Veja para onde está indo o dinheiro da Educação, Transporte, Saúde etc.
Acompanhe em tempo real o que o governo gasta pagando juros aos bancos. Consulte abaixo o jurômetro da Fiesp.
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No próximo sábado, 27/07, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “A Confererência de Wannsee”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
A CONFERÊNCIA DE WANNSEE
Frank Pierson (2001), com Kenneth Branagh, Stanley Tucci, Peter Sullivan. INGLATERRA, 96 min.
Sinopse
20 de Janeiro de 1942, palácio de Wannsee, sudoeste de Berlim. Sob a direção do SS-Obergruppenfuhrer Reinhard Heydrich (Chefe da Gestapo), ministros e representantes de instituições nazistas promovem uma conferência para ultimar as medidas e o plano logístico que visam concluir o processo de “expulsão dos judeus de todas as esferas da vida do povo alemão” – eufemismo para designar o seu extermínio.
As atas dessa reunião, considerada como a primeira a programar em detalhes a “solução final”, foram encontradas intactas nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores de Reich, em 1947.
A Conferência de Wannsee foi levada às telas em duas ocasiões: “Die Wannseekonferenz” (Heinz Schirk, 1986) e “Conspiracy” (Frank Pierson, 2001).
Direção: Frank Pierson (1925-2012)
Frank Romer Pierson nasceu em Chapaqua, Nova Iorque, formou-se em Harvard. Iniciou sua carreira escrevendo as histórias do seriado de televisão “Have Gun – Will Travel”. Seu primeiro roteiro em cinema foi “Dívida de Sangue” (Elliot Silverstein, 1965). Em 1976, foi premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original por “Um Dia de Cão” (Sidney Lumet, 1975). Presidiu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (2001-05). Entre os filmes que dirigiu estão: “Nasce Uma Estrela” (1976), “Cidadão Cohn” (1992) e “Conspiracy” (2001) – que lhe rendeu um DGA (Directors Guild of America) e um BAFTA, da Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão.
Argumento Original: Loring Mandel (1928- )
Dramaturgo e roteirista, nascido em Chicago, Loring Mandel formou-se na Universidade de Wisconsin-Madison, em 1949. Escreveu para rádio, televisão, cinema e teatro. Além de dezenas de séries de televisão, assina os argumentos cinematográficos de “No Assombroso Mundo da Lua” (Robert Altman, 1967), “Promises in the Dark” (Jerome Hellman, 1979). Recebeu um BAFTA por seu trabalho em “Conspiracy” (Frank Pierson, 2001).
No próximo sábado, 20/07, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Vá e Veja”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
VÁ E VEJA
Elem Klimov (1985), com Aleksey Kravchenko, Olga Mironova, Liubomiras Lauciavicius, Vladas Bagdonas, URSS, 136 min.
Sinopse
Em 1943, o adolescente Floria, de uma aldeia bielorrussa, encontra um velho fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro de resistência contra os nazistas. A ocupação da Bielorrússia foi de uma selvageria sem precedentes. Das 9.200 localidades destruídas na URSS durante a 2ª. Guerra Mundial, 5.295 estavam situadas naquela região. Mais de 600 vilas, como Khatyn, foram aniquiladas juntamente com toda a sua população. 2.230.000 de soviéticos, um terço dos habitantes da Bielorrússia, foram mortos durante os anos da ocupação alemã.
Direção: Elem Klimov (1933-2003)
Elem Germonovich Klimov nasceu em Stalingrado. Em 1957 graduou-se no Instituto de Aviação de Moscou com licenciatura em Engenharia Aeronáutica. Em 1964, formou-se no VGIK (Instituto de Cinematografia Gerasimov). Foi diretor do Departamento de Cinematografia do “Mosfilm”. Dirigiu 11 filmes, entre os quais “Aventuras de um Dentista” (1965), “Agonia, Rasputin” (1975) e “Vá e Veja” (1985) – ganhador do 14º. Festival Internacional de Moscou. De 1986 a 1988 foi 1º. Secretário da União dos Cineastas da URSS. Em 1976, concluiu o documentário “Eu Ainda Acredito…”, iniciado por Mikhail Romm, seu professor no VGIK, que falecera em 1971.
