Convite Reunião UMES-SPTrans

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas e a São Paulo Transporte convidam Vossa Senhoria para reunião anual de divulgação do sistema de bilhetagem eletrônica a ser realizada no dia 22 de outubro de 2013, às 14 horas, no Teatro Brigadeiro, situado à Avenida Brigadeiro Luis Antônio, nº 884, Bairro Bela Vista, que informará a todos os presentes as mudanças do mesmo para o próximo ano de 2014. Lembramos a todos que há importantes inovações tecnológicas e operacionais e que sua presença, ou de representação de sua escola, se faz muito necessária para agilizarmos imediatamente os processos.

As confirmações deverão ser feitas a través do e-mail gabrielabarbosa@umes.org.br ou e-mail umes@umes.org.br, ou telefone 3289-7477 até dia 21/10/2013 às 18 horas.

Contamos com sua presença.

 

Atenciosamente,

 

Rodrigo Lucas Paulo

Presidente da UMES

Carta de Che Guevara para a Juventude

Publicamos abaixo Carta de Che Guevava à Juventude em homenagem ao 8 de Outubro, quando foi assassinado pela CIA, na Bolívia, em 1967.  Sua luta incansável contra as injustiças se tornou um exemplo para as juventudes de todo o mundo e segue inspirando a luta pela soberania e solidariedade entre os povos.

 

ERNESTO CHE GUEVARA

 

O jovem sempre foi e sempre será símbolo de renovação; não este símbolo descaracterizado, mistificado e calcado numa fé que não trabalha; mas um jovem que tenha a honra de ser comunista e que demonstra sê-lo com orgulho e a cada momento, porque esta é a sua bandeira.

É necessário que tenha a consciência de dever para com a sociedade, com os seres humanos, com a humanidade. Sensibilidade para identificar os problemas e injustiças; inconformidade e espírito guerreiro contra todo e qualquer formalismo. O jovem deve sempre ser um exemplo vivo, um espelho para os mais velhos que já perderam a sua jovialidade, o entusiasmo juvenil e a fé na vida e que, frente a esses exemplos acabam sempre por reagir bem.

Ser jovem é ser essencialmente humano, ser tão humano que este sentimento seja capaz de purificar o próprio homem através do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade para com seu povo e todos os povos do mundo. É desenvolver o máximo a sua sensibilidade e sentir-se entusiasmado frente a uma injustiça cometida em qualquer canto do mundo, mas também sentir-se entusiasmado quanto, em algum canto do mundo, se alçar uma nova bandeira.

O jovem não deve ser limitado pelas fronteiras, deve ser um internacionalista proletário, baseado nos exemplos vitoriosos de uma realidade palpável na luta contra o imperialismo e todas as formas de opressão dos sistemas injustos. Somos um facho de luz, unidos no mundo ideal, um espelho aos povos da América, aos povos oprimidos do mundo, que lutam por sua liberdade. Devemos ser, sobretudo, dignos desses exemplos.

Os jovens devem ser românticos, idealistas inveterados, quase utópicos; mas capazes de mostrar que uma nova sociedade é possível.

Cabe ao jovem trabalhar todos os dias, aumentar seus conhecimentos sobre o mundo que o rodeia, colocando sempre os problemas do mundo como seus próprios problemas. E, assim, com o passar dos anos, de muitos sacrifícios e de muitas vezes termos estado à beira da destruição, teremos criado, junto com os povos do mundo, a sociedade comunista, o nosso ideal!

