Obra de Akira Kurosawa, “Dersu Uzala” é exibida no Cinema Soviético e Russo em Casa
Nesta sexta-feira, 05/02/2021, continuamos o projeto “Cinema Soviético e Russo em Casa”, com a exibição gratuita de um filme por semana no nosso canal do Youtube.
O filme desta semana será DERSU UZALA (1975), clássico do grande mestre do cinema japonês Akira Kurosawa, produzido pelo estúdio soviético Mosfilm.
A exibição estará disponível de sexta, 05/02, 19h, até domingo, 07/02, 19h.
Para acessar o canal clique em http://bit.ly/CPCUMESFilmes
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Veja o trailer do filme:
Dersu Uzala
Akira Kurosawa (1975), com Maksim Munzuk, Yuri Solomin, Mikhail Bychkov, Vladimir Khrulev, V. Lastochkin, URSS, 136 min.
Sinopse
Explorador e cartógrafo do exército russo mapeia a Sibéria no fim do século 19, com a ajuda de caçador nativo avesso aos padrões mercantis de conhecimento e relação com a natureza. Produção do estúdio soviético Mosfilm, a obra trouxe o grande mestre japonês Akira Kurosawa de volta às telas, após uma tentativa de suicídio realizada em dezembro de 1971.
Direção: Akira Kurosawa (1910-98)
Nascido em Oimachi, distrito de Tóquio, Akira Kurosawa, um dos mais brilhantes e influentes cineastas do mundo, estudou desenho no Centro Proletário de Pesquisas de Arte. Trabalhou como ilustrador de revista e assistente de direção no Estúdio PCL (hoje, Toho). Sua estreia como diretor se deu em 1943, com “A Saga do Judô”. Crítico do fascismo japonês, mas também da colonização cultural americana que sobreveio à ocupação, criou o gênero samurai – baseado no valor da preservação da honra em qualquer situação – que celebrizou o cinema do Japão. Amante da literatura ocidental, transpôs para o ambiente japonês clássicos de Gorki, Dostoievsky e Shakespeare. Realizou 30 filmes, entre os quais “Rashomon” (1950), Leão de Ouro no Festival de Veneza; “O Idiota” (1951); “Viver” (1952); “Os Sete Samurais” (1954), Leão de Prata em Veneza; “Trono Manchado de Sangue” (1957); “Ralé” (1957); “A Fortaleza Escondida” (1958), Urso de Prata no Festival de Berlim; “Yojimbo” (1961); “Céu e Inferno” (1963); “Dodeskaden” (1970); “Dersu Uzala” (1975), Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Medalha de Ouro no Festival de Moscou; “Kagemusha” (1980); ”Ran” (1985), Palma de Ouro em Cannes e César de Melhor Filme Estrangeiro; “Sonhos” (1990); “Rapsódia em Agosto” (1991), “Mandayo” (1993).
Argumento Original: Vladimir Arsenyev (1872-1930)
Vladimir Klavdiyevich Arsenyev nasceu em São Petersburgo. Após uma educação militar, começou suas expedições às florestas do Extremo Oriente. Escreveu muitos livros sobre essas explorações, incluindo cerca de 60 obras sobre geografia, vida selvagem e etnografia das regiões em que viajou. Seu livro mais famoso, “Dersu Uzala”, reúne memórias de três expedições na taga siberiana do norte da Ásia. O título do livro é o nome de seu guia nessas aventuras, um nativo da tribo Nanai/Goldi. O livro recebeu duas adaptações cinematográficas, uma pelo diretor soviético Agasi Babayan em 1961, a outra, realizada pelo cineasta japonês Akira Kurosawa em 1975, ganhou o Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira.
Música Original: Isaak Shwarts (1923-2009)
Isaak Iosifovich Schwartz nasceu em Romny, Ucrânia. Sua família mudou-se para Leningrado em 1930. Estudou piano e deu seu primeiro concerto em 1935 com a Orquestra Filarmônica daquela cidade. Durante a 2ª. Guerra Mundial, dirigiu uma das seções do Coro do Exército Vermelho. Estreou no cinema compondo a trilha de “O Nosso Correspondente” (Anatoliy Granik) em 1959. Criou a música de mais de 100 filmes, incluindo “O Sol Branco do Deserto” ( Vladimir Motyl, 1969), “A Cativante Estrela da Felicidade” (Vladimir Motyl, 1975), “Dersu Uzala” (Akira Kurosawa, 1975). Recebeu o prestigiado Prêmio Nika da Academia Russa de Artes e Ciências do Cinema, em 1992, por sua música para os filmes “Rei Branco, Rainha Vermelha” (Serguey Bodrov) e “Luna Park” (Pavel Lungin). Também escreveu música para balés, teatro e televisão.