Argumento Original: Elem Klimov(1933-2003) e Ales Adamovich (1927-94)
Escritor e crítico bielorusso, Ales Adamovich formou-se Doutor em Filologia na Universidade da Bielorrúsia e estudou na Universidade de Moscou, onde concluiu o curso de Roteirista. Sua participação como jovem mensageiro e guerrilheiro na Bielorrúsia ocupada foi a base para escrever uma de suas obras mais reconhecidas, “A História de Khatyn”, e o roteiro de “Vá e Veja”. Foi membro da União dos Escritores Soviéticos desde 1957 e professor da Academia de Ciências da Bielorrússia. Seus romances deram origem também aos filmes “Guerra Sob o Telhado” (Viktor Turov, 1967) e “Franz + Polina” (Mikhail Segal, 2006).
Música Original: Oleg Yanchenko (1939-2002)
Nascido em Mogliev, Bielorrússia, Oleg Yanchenko foi organista, compositor e maestro. Graduou-se no Conservatório de Moscou em piano, órgão e arranjo. No ano de 1964, recebeu diploma especial do Concurso Internacional de Órgão, em Leipzig. Estudou na Academia de Música de Viena e na Academia de Verão para Organistas em Haarlem (Holanda). Foi fundador, diretor de arte e maestro da Orquestra de Câmara de Minsk de 1978 a 1979. Presidiu a Associação dos Mestres Organistas da Rússia em 1987. Além da trilha de “Vá e Veja” (Elem Klimov, 1985), Yanchenko compôs para 16 filmes, cinco dos quais realizados pelo diretor bielorrusso Viktor Turov.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, adiou para 6 de agosto a conclusão da votação do Projeto de Lei que direciona os recursos dos royalties de petróleo para Educação e Saúde. Na sessão da última terça-feira, 16, centenas de estudantes da UNE, UBES, UMES-SP, UEE-SP, UGES, entre outras entidades, lotaram as galerias do Plenário em apoio ao projeto aprovado na Casa, e que foi alterado no Senado.
O Projeto de Lei 323/07 foi encaminhado pelo governo para o Congresso Nacional e acolhido na Câmara pelo Deputado André Figueiredo (PDT-CE). O relatório do parlamentar aumenta em mais dez vezes os recursos a serem investidos, uma vez que o projeto original do governo previa apenas R$ 25 bilhões para a Educação num prazo de dez anos. Os deputados elevaram este valor para R$ 296,8 bilhões no mesmo período.
Após passar pelo Senado, o projeto retornou à Câmara com alterações que diminuíam mais uma vez substancialmente os recursos, cortando do projeto R$ 171 bilhões. Na área da Educação, seriam cortados R$ 128,25 bilhões. Os deputados rejeitaram essas alterações e restabeleceram o substitutivo da Câmara.
“O texto aprovado foi uma grande vitória desta Casa. Nós conseguimos mostrar que o compromisso da Câmara e dos seus parlamentares é em primeiro lugar com o povo brasileiro”, comemorou o relator. No entanto, quando faltavam apenas quatro destaques no texto para serem votados, a sessão foi obstruída.
Pressionando os deputados, o governo vem defendendo a rejeição do parecer de André Figueiredo e a aprovação do texto do Senado, que aplica 50% dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal – uma espécie de poupança formada por recursos que a União recebe na produção do petróleo da camada pré-sal em saúde e educação. Já o texto da Câmara prevê 50% do total de recursos do Fundo (e não apenas dos rendimentos) para a educação e saúde. Além disso, foram cortadas as receitas de contratos anteriores a 03/12/2012 ainda sem “declaração de comercialidade” (autorização para vender o petróleo). O que significa reduzir os recursos para a Educação numa vasta área do pré-sal.
“O que está em jogo não é ser governo ou contra o governo. O que está em jogo é ser a favor de mais recursos ou menos recursos para educação. O que está em jogo é investirmos recursos que possam verdadeiramente revolucionar os rumos da educação ou privilegiar o superávit primário”, disse André Figueiredo em entrevista.
As entidades estudantis e representativas do movimento social vaiaram o adiamento da votação do projeto e com palavras de ordem, apoiaram o texto da Câmara.
Para o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Rodrigo Lucas, a entidade mobilizará os estudantes para que, presentes em Brasília, façam com que o projeto seja aprovado.
“Fundo Social do Pré-sal é para a população brasileira e não para ser entregue aos bancos”
Na véspera da definição do tamanho e destino dos recursos oriundos dos royalties do petróleo do pré-sal, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), autor do texto substitutivo ao PL 323/2007, que trata sobre a destinação desses recursos para a Educação (75%) e Saúde (25%), concedeu entrevista à Hora do Povo.
Originário do governo, o projeto chegou ao Congresso Nacional com limitações, a começar pela “tímida proposta”, conforme palavras do próprio deputado Figueiredo, de destinação de recursos para a Educação. Sob a relatoria do deputado, a Câmara aprovou texto substitutivo no qual definia que não só os rendimentos financeiros do Fundo Social do Pré-sal, como defendido pelo governo, mas que 50% da totalidade do fundo fossem investidos em Educação. Isso significou, em valores, R$ 210 bilhões para a Educação nos próximos 10 anos, ante cerca de R$ 25,8 bilhões defendida pelo governo. A proposta do Câmara foi rejeitada pelo Senado, que reduziu para apenas R$ 90 bilhões os recursos do pré-sal, sendo R$ 67 bilhões para a Educação e R$ 22,5 bilhões para a Saúde.
Além da diferença entre colocar o dinheiro do pré-sal no banco para render juros ou aplicá-lo onde o país precisa, os pareceres também divergem em questões como a partir de quando a medida passará a valer, custeio de despesas e até a quantidade de óleo-lucro que será da União. Cada uma delas representa uma diferença substancial na quantidade de dinheiro que vai para um lado ou para o outro e significa uma diferença de R$ 171 bilhões a menos de recursos investido em Saúde e Educação, se a proposta do Senado for aprovada.
Na terça-feira (10), o PL retornou à Câmara. Entre as duas propostas – uma redigida no Senado, outra reescrita na Câmara— os deputados aprovaram a segunda, mas em uma manobra regimental, a sessão foi obstruída quando faltavam votar apenas poucos destaques ao texto-base.
HORA DO POVO – Seu substitutivo ao projeto do governo foi aprovado na Câmara, entretanto, sofreu alterações no Senado. Quais são os principais contrastes entre uma e outra?
DEPUTADO ANDRÉ FIGUEIREDO- O projeto que chegou do governo era tímido e não resolveria em nada o problema dos recursos que faltam na Educação do Brasil. Eu me vi na obrigação de assumir a relatoria do substitutivo que aumenta os recursos ao propor que, ao invés dos juros do Fundo Social do Pré-sal, 50% de todo ele fosse aplicado em Educação. A aprovação do projeto do Senado, em consonância com o do governo, é um retrocesso e nos colocará em uma posição mais distante da realidade e da necessidade da Educação brasileira e também da meta do Plano Nacional de Educação, aprovada na Câmara, que prevê a aplicação de 10% do PIB do país na Educação em dez anos. O governo, ao defender que esse recurso deve ficar no banco, e tratar sem prioridade uma questão que é urgente para o país, resolveu pressionar contra a matéria.
HP – O deputado Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara, manifestou na tribuna que seus números eram “fictícios”.
AF – O deputado Arlindo Chinaglia não tem conhecimento sobre a matéria. Eu, em diversos momentos, provei a autenticidade do cálculo e refuto as tentativas de desqualificação da pesquisa. O assessor que encaminhou os dados técnicos é um dos mais competentes estudiosos sobre petróleo do país, já tendo passado, inclusive, pelo Ministério de Minas e Energia. Os recursos existem, só precisa ter a definição em aplicá-los.
HP – Ministros e parlamentares da base do governo e a presidente Dilma têm reiterado que a prioridade do governo deve ser a responsabilidade fiscal. Isso significa priorizar os recursos para o superávit primário?
AF – Exatamente. Inclusive, o governo já anunciou, através do Secretário do Tesouro, que os R$ 15 bilhões do bônus de assinatura do Campo de Libra vão para o superávit primário. É essa a prioridade social que o governo tem? Ao propor um Fundo Social, nós estamos esperando um fundo emancipatório para a população brasileira, e não para ser entregue aos bancos e ao mercado financeiro internacional através desses diversos mecanismos. Trata-se de uma riqueza imensa. O Fundo Social será o 3º maior fundo público do mundo. Nossa decisão não pode ser a de condenar toda uma geração, essa que pode ter a oportunidade de usufruir dessa imensa riqueza que significa o pré-sal.