 

‘Perto da perfeição’, Zanetti bate rivais e é campeão mundial nas argolas

Campeão olímpico em Londres, ginasta brasileiro não usa novo elemento, mas faz exibição tecnicamente brilhante e conquista o ouro na Antuérpia

 

Arthur Zanetti aguardava ao lado do aparelho quando ouviu seu nome no sistema de som do ginásio belga. Olhou para o chão, balbuciou um “vamos lá” e se posicionou. Na perfeição do primeiro movimento, parou no ar e olhou reto. Nas arquibancadas, aplausos tímidos, como se não ousassem atrapalhar a exibição do campeão olímpico. Contestado por um rival chinês em Londres, viu um adversário do mesmo país se apresentar como maior obstáculo rumo ao título que faltava. Yang Liu, no entanto, sequer foi ao pódio. Zanetti ficou livre para garantir o ouro inédito nas argolas e ser campeão no Mundial de Ginástica da Antuérpia, neste sábado.

Com uma chegada no solo precisa, o brasileiro terminou com 15.800 pontos. A prata ficou com o russo Aleksadr Balandin, com 15.733, enquanto Brandon Wynn, dos EUA, conquistou o bronze, com 15.666. O americano ainda contestou a nota, mas teve o protesto negado pela arbitragem. Considerado maior rival de Zanetti, Liu fechou em quarto lugar.

– Foi perto da perfeição. Fiz minha parte e o resultado era o que estava esperando. Estava buscando o ouro e consegui. Mas, claro, nunca é perfeito, a gente sempre busca melhorar alguma coisa, mas foi muito bom. Competir logo e ficar esperando é complicado. Eu não sei se é mais difícil ser um dos primeiros ou dos últimos, porque a final tem um nível muito alto. Estou trabalhando bastante para buscar sempre o melhor para o Brasil e para a ginástica brasileira. Está dando muito certo e teremos muito resultado também para frente. Mais uma etapa da minha vida foi concluída. Agora só falta mais um objetivo para a minha carreira: ganhar o título nos Jogos Pan-Americanos, que não tenho, para ficar plenamente satisfeito – disse o brasileiro.

Na final, Zanetti, de 23 anos, preferiu não usar seu novo elemento, de grau de dificuldade F, o mais complicado perante os juízes. Não precisou. Com uma ótima exibição, o ginasta de São Caetano do Sul, prata no Mundial de 2011, voltou a desbancar os rivais para ficar com o título.

– Ele chega muito cansado ao final da série. Fica mais difícil cravar a saída, sem dar passos. Então, decidimos tirar o elemento. E funcionou. Funcionou nas Olimpíadas, por que não funcionaria aqui? Eu até achei a nota baixa, poderia ser maior – disse o técnico Marcos Goto.

Zanetti acordou cedo neste sábado. Segundo ele, nem mesmo os roncos do companheiro de quarto, Francisco Barreto, seriam capazes de diminuir sua concentração. Desde Londres, havia colocado em sua cabeça que buscaria o título inédito. Planejou tantas vezes a conquista na cabeça que nem precisou comemorar muito. Manteve o semblante sereno e tranquilo ao desfilar com a nova medalha.

– Eu estou alegre. Mas quando algo é muito planejado, acaba sendo esperado. Não foi uma surpresa. Estava esperando o pódio com objetivo de ser o primeiro. Se eu não conseguisse, estaria com a cara fechada – disse o novo campeão mundial.

Neste domingo, Diego Hypolito, quinto colocado no solo neste sábado, e Sergio Sasaki voltam a disputar medalhas na Antuérpia. Os dois estão na final do salto, com transmissão do SporTV e acompanhamento em Tempo Real do SporTV.COM, a partir das 9h.

O caminho do ouro

Primeiro a se apresentar, o francês Samir Ait Said tinha uma considerável torcida ao seu favor no ginásio da Antuérpia. Com uma boa série, chegou a receber o cumprimento de Zanetti e tirou um 15.500 dos juízes. Na sequência, o russo Aleksandr Balandin, outro favorito, também mostrou força. Preciso, arrancou aplausos e somou 15.733.

Era, então, a vez de Arthur Zanetti. E o campeão olímpico se mostrou perfeito. Com pouquíssimas falhas de execução, mostrou força e precisão. Sequer precisou usar seu novo elemento, criado justamente para o Mundial. Com uma aterrisagem perfeita, o brasileiro arrancou aplausos e pulou para o primeiro lugar. O ouro estava garantido ali.

Principal rival do brasileiro, o chinês Yang Liu foi o sexto a se apresentar. Cercado de pressão, fez uma exibição mediana, com uma falha na aterrisagem. Já não havia quem tirasse o ouro de Zanetti. O brasileiro ainda esperou a exibição de dois rivais antes de comemorar. Campeão em Londres, o ginasta chegara, enfim, também ao topo do mundo.

 

Confira a classificação final:

 

1º – Arthur Zanetti (BRA) – 15.800

2º – Aleksandr Balandin (RUS) – 15.733

3º – Brandon Wynn (EUA) – 15.666

4º – Yang Liu (CHN) – 15.633

5º – Lambertus van Gelder (HOL) – 15.533

6º – Samir Ait Said (FRA) – 15.500

7º – Koji Yamamuro (JAP) – 15.433

8º – Danny Pinheiro Rodrigues (FRA) – 14.566

 

Fonte: globo.com

UMES realiza oficinas para o projeto “Liberdade ou Dependência? Drogas, tô fora!”

A comissão organizadora do projeto “Liberdade ou Dependência? Drogas, tô fora!” iniciou nesta semana a realização das visitas técnicas e oficinas que prepararão as atividades de conscientização sobre o uso de drogas pela juventude, que serão realizadas nas escolas públicas e privadas de São Paulo.

No dia 1º de outubro, os coordenadores e a diretoria da UMES visitaram a Clínica Viva, em Santos. No dia 2, a visita foi na clínica particular Maxwell, em Atibaia, que é considerada um modelo no tratamento de dependentes químicos. Na visita, os coordenadores conheceram um método diferenciado, criado pelo médico brasileiro Dr. Sabino Ferreira, onde pacientes, médicos e psicólogos convivem num ambiente que tem como princípio o compromisso com o coletivo, através de reuniões e atividades que retratam a vida na sociedade.

No dia 3 de outubro, a diretoria da UMES, lideranças estudantis e os coordenadores participaram de uma oficina com representantes do Ministério da Saúde para debater as ações referentes à campanha de prevenção ao uso de drogas.

Na oficina, Liliam Cherulli e June Scafuto, do Ministério da Saúde, e os coordenadores discutiram as atividades que serão realizadas nas 40 escolas já inscritas no projeto. Entre elas está aplicação de um questionário sobre a temática.

Além do formato do questionário, foi discutida também a realização dos cineclubes nas escolas, onde serão exibidos três filmes que servirão como base para o debate com os estudantes, a comunidade escolar e órgãos do governo convidados.

O presidente da UMES, Rodrigo Lucas Paulo, expôs as metas do projeto, destacando que o objetivo é conscientizar estudantes com ações de prevenção e combate ao consumo de drogas e formar jovens multiplicadores de ação do projeto.

Nesta segunda-feira, dia 7, a oficina terá continuidade com a presença da Dra. Maria de Fátima, doutoranda em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria UNIFESP, especialista em Dependência Química pela UNIFESP e psicóloga. Também estará presente a psicóloga Izilda Alves, coordenadora da Campanha Jovem Pan pela vida contra as drogas.

No dia 8, a oficina dá seguimento com a exibição e debates dos filmes: “A Guerra do Ópio”, “O Levante” e “Dias de Santiago”, que na segunda fase do projeto serão exibidos nas escolas.

O projeto “Liberdade ou Dependência? Drogas, tô fora!” aplicará 200 questionários por escola, totalizando 8.000 questionários. Após o levantamento da pesquisa, serão realizados 3 debates por escola reunindo 100 estudantes em sessões de cineclube, totalizando 4.000 participantes.

Um novo questionário avaliativo será aplicado e 10 estudantes de cada escola irão redigir uma redação acerca da temática, totalizando 400 redações. As três melhores serão premiadas em solenidade no Teatro Denoy de Oliveira.

