Entre os dias 29 e 30 de novembro, e 1 de dezembro o Cine-Teatro “Denoy de Oliveira” receberá a “Mostra de Cinema Israel-Palestina”
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Durante muitos anos, a filmografia dos conflitos entre palestinos e israelenses permaneceu escassa. A partir do ano 2000, uma série de obras realizadas por cineastas locais tem ganhado as telas do mundo e colecionado prêmios internacionais. Selecionamos quatro, entre as melhores, que buscam explicitar diferentes perspectivas do conflito e contribuir na construção de um caminho para a paz.
Para arrematar a Mostra, teremos ao final um debate com representantes das duas comunidades: Daniel Douek, colaborador do Instituto Brasil-Israel; e Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL).
PROGRAMA E FICHA TÉCNICA
29 de novembro (sexta-feira), 19h
Paradise Now
Hany Abu-Assad (2005), com Lubna Azabal, Hiam Abbass, Ali Suliman, Amer Hlehel; Palestina/França/Alemanha/Holanda; 87 min
Dois amigos de infância são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias o que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus corpos, os amigos devem enfrentar seus destinos e defender suas convicções.
30 de novembro (sábado), 16h
Bubble
Eytan Fox (2006), com Ohad Knoller, Yousef Sweid, Lior Ashkenazi, Ruba Blal; Israel/França; 117 min.
Vendedor de discos, gerente de café e vendedora de cosméticos dividem apartamento em bairro descolado de Tel Aviv. O local é o símbolo da “bolha”, apelido dado à cidade. O trio leva uma vida comum, sem se preocupar com os conflitos políticos que agitam o país, até que um deles se apaixona por um palestino que conheceu após acidente em posto de controle.
30 de novembro (sábado), 18h15min
Limoeiro
Eram Riklis (2008), com Hiam Abbass, Rona Lipaz-Michael, Ali Suliman; Israel/França/Alemanha;106 min.
Salma é uma viúva cujo sustento vem de sua plantação de limões, localizada na linha de fronteira entre Israel e Cisjordania. Quando o Ministro de Defesa israelense se muda para a casa em frente à sua plantação, o exército israelita declara que os limoeiros ameaçam a segurança do governