trilhas dos filmes do irmão, até o final dos anos 50. Compôs também para Mario Soldati (“Eugenie Grandet”, 1946), Giuseppe Amato (“Mulheres Poibidas”, 1954) e Dino Risi (“O Signo de Vênus”, 1955).

Petroleiros entram em greve na quinta contra a entrega de Libra

Greves, atos, passeatas e manifestações tomarão conta do país neste dia 17 pelo cancelamento do leilão

 

Os milhares de trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias realizaram assembleias em todo o país e aprovaram greve geral a partir desta quinta-feira, dia 17. Além de rejeitarem a proposta salarial apresentada pela empresa, os trabalhadores exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está previsto para ocorrer no próximo dia 21. No último dia 3 de outubro, aniversário da Petrobrás, já houve greve de advertência de 24 horas contra o leilão de Libra.

A greve do dia 17 já foi aprovada por ampla maioria dos petroleiros no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. Na Bahia, Amazonas e na Bacia de Campos, no Norte Fluminense (Sindipetro-NF), grande parte dos petroleiros já votaram a favor da greve. Em São Paulo também seguem as assembleias.

Todos os indicativos do Sindipetro-NF, incluindo a greve por tempo indeterminado do dia 17 de outubro, estão sendo aprovados por ampla maioria dos funcionários. Os trabalhadores embarcados em 37 plataformas da Bacia de Campos já concluíram as assembleias. Os trabalhadores de Cabiúnas iniciam as assembleias no dia 14 de outubro, às 23 horas e os trabalhadores das bases de terra farão assembleia no próprio dia 17.

Desde o dia 2/10, os petroleiros estão acampados junto com os movimentos sociais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pressionando o governo para cancelar a licitação do Campo de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos. Na próxima quinta-feira, haverá mais uma grande manifestação nacional contra o leilão de Libra, com marchas e mobilizações em vários estados do país.

Nos últimos meses, os petroleiros têm realizado uma intensa campanha junto com as centrais sindicais, os estudantes e os movimentos sociais para impedir que o governo realize o leilão do campo de Libra. No aniversário de 60 anos da Petrobrás, no último dia 3, a categoria realizou uma paralisação nacional de 24 horas e protestos em vários lugares contra o leilão. Além disso, os petroleiros têm participado de atos e manifestações públicas, denunciando os riscos à soberania e os prejuízos que a nação brasileira terá caso Libra seja entregue às empresas estrangeiras. Os petroleiros querem cancelar o leilão de Libra e também a retirada de votação do Projeto de Lei 4330, da terceirização, em tramitação na Câmara dos Deputados.

A proposta salarial apresentada pela Petrobrás, no último dia 7, foi considerada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) e seus sindicatos como incompleta, além de não contemplar as reivindicações dos trabalhadores. Em relação às cláusulas econômicas, a empresa propõe o reajuste em 7,68% no salário dos trabalhadores que representa o ganho real entre 1,17% a 1,5% e um abono correspondente a uma remuneração ou R$ 4.000,00, o que for maior. A FUP reivindica 5% de ganho real, condições seguras de trabalho para todos, fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados, melhoria dos benefícios, mudanças no PCAC, entre outras reivindicações da categoria.

Segundo a FUP, a suspensão imediata do leilão do campo de Libra é uma das principais bandeiras de luta da categoria nesta campanha reivindicatória.

O sindicato do Norte Fluminense está informando à categoria que vai divulgar orientações e perguntas e respostas sobre a greve. O sindicato pede que os trabalhadores permaneçam atentos e unidos. A greve será com parada de produção, entrega da plataforma e com pedido de desembarque pelos trabalhadores.

A diretoria do sindicato convoca os trabalhadores que estiverem de folga na próxima semana para participar da Equipe de Contingência dos Trabalhadores. Durante o período que estiverem nessa equipe, o Sindipetro-NF custeará as despesas com alimentação, estadia e transporte dos petroleiros.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos também estão mobilizando a categoria para o próximo dia 17. Além da greve estão sendo preparadas manifestações em vários lugares.

Além dos petroleiros, o repúdio à entrega do campo de Libra repercute em vários setores. Na Assembléia Legislativa do Paraná foi realizada uma audiência pública e o plenário aprovou um requerimento endereçado a Dilma contra o leilão . Em São Paulo, a Câmara Municipal realizou, na última quinta-feira (10), sessão solene em homenagem aos 60 anos da Petrobrás, que se transformou em um vibrante ato contra o leilão do campo de Libra, anunciado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) para o próximo dia 21 (Ver também nesta página). O requerimento para realização da sessão, apresentado pela vereadora Juliana Cardoso (PT), também recebeu a assinatura do presidente da Casa, José Américo (PT).

Os representantes das Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, Nova Central e UGT – marcaram presença no ato da Câmara de São Paulo, na última quinta-feira, na sessão solene em homenagem aos 60 anos da Petrobrás e contra o leilão do campo de Libra.

No dia 17 de outubro, quatro dias antes da data marcada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para o leilão do campo de Libra, centrais sindicais, entidades do movimento popular e estudantil, convocam mais um dia nacional de mobilização.

Acontecerão atividades em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, além de protestos e mobilizações nas unidades da Petrobrás, haverá passeata, que sairá da Candelária, às 17 horas, seguindo até a Cinelândia.

Antes, a União Nacional dos Estudantes (UNE) promove o ato “O Petróleo É Nosso! Não ao leilão de Libra!”, que será realizado às 14 horas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Auditório André Rebouças, Bloco D, sala D220, Centro de Tecnologia (CT) – Ilha do Fundão.

Em São Paulo, a concentração será na Praça Osvaldo Cruz, às 17 horas, com passeata pela Avenida Paulista. O Comitê em Defesa do Petróleo do Rio Grande do Sul decidiu realizar uma panfletagem. A concentração será às 10 horas, na torre de petróleo da Praça da Alfândega. Depois será realizada uma caminhada até a Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, onde haverá um ato público.

 

SÉRGIO CRUZ

Fonte: Hora do Povo – Edição 3.195

 

Veja também matéria publicada no Portal da CUT:

 

Petroleiros entrarão em greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (17)

 

Leilão do Campo de Libra é tema de audiência na Assembleia Legislativa do Paraná

Movimentos sociais e autoridades no assunto unem esforços contra a entrega do patrimônio público

 

O leilão de Campo de Libra marcado para o próximo dia 21 de outubro foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (14). Somente esta área concentra 15 bilhões de barris já descobertos e garantidos. A situação é vista pelos movimentos sociais e autoridades no assunto como um atentado a soberania nacional e ao futuro da nação. Ao todo, as novas áreas do pré-sal concentram 60 bilhões de barris.

“Os 60 bilhões já descobertos (nos campos do pré-sal) somados aos 14 bilhões que já tinhamos anteriormente, resultam em 74 bilhões de barris, uma autossuficiência superior a 50 anos”, destacou o vice-presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira. Ele classificou a situação como “a maior oportunidade que já tivemos de deixar de ser o País do futuro e passar ser uma potência econômica, financeira e tecnológica”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira. 

O vice-presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller, reforçou a posição da Central contrária ao leilão. “Nós da CUT, por princípio, somos contra toda e qualquer forma de privatização. Pois ela traz a precarização do trabalho e estamos numa caminhada constante pelo trabalho decente. Esta ainda tem um agravante: acontece em um momento onde ficamos conhecendo uma situação que em tese já sabíamos, mas agora foi confirmada. A espionagem é um fato”, argumentou.

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (SindiPetro PR/SC), Silvaney Bernardi, foi enfático ao manifestar-se contrário a proposta.  “Leiloar o petróleo e colocar o peso maior no setor privado tem representado para os petroleiros mortes e  precarização das condições de trabalho. Para sociedade perder o controle do petróleo é exportar emprego e renda”, afirmou.

O deputado estadual Tadeu Veneri  (PT) reforçou a necessidade de impedir o leilão e criar mecanismos legais para prevenir outras ações semelhantes no futuro. “Teremos outros desafios na sequência. Me parece que as coisas vão em um processo acelerado. Mais do que impedir este processo do dia 21 devemos pensar em alterações na legislação vigente, porque desta forma estaremos fazendo audiência pública sempre com problemas muito semelhantes”, projetou.

O deputado Gilberto Martin (PMDB), que ao lado do deputado Tadeu Veneri, foi o propositor da audiência, também criticou duramente a ação do Governo Federal. Pelo edital divulgado pela ANP, além de permitir a exploração de empresas estrangeiras, o contrato deverá ser extremamente lesivo aos cofres públicos. “Quando as condições forem muito favoráveis a ambos, com produção de óleo superior a 24 mil barris por dia e um preço acima de R$ 170 o barril a multinacional cederá 3,9% da arrecadação para a União. Contudo, quando a produção estiver desfavorável, com quatro mil barris por dia e preço abaixo de R$ 60 a União abre mão de 26,9% do seu lucro”, criticou Martin.

Para o represente da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Gustavo Erwin Kuss, o leilão vai contra o anseio da sociedade brasileira. “As ruas pediram mais saúde, mais educação e segurança. Ou seja, pediram mais Estado e não é privatizando que vamos alcançar isso. É uma visão imediatista e pragmática para conseguir superávit primário”, afirmou.

 

Escrito por: CUT-PR

Informações: Portal da CUT

UMES lança 2ª edição do projeto ‘Liberdade ou Dependência? Drogas, tô fora!’ no dia 22

A UMES irá realizar no próximo dia 22 de outubro o lançamento do projeto “Liberdade ou Dependência? Drogas, tô fora! – 2ª Edição”.

O lançamento será durante a Reunião Anual da UMES/SPTrans com as direções das escolas de São Paulo, que será realizada às 14 horas, no Teatro Brigadeiro, situado à Avenida Brigadeiro Luis Antônio, nº 884, Bairro Bela Vista.

O projeto é realizado em parceria com o Ministério da Saúde e, a exemplo da primeira edição, já se tornou uma grande campanha contra as drogas. Nesta 2ª edição, o projeto atuará em 40 escolas públicas e privadas de todas as regiões de São Paulo. O objetivo é conscientizar estudantes com ações de prevenção e combate ao consumo de drogas.

 

OFICINAS PREPARATÓRIAS

No último dia 7 de outubro, os coornadores do projeto, a diretoria da UMES e lideranças estudantis participaram da oficina realizada com a presença da Dra. Maria de Fátima, doutoranda em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria UNIFESP, especialista em Dependência Química pela UNIFESP e psicóloga.

Durante a oficina a Dra. Fátima apresentou dados de pesquisas do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, dirigido pelo Dr. Ronaldo Laranjeira, e realizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD).

A pesquisa aponta que o número de usuários de maconha no Brasil, entre os adolescentes chega a 600 mil, sendo 470 mil no último ano. Entre os adultos o número de pessoas que já experimentou é de 8 milhões, sendo 3 milhões no último ano.

Os dados mostram ainda a opinião da população em relação à legalização da maconha, demonstrando que 75% discordam da legalização, enquanto apenas 11% concordam. 9% das pessoas não sabem e 5% não responderam.

Outro dado importante é o de que mais da metade dos usuários experimentaram maconha pela primeira vez antes dos 18 anos, e ainda 40% dos adultos usuários de maconha são dependentes.

Fabiano Avelino, coordenador geral do projeto, ressaltou que isso demonstra a “importância de políticas de prevenção, principalmente para o público jovem, que hoje, com a oferta cada vez maior das drogas seu preço cada vez mais baixo, tem muita facilidade de acesso, inclusive nas escolas. E isso é muito preocupante”.     

 

VEJA A APRESENTAÇÃO CLICANDO AQUI.

 

A oficina deu sequência à primeira reunião realizada no dia 3 de outubro, com as presenças de Liliam Cherulli e June Scafuto, do Ministério da Saúde, e também às visitas técnicas. A primeira visita foi à Clínica Viva, em Santos. No dia 2, a visita foi na clínica particular Maxwell, em Atibaia, que é considerada um modelo no tratamento de dependentes químicos. Na visita, os coordenadores conheceram um método diferenciado, criado pelo médico brasileiro Dr. Sabino Ferreira, onde pacientes, médicos e psicólogos convivem num ambiente que tem como princípio o compromisso com o coletivo, através de reuniões e atividades que retratam a vida na sociedade.

Na primeira etapa do projeto serão aplicados, nas 40 escolas, 200 questionários por escola, totalizando 8.000 questionários. Após o levantamento da pesquisa, já na segunda etapa, serão realizados 3 debates por escola reunindo 100 estudantes em sessões de cineclube, totalizando 4.000 participantes.

Um novo questionário avaliativo será aplicado e 10 estudantes de cada escola irão redigir uma redação acerca da temática, totalizando 400 redações. As três melhores serão premiadas em solenidade no Teatro Denoy de Oliveira.

Para Henrique Hettwer, membro do Conselho Nacional Antidrogas (2012), “esse projeto já está sendo bastante positivo e vai mobilizar milhares de estudantes numa campanha que atingirá não só os alunos, mas o conjunto da comunidade escolar”.

 

VEJA AQUI MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO “LIBERDADE OU DEPENDÊNCIA? DROGAS, TÔ FORA!”

UNE: O Petróleo é Nosso! Não ao leilão de Libra!