 

Visita técnica realizada na Clínica Maxwell, em Atibaia

 

Oficina realizada com representantes do Ministério da Saúde

 

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Mephisto

Neste sábado, 05/10, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Mephisto”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!

 

MEPHISTO

István Szabó (1981), com Klaus Maria Brandauer, Krystyna Janda, Ildikó Bánsági, Rolf Hoppe, György Cserhalmi, HUNGRIA/ALEMANHA/ÁUSTRIA, 144 min.

 

Sinopse

Alemanha, 1931. Hendrik Höfgen é um ator ambicioso, cujo talento mediano não o impede de sonhar com a glória no teatro proletário. Com a ascensão de Hitler em 1933, sua esposa e muitos colegas deixam a Alemanha. Ele fica, e ao interpretar o papel de Mefisto no Fausto de Goethe consegue, com o empurrãozinho amigo de um general, membro do alto escalão nazista, sucesso e popularidade. A partir de então muito terá que conceder para que a fama não lhe escape entre os dedos.

 

Direção: István Szabó (1938- )

Diretor de cinema húngaro, nascido em Budapeste, István Szabó obteve grande reconhecimento internacional com “Mephisto” (1981), premiado em Cannes, no Oscar e na Academia Italiana de Cinema. A parceria com o ator austríaco Klaus Maria Brandauer repetiu-se com êxito em outros dois filmes da década de 80, “Coronel Redl” (1985) e “Hanussen” (1988), que receberam, respectivamente, o BAFTA da Academia Britânica e a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Szabó estudou na Academia de Teatro e Cinema de Budapeste, se formando em 1961. Começou como diretor assistente, passando a diretor principal do MAFILM Nonprofit Zat. Realizou diversos curtas e 18 longas, onde também se incluem “Pai” (1966), “Contos de Budapeste” (1976), dois vencedores do Urso de Prata do Festival de Berlim – “Confiança” (1980) e “Queridas Amigas” (1991) -, “Adorável Júlia” (2004) e “Atrás da Porta” (2012).

 

Argumento Original: Klaus Mann (1906-49)

Klaus Mann, filho do escritor Thomas Mann (Prêmio Nobel de Literatura em 1929), nasceu em Munique, Alemanha. Romancista, ensaísta e dramaturgo, começou a escrever contos em 1924 e no ano seguinte tornou-se crítico de teatro para um jornal de Berlim. Em 1932, publicou a primeira parte de sua autobiografia, que foi bem recebida até Hitler chegar ao poder. Como tantos outros, o escritor teve que fugir da Alemanha em 1933, juntando-se à família exilada na Suíça. Em novembro de 1934, foi destituído da cidadania alemã pelo regime nazista.  Durante a  2ª. Guerra Mundial, serviu como sargento no 5º Exército dos EUA. Entre suas obras estão: “Alexandre” (1929), “Sinfonia Patética” (1936), “Mephisto” (1936).

 

Música Original: Zdenkó Tamássy (1921-87)

Compositor nascido em Veszeny, Hungria, Zdenkó Tamássy escreveu a música de mais de uma centena de obras audiovisuais, entre filmes, telefilmes e séries de televisão. De sua parceria com o diretor István Szabó destacam-se as trilhas de “Contos de Budapeste”  (1976), “Mephisto” (1981), “Coronel Redl” (1985) e “Hanussen” (1988).

 

VEJA AQUI A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Veja o depoimento de artistas contra o leilão de Libra

Veja nos vídeos abaixo o depoimentos de artistas e músicos contra o leião de Libra. No último dia 3, um showmício no Rio de Janeiro reuniu diversos nomes da música brasileira contra o leilão.

 

► Beth Carvalho realiza Ato show dia 03/10 contra o Leilão de Libra!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

► Paulão 7 cordas contra o leilão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

► Paulo Betti: Campanha pelo Fim dos Leilões de Petróleo

 

 

Petrobrás é a alma do Brasil!

Veja abaixo vídeo que conta um pouco da história da Petrobrás, empresa que é um orgulho para todos os brasileiros. O vídeo foi feito em comemoração aos seus 60 anos e relembra momentos históricos da luta pela sua criação e a defesa do petróleo.

 

PETROBRÁS 60 ANOS – A ORIGEM DA INSPIRAÇÃO

 

 

 

 

Artistas dizem NÃO ao leilão do campo de Libra, no pré-sal

O show será apresentado por Paulo Betti e terá a participação de Noca da Portela, Jards Macalé, Wilson Moreira, Mariene de Castro, Paulão Sete Cordas e muitos outros

 

A consagrada cantora Beth Carvalho está fazendo uma ampla convocação, em vídeo, para o showmício que será realizado na próxima quinta-feira, dia 3 de outubro, às 16 horas, na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, contra o leilão do Campo de Libra, no Pré-Sal. Nesta data, a Petrobrás comemora 60 anos de criação. A empresa foi fundada por Getúlio Vargas em 1953, após a vitoriosa campanha “O Petróleo é Nosso” que mobilizou toda a sociedade brasileira pela criação da estatal de petróleo e para que o Brasil já naquela época não entregasse seu petróleo para as multinacionais.

Além da cantora, vários outros artistas populares, entre eles Paulo Betti, Noca da Portela, Paulão 7 Cordas, Jards Macalé, Wilson Moreira, Toninho Geraes, Mariene de Castro e outros, estão mobilizando a população contra o leilão e já confirmaram presença no ato. “Eu, Beth Carvalho, não posso deixar de falar para vocês que nós não podemos permitir que esse leilão aconteça”, afirmou a “madrinha do samba”, em vídeo gravado para mobilizar o Brasil em defesa do pré-sal e contra a sua privatização. O ato contra o leilão de Libra será apresentado pelo ator Paulo Betti, que recentemente também apresentou um vídeo onde denuncia o leilão como um crime contra o Brasil e contra a população brasileira.

Com o samba que ela já interpretou, “Xô, gafanhoto”, de Rubens da Mangueira, Ivan e Luiz Grande, como fundo musical, Beth Carvalho faz um alerta: “cuidado com o gafanhoto minha gente, tem muito por aí” – referindo-se às multinacionais do petróleo que estão de olho em nossas riquezas – e indaga qual a importância de uma empresa brasileira explorar o Campo de Libra? Ela mesma responde que com isso “nós podemos beneficiar a saúde, a educação do povo brasileiro”. “As petroleiras estrangeiras não vão fazer isso. Elas simplesmente vão pegar o petróleo, explorar e tchau e benção”, alertou.

“Outra coisa que eu quero falar para vocês é que para se descobrir essas jazidas de petróleo, nós brasileiros – que descobrimos o pré-sal – gastamos nosso dinheiro”, acrescentou Beth. “Então, você acha justo agora os estrangeiros pegarem isso?”, questionou. “Vamos mobilizar toda essa população para que [o governo ] não faça esse leilão de Libra”, conclamou Beth Carvalho.

Vários atos serão realizados em diversas capitais e estão sendo convocados pelo Comitê Nacional em Defesa do Petróleo e pelos respectivos comitês estaduais.

Paulão 7 Cordas também está mobilizando a população brasileira em defesa do pré-sal. “Libra é o maior poço de petróleo já descoberto, segundo as pesquisas de prospecção da Petrobrás”, lembrou ele em outro vídeo de convocação. “E eles estão querendo fazer um leilão no dia 21 de outubro para que outras empresas que não a Petrobrás venham explorar”, denunciou o músico. “Eu terei o maior prazer em estar nesse “show-ato” e conto com vocês para defendermos o nosso petróleo”, conclamou Paulão.

Em São Paulo o Comitê Estadual em Defesa do Petróleo também está convocando o ato contra o leilão de Libra para as 17 horas do dia 3 de outubro. A manifestação será em frente à sede da Petrobrás, na Avenida Paulista.

Às 19 horas será realizado um ato político na Assembléia Legislativa de São Paulo, por iniciativa do deputado Adriano Diogo, do PT. Nesta manifestação, os parlamentares, as lideranças sindicais e os movimentos sociais pretendem, além de comemorar os 60 anos da Petrobrás, exigir a suspensão do leilão de Libra. As lideranças do movimento defendem que o leilão não seja realizado e a área de Libra considerada de interesse nacional – o Campo de Libra é a maior descoberta de petróleo do mundo nos últimos vinte anos – seja entregue para a Petrobrás, como determina o artigo 12 da lei 12351/2010.

 

SÉRGIO CRUZ

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.191

 

VEJA ABAIXO OS VÍDEOS:

 

► Beth Carvalho realiza Ato show dia 03/10 contra o Leilão de Libra!

► Paulo Betti: Campanha pelo Fim dos Leilões de Petróleo

Outra vez a fraude dos “75% da União” no leilão de Libra

Não é um erro de cálculo, é uma invenção

 

Durante a reunião conjunta, sobre o leilão de Libra, da Comissão de Assuntos Econômicos e da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, a senadora Vanessa Grazziotin repetiu várias vezes que “não há risco do Brasil, do Estado brasileiro, ficar do excedente com menos de 75%”. E quanto mais os conferencistas – Fernando Siqueira e Paulo Metri (v. matéria na página 3) – deixavam claro que isso é uma falácia, uma fraude grosseira, mais a senadora repetia a ladainha, impermeável a provas, raciocínios, elementares operações aritméticas  e outros predicados da convivência humana.

Com esse grau de racionalidade e desprezo pelo próprio pensamento, são algo inúteis as contestações – sobretudo em relação a quem defende a entrega do petróleo de Libra, apesar da espionagem da NSA sobre a Petrobrás, porque “não há nada que seja segredo” (sic) no leilão. Ou que acha que o Brasil (a Petrobrás) não tem condição de explorar Libra porque não tem dinheiro para investir.

Parece até que quem tem petróleo encontra alguma dificuldade para obter financiamentos. Só em 2012, a captação de empréstimos da Petrobrás foi US$ 20 bilhões (cf. Petrobras, “Relatório de Sustentabilidade 2012”, p. 94) e a necessidade anual de financiamento (captação bruta) da Petrobrás até 2017 é US$ 12,3 bilhões (cf. Petrobras, “Plano de Negócios 2013-2017”, p. 51).

O resto dos investimentos do quinquênio 2013-2017 (um total de US$ 236,7 bilhões, sendo US$ 147,5 bilhões em exploração e produção) virá dos colossais recursos próprios de uma empresa que, em 2012, teve um faturamento de R$ 281 bilhões e 379 milhões, um lucro líquido de R$ 20 bilhões e 959 milhões, com investimentos, no ano passado, de R$ 84 bilhões e 137 milhões (cf. Petrobras, “Relatório de Sustentabilidade 2012”, Informações Financeiras Consolidadas).

E nem falemos, para evitar desnecessárias urticárias, que o Tesouro poderá (e pode) reforçar o caixa da Petrobrás de acordo com as necessidades do país.

Entretanto, disse a senadora, “a explicação que tive, não tenho condições técnicas de dizer quem tem razão, (…) [é] que não há risco do Brasil, do Estado brasileiro, ficar do excedente com menos de 75%”. Se a senadora não tem “ condições técnicas de dizer quem tem razão”, deveria parar de repetir uma tolice e estudar mais – por exemplo, ouvir com mais atenção aqueles que entendem do assunto, pois, sobretudo no cargo que ocupa, é proveitoso distinguir a verdade da mentira. Porém, continuou repetindo a mesma coisa depois que o engenheiro Fernando Siqueira, uma renomada autoridade no tema, explicou que “quando o Governo diz que 75% do petróleo de Libra vão ficar com a União, não existe a menor possibilidade, porque 40% do petróleo já são para pagar os custos de produção; não pagam imposto de renda, inclusive. Quinze por cento dos royalties são devolvidos, pagam em dinheiro e recebem em óleo, e também não tem imposto de renda. Então sobram 45% para serem divididos. Qualquer que seja o percentual que incida sobre esses 45% nunca jamais vai chegar a 75%”.