HP – E quanto ao percentual mínimo de óleo-lucro destinado à União? Qual é a importância de se aprovar 60% ao invés da proposta do governo, que é de 40%?
AF – Destinar pelo menos 60% do óleo à União é imprescindível. Não existe um país que tenha contratos sobre regime de partilha que destine mais para a empresa concessionária do que para seu povo. Na tão alardeada Noruega, 85% do óleo é da União. Estamos falando de 40% do lucro líquido, depois de tudo deduzido para a empresa que está explorando, e isso é dinheiro demais em benefício das petroleiras. Só no Campo de Libra, isso teria a significância de R$ 360 bilhões.
HP – Na quarta-feira (10/07), o requerimento do governo e do Senado foi derrotado por 217 votos a 165 na Câmara. Com a manobra de obstrução dos líderes do PT e do PMDB, no entanto, ainda precisam votar quatro destaques do texto.
AF – O texto aprovado foi uma grande vitória da Casa. Nós conseguimos mostrar que o compromisso da Câmara e dos seus parlamentares é em primeiro lugar com o povo brasileiro. Quanto aos destaques, onde se concentram as questões mais sensíveis e determinantes da matéria, gostaria que fosse votado depois do recesso, com a Casa cheia. Mas de qualquer forma, estamos contando com os movimentos organizados, em especial a UNE e UBES que estão precisamente mobilizadas para defender a aprovação do projeto da Câmara, o que dará a possibilidade de realizar de vez um sonho do povo e da juventude brasileira, que é ter educação pública, gratuita e de qualidade.
PRISCILA CASALE
Texto extraído da Hora do Povo, Edição nº 3.169
Leia o manifesto publicado pelo Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, sobre a destinação dos royalties do petróleo para a Educação e Saúde:
AINDA É PRECISO DERRUBAR OS DESTAQUES PARA VINCULAR O DINHEIRO DO PETRÓLEO À EDUCAÇÃO PÚBLICA E À SAÚDE
A vinculação de receitas significativas do petróleo à educação pública e à saúde só não ocorreu na noite da última quarta-feira, 10 de julho, devido à obstrução praticada por partidos da base aliada. O texto da Câmara dos Deputados venceu o Projeto de Lei do Senado, que embora seja defendido pelo Governo Federal, distribui menos recursos às áreas sociais.
Diante da votação inconclusa, a sociedade brasileira precisa permanecer alerta. Mesmo que o principal já esteja aprovado, os destaques em jogo, caso sejam aceitos, praticamente anulam tudo o que foi conquistado até aqui, transformando o bom texto da Câmara naquele aprovado pelo Senado Federal. (Veja aqui os destaques)
Frente a esse risco de retrocesso, a rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação conta com o compromisso dos deputados e das deputadas em rejeitar todos os destaques, mantendo coerência com a última votação.
Com isso, o Parlamento será capaz de responder à demanda histórica da sociedade brasileira por mais recursos para as áreas sociais, beneficiando as gerações presentes e futuras. A experiência mostra que pais com acesso à saúde e educação de qualidade geram filhos mais saudáveis e com melhor formação. Ou seja, consagrar os direitos sociais das gerações atuais é, também, promover o direito das gerações futuras.
A diferença entre o texto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal é simples: o projeto primeiro oferece uma maior quantidade de fontes de receitas petrolíferas para a educação pública e a saúde. Afora os recursos oriundos com royalties e participações especiais dos contratos sob regime de concessão, previstos nas duas propostas, o texto da Câmara vincula também metade do Fundo Social do Pré-Sal à educação pública, e faz isso somente até o cumprimento das metas do PNE (Plano Nacional de Educação). Além disso, vincula recursos advindos da exploração das áreas de unitização dos reservatórios de petróleo. Diferentemente, o texto do Senado insiste em apenas aplicar os rendimentos do Fundo-Social do Pré-Sal, o que resulta em um montante irrisório de recursos, e não considera os reservatórios unitizáveis.
Assim, diferente do que tem sido veiculado pela imprensa, as disputas em torno da vinculação de mais receitas do petróleo à educação pública e a saúde supera os naturais conflitos entre governo e oposição. Também não se trata de um simples caso de desarticulação da base aliada. Muito mais que isso, representa essencialmente o compromisso histórico de diversos parlamentares com o direito à educação, além da chance do parlamento em dar uma resposta adequada às demandas das ruas.
Tanto é assim, que a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados produziu moção de apoio ao texto da Câmara, em detrimento do PL substitutivo do Senado Federal. Na conclusão, afirma:
“Esta posição tem caráter suprapartidário, estando em consonância com as manifestações das entidades de defesa da educação brasileira, majoritariamente expressas durante todo o debate do Plano Nacional de Educação.” (Leia a íntegra do Documento).
O caráter suprapartidário ficou expresso na única votação nominal relacionada à aplicação de receitas petrolíferas em educação pública e saúde. Dedicada a decidir o procedimento de voto da matéria, mesmo parlamentares da base de sustentação do governo, mas que são historicamente dedicados às pautas da educação pública e da saúde, votaram corretamente “não” à análise, trecho por trecho, do PL do Senado Federal. (clique e veja como votaram os deputados). Se o exaustivo método proposto fosse aprovado, o texto da Câmara certamente seria rejeitado, prejudicando a consagração dos direitos sociais.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação reitera que diante das gritantes necessidades do país, o Parlamento deve, antes de tudo, beneficiar os direitos sociais, especialmente quando são legitimados pela participação cidadã.
Assina: Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Ação Educativa
ActionAidBrasil
CCLF (Centro de Cultura Luiz Freire)
Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
Veja no vídeo abaixo a intervenção do Deputado André Figueiredo (PDT-CE) respondendo o líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), durante a votação do substitutivo do Senado sobre os royalties do petróleo. O texto do Senado retirava boa parte dos recursos para a Educação e Saúde que a Câmara havia aprovado por unanimidade.
Vídeo do Deputado André Figueiredo
Veja abaixo outras intervenções no plenário:
Deputado Eleuses Paiva (PSD-SP)
A Câmara dos Deputados derrubou na quarta-feira (10/07) a maioria dos dispositivos do substitutivo do Senado sobre os royalties do petróleo que retirava boa parte dos recursos para a Educação e Saúde que a Câmara havia aprovado com base no relatório do deputado André Figueiredo (PDT-CE).
Figueiredo disse que a votação “foi uma grande vitória desta Casa”. Ele lembrou que o texto da Câmara destina R$ 210 bilhões para a educação nos próximos dez anos. Segundo o deputado, o texto do Senado reduz esse valor a menos da metade.
Por 217 votos a 165, os deputados rejeitaram a versão do Senado e retomaram o texto aprovado pela Câmara
A votação só não foi totalmente concluída por conta de uma manobra obstrutiva da liderança do PMDB. Com isso, alguns destaques ainda serão votados. O presidente da Câmara, que apoiou a manobra, anunciou que pretende concluir a votação na próxima semana, véspera do recesso parlamentar. Mas André Figueiredo rejeitou a possibilidade de concluir a votação do projeto com o plenário vazio. “Vamos votar quando o Congresso estiver cheio, após o recesso”, afirmou.
É preciso estar atento para encher de estudantes as galerias, no dia da votação, pois tudo indica que o presidente da Câmara, Henrique Alves, tem a intenção de dar um golpe.
Cara de pau ele é. Senão não teria enchido um avião da FAB de parentes para assistir Brasil e Espanha no Maracanã.
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Mais de 15 mil pessoas participaram da manifestação que tomou a Avenida Paulista, no dia 11 de Julho, Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações, organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, como UNE, MST e diversas outras entidades. Com forte participação dos estudantes, a manifestação se concentrou no vão livre do MASP e depois seguiu em passeata até o centro da cidade.
Durante o ato, os dirigentes das entidades rechaçaram a política econômica do governo de manter o superávit primário, privilegiando o pagamento de juros, enquanto a população vive em condições cada vez piores com transporte, saúde e educação em precários.
A situação crítica da Educação foi denunciada pelos estudantes que participaram do ato, organizados pela UMES, que levou um grande painel exigindo “Mais Educação, Menos Juros!”.
Os estudantes fizeram um ato em frente ao Citibank e, com uma fita e o cartaz, afirmaram: “Não ultrapasse. Cena de crime”, denunciando o assalto dos bancos ao povo brasileiro. “Não podemos mais permitir que bilhões de reais sejam entregues aos bancos todos os anos, através do superávit primário. Esse dinheiro é da Educação, é da Saúde e do Transporte. É preciso investir em educação, em estrutura nas escolas, investir na expansão das universidades públicas, que está paralisada. Chega de juros”, afirma Rodrigo Lucas Paulo, presidente da UMES.