Maior campo de petróleo da história está prestes a ser leiloado a empresas internacionais

 

Há 67 anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) fortalecia a sua participação frente aos principais assuntos nacionais em ações como a defesa do petróleo, que começava a ser mais explorado no país. Travava-se um grande debate sobre a exploração por parte de empresas estrangeiras. Nesse momento, a UNE foi protagonista com a campanha “O Petróleo é Nosso”, culminando na a criação da Petrobras, em 1953.

Hoje, a luta pela soberania brasileira na exploração de suas riquezas ainda se faz presente. Na última quarta-feira (9/10), o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o edital de concessão do Campo de Libra, com leilão marcado para o próximo dia 21 de outubro.

Por isso, a UNE encampa agora uma luta defendendo a utilização do petróleo em prol da soberania nacional e convoca todos os estudantes a construir atos nas suas universidades e a ocupar as ruas exigindo a suspensão do leilão do Campo de Libra.

Localizado na Bacia de Santos, Libra é um campo de petróleo pertencente ao novo modelo de partilha do pré-sal. Descoberto em outubro de 2010 pela Petrobras, os testes preliminares indicam a presença de uma reserva recuperável em torno de 12 bilhões de barris de petróleo, quase o equivalente às reservas atuais do país (15,3 bilhões de barris recuperáveis).

Para a secretária-geral da UNE, Iara Cassano, as espionagens feitas recentemente pelo governo americano sobre a Petrobrás comprovam o quanto as riquezas do pré-sal são estratégicas.

‘’Acreditamos que nenhum país livre pode entregar suas riquezas nas mãos de empresas estrangeiras sem atingir sua soberania’’, falou.

Em entrevista à revista Exame, o coordenador do Comitê Estadual de Defesa do Petróleo pela Soberania Nacional, Alberto Sousa, afirmou que com o leilão, o Brasil acaba abrindo mão de uma riqueza estratégica. ‘’É uma riqueza que deve estar sobre nosso controle, uma riqueza que foi conquistada pela Petrobras, resultado de uma pesquisa dela, de um trabalho dela, com custo para o povo brasileiro. Não é correto que essa riqueza seja transferida para empresas que não gastaram nada”, disse.

 

PARTILHA

O Campo de Libra, por sua magnitude e relevância, está enquadrado no artigo 2º, inciso V da nova lei do petróleo (12.351/2010), que rege a partilha do pré-sal, e define área estratégica como “região de interesse para o desenvolvimento nacional, delimitada em ato do Poder Executivo, caracterizada pelo baixo risco exploratório e elevado potencial de produção de petróleo”.

O artigo 12º determina que a União, quando for o caso de “preservar o interesse nacional” deve contratar a Petrobrás diretamente “para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos”.

Segundo Iara, o novo marco regulatório do petróleo, conquistado a partir da pressão dos movimentos sociais, precisa ser respeitado. ‘’Para garantir que essa riqueza seja investida no povo brasileiro é necessário que a União se aproprie dela, por isso exigimos que a extração seja integralmente realizada pela Petrobras’’, falou.

 

Renata Bars

Fonte: Portal da UNE

Debates mobilizam escolas de São Paulo para ato dia 17 contra o leilão

Neste dia 17 de outubro, quinta-feira, os estudantes de São Paulo irão ocupar a Avenida Paulista em uma manifestação contra o leilão do campo de Libra, marcado para o dia 21 de outubro.

O ato será na Praça Oswaldo Cruz, às 17 horas, em conjunto com centrais sindicais, sindicatos, petroleiros, e diversas outras entidades sociais. Além da manifestação, a UMES vêm realizando diversas atividades, entre elas debates nas escolas, reunindo estudantes através dos grêmios estudantis.

Na última semana, foram realizados debates na EE Caetano de Campos – Consolação (região Centro), EE Padre Saboia de Medeiros (região Sul) e EE Zuleika de Barros (região Oeste). No próximo dia 16 serão realizados debates na EE Gustavo Barroso (região Norte), EE Dom Pedro I (região Leste), EE Professor Manuel Ciridião Buarque (região Oeste), além de outras escolas da capital.

As manifestações contra o leilão vêm crescendo a cada dia. Em Brasília, no dia 15, será realizado ato público contra leilão de Libra, organizado pelo Comitê Nacional em Defesa do Petróleo, que realiza um debate com as presenças de Carlos Lessa, ex-presidente do BNDEs, Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, o professor Ildo Sauer, também ex-diretor da Petrobras, e o engenheiro Fernando Siqueira, vice-presidente do Clube de Engenharia e da Associação dos Engenheiros da Petrobrás. E, no dia 16, as centrais sindicais e entidades sociais estarão em Brasília para entregar um manifesto à presidente Dilma.