É óbvio que os impostos não podem fazer parte da partilha da produção do petróleo – eles não são, como disse a senadora, um “ganho governamental”, mas um dever das empresas. Caso contrário, a sonegação seria o estado normal delas. Qualquer empresa paga (ou deve pagar) impostos, esteja no ramo do petróleo ou no ramo da transformação de manjuba em merluza.

Como mostrou Siqueira, no petróleo as isenções são espantosamente grandes. Tínhamos, na edição anterior, calculado a incidência de todos os impostos em 6 a 10%. Na verdade, como disse o vice-presidente da Aepet, 5 a 9% seria uma estimativa mais próxima da realidade.

Mas a senadora falou em “75% do excedente em óleo”. O excedente em óleo, ou “óleo-lucro”, é formado por: volume total da produção de petróleo menos custo de produção em óleo menos royalties (lei 12.351/2010, artigo 2º, inciso III).

No caso do pré-sal, o custo de produção calculado pela Petrobrás é US$ 40 por barril de petróleo. Se considerarmos o preço do barril = US$ 100, esse custo é 40%. Os royalties são 15%. Assim, o excedente em óleo é 100-40-15=45% do volume total da produção.

A ANP estabeleceu 41,65% como percentual mínimo do excedente em óleo para a União – e a ilegal tabela que acrescentou no edital do leilão permite que esse “mínimo” seja, inclusive, rebaixado. Como será que a senadora encontrou (ou acreditou, quando lhe contaram) que 75% ou mais desse excedente em óleo iria para a União, se é a própria que estabeleceu o mínimo de 41,65%?

Certamente, 41,65% de 45% são 18,74%. Somemos os royalties, que, segundo a filosofia do ministro Lobão, grande especialista em pensamentos inúteis para a Nação, seria uma “apropriação originária” (sic) em óleo das petroleiras, correspondente ao que pagaram em dinheiro (como uma apropriação secundária a um pagamento, ou seja, um ressarcimento, pode ser uma apropriação “originária”? Não sei, leitor, mas esta é a dialética do Lobão).

Mas, somemos os 18,74 com os 15 de royalties. Temos, então, 33,74%. Onde estão os 75%? Não é que o gato os tenha comido. É que eles não existem, por qualquer método de cálculo, inclusive os ilegais (se somarmos os impostos, também estaremos longe de 75%).

Não é um erro de cálculo, mas uma invenção, porque seus autores sabem que 41,65% para a União é um escândalo, já que “em países exportadores de petróleo, como Angola, Rússia e Venezuela, entre outros, a participação governamental é maior que 80%. Na China, a participação governamental é superior a 90%. Na Noruega, em 2009, o retorno do governo por barril foi de 85,5%” (Paulo César Ribeiro Lima, “Nota Técnica sobre receitas petrolíferas para as áreas de educação e saúde”, Consultoria Legislativa, julho/2013, p. 36 e 37). Assim, os 75% não correspondem a nenhum cálculo real, mesmo errado, mas a uma tentativa de esconder um roubo demasiado escandaloso.

Tudo isso é muito fácil de entender. No entanto, a senadora Grazziotin continuou insistindo: “a participação governamental mínima será de 75%, com 41,65% de oferta”.

Isso é o que dá acreditar no Haroldo Lima. Acaba-se passando, e em público, por asinino – e não pense a senadora que estamos sendo (como criticou no senador Requião em relação à diretora da ANP, Magda Chambriard) “indelicados para com uma mulher”. Pelo contrário, o que não suportamos é ver mulheres enganadas e induzidas a passarem por burras em público (aliás, nem em privado).

Mas a senadora também poderia ajudar um pouco a nossa campanha de promoção das mulheres e contra os preconceitos de que é vítima o lado feminino da sociedade. Não fica bem ela declarar, por exemplo, que “nunca eu ouvi ninguém do Governo dizer que um mínimo de 75% ficará para a União”.

É claro que ouviu: foi exatamente o que disse a diretora da ANP na sessão anterior das mesmas comissões – a senadora Grazziotin estava na presidência dessa sessão (v. HP 27/09-1º/10/2013).

Em seguida veio: “é óbvio, um mínimo de 75% do excedente óleo, tirando todos os custos operacionais, as despesas para o trabalho da extração – é isso que se diz”. Não é óbvio, não, até porque ninguém tinha dito ainda tal barbaridade – como o engenheiro Siqueira apontou na hora. Tanto Lobão, quanto Magda, quanto o diretor da ANP citado por Siqueira, todos se referiram a 75% do total, não do excedente em óleo.

A propósito, não é saudável considerar “óbvio” aquilo que “se diz”. Tem muito vigarista no mundo.

 

CARLOS LOPES

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.191

Manifestações contra o leilão de Libra marcarão os 60 anos da Petrobrás, no dia 3

UMES convoca Caras-Pintadas a ocuparem a Paulista na quinta-feira

 

Neste dia 3 de outubro, quinta-feira, entidades dos movimentos sociais, centrais sindicais, entidades estudantis, movimento dos trabalhadores sem-terra, petroleiros, engenheiros, intelectuais, além de outros segmentos da sociedade irão comemorar os 60 Anos da Petrobrás com uma série de atividades e manifestações contra o leilão do campo de Libra, marcado para 21 de outubro.

A defesa do petróleo brasileiro e da Petrobrás é uma luta que não se separa da história do movimento estudantil brasileiro. Por isso, assim como os estudantes foram às ruas na campanha “O Petróleo é Nosso!”, vitoriosa com a criação da Petrobrás em 1953, a UMES, junto com a UNE e UBES, volta às ruas no dia 3 e convoca os Caras-Pintadas a barrar esse crime de lesa-pátria.

Em São Paulo, as entidades irão realizar uma manifestação em frente ao prédio da Petrobrás, na Avenida Paulista, 901. A concentração será às 17 horas. À noite, às 19 horas, também será realizado um ato no Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo.

No Rio de Janeiro, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) promove, juntamente com o Clube de Engenharia, CREA-RJ, Fisenge, Modecon, Senge, Sindipetro-RJ e Astape-Caxias, um Ato Público na sede do Clube de Engenharia. A sambista Beth Carvalho realiza um ato-show na Praça XV, no Rio, além de diversos outros artistas.

Além dos atos no dia 3, para as próximas semanas estão marcadas diversas outras mobilizações contra o leilão com passeatas e atos públicos.

 

 

TODOS À PAULISTA CONTRA O LEILÃO DE LIBRA!

Dia 3 de outubro – 60 anos da Petrobrás!

Horário: às 17 horas

 

 

VEJA MAIS:

 

 FUP: Leilão do pré-sal é um crime contra o desenvolvimento, a soberania nacional e as condições de trabalho

 Guilherme Estrella, descobridor do pré-sal: “Leiloar Libra é grave erro estratégico”

 Plenária dos movimentos sociais condena leilão de Libra

A burla à lei para entregar o pré-sal de Libra às múltis

► Senador Requião: “Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto”

► Metri e Siqueira: A insegurança energética e o leilão de Libra

► Mais de 80 organizações pedem à Dilma suspensão do leilão do pré-sal

► Petrobras realiza Missão Netuno e finca bandeira brasileira no pré-sal

► Beth Carvalho realiza Ato show dia 03/10 contra o Leilão de Libra!

► Paulo Betti: Campanha pelo Fim dos Leilões de Petróleo