A presidente da UNE, Virgínia Barros, também convocou os estudantes a se somarem à luta dos trabalhadores por mais investimento público no serviço público.
Em sua falação, no caminhão de som, o presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou que há dois pontos dos quais a central diverge completamente do governo federal: a taxa de juros e o superávit primário. Freitas afirma que “foi uma excrescência” a elevação da taxa de juros pelo banco central na quarta-feira, dia 10.
Para o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), as riquezas produzidas pelos brasileiros precisam ser investidas no nosso desenvolvimento. “Não é possível o governo federal transferir através do superávit primário, juros e amortizações, desde 2011, mais de um trilhão de reais”. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, também criticou a política econômica do governo.
Na passeata, os participantes se manifestaram contra a Rede Globo, que tentou fazer uma montagem na gravação, pedindo para as pessoas segurarem placas de seu interesse. (Veja aqui o vídeo).
O Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações mobilizou todo o país, com manifestações, greves e bloqueio de rodovias em todos os estados. Ainda na capital houve manifestação nas marginais Tietê e Pinheiros, Radial Leste, Av. Salim Farah Maluf, Ponte do Socorro e Ponte Estaiada. Não houve na cidade nenhum engarrafamento, nem mesmo na hora do hush.
Pelo país, os petroleiros também participaram da mobilizando e paralisaram as atividades em vários estados. Entre as bandeiras apresentadas pela categoria está o fim dos leilões do petróleo. Pararam ainda portuários e trabalhadores de grandes obras.
Veja mais informações:
No próximo sábado, 13/07, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “A Um Passo da Eternidade”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
A UM PASSO DA ETERNIDADE
Fred Zinnemann (1953), com Burt Lancaster, Deborah Kerr, Montgomery Clift, Donna Reed, Frank Sinatra, Ernest Borgnine, EUA, 118 min.
Sinopse
Na base militar de Schofield, Havaí, vidas que se consomem em tramas paralelas de paixões conflituosas, traição, amizade e abuso de poder são bruscamente transformadas pelo raide japonês contra Pearl Harbour. Estamos em 7 de dezembro de 1941. O ataque ao quartel-general da frota do Pacífico define a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial.
“A Um Passo da Eternidade” foi vencedor de oito prêmios Oscar, incluindo os de Melhor Diretor e Melhor Filme.
Direção: Fred Zinnemann (1907-97)
Diretor dos clássicos “Matar ou Morrer” (1952) e “A Um Passo da Eternidade” (1953), Zinnemann nasceu em Viena, trabalhou na Alemanha ao lado de outros iniciantes como Billy Wilder e Robert Siodmak. Mudou-se para Hollywood em dezembro de 1934. Dirigiu 20 curtas e 24 longas, entre os quais “A Sétima Cruz” (1946), “The Search” (1948), “O Velho e o Mar” (1958), “O Homem que Não Vendeu Sua Alma” (1966), “O Dia do Chacal” (1973), “Júlia” (1977).
Argumento Original: James Jones (1921-77)
Ramon James Jones nasceu em Robinson, Illinois. Em 1939 alistou-se no Exército. Testemunhou o ataque a Pearl Harbor, que levou ao seu primeiro romance publicado, “From Here To Eternity” (1951), adaptado para o cinema por Fred Zinnemann, em 1953, mais tarde transformado em série de TV. Sua experiência de guerra também inspirou outras obras levadas às telas por Hollywood: “Some Came Running” (Vincent Minelli, 1958) e “The Thin Red Line” (Andrew Marton, 1964. Terence Malik, 1998).
Música Original: George Duning (1908-2000)
O músico e compositor George During estudou no Conservatório Musical de Cincinnati. Tocou trompete e piano na banda Kay Kyser. Foi maestro e arranjador da American Forces Network. Em 1946 assinou contrato com a Columbia Pictures. CompÃ?s as trilhas de mais de 300 filmes e produções para televisão, inclusive episódios da série “Jornada nas Estrelas” (1968-69). Recebeu cinco indicações para o Oscar, as músicas de
“A Um Passo da Eternidade” (Fred Zinnemann, 1953) e “Picnic” (Joshua Logan, 1955) estão entre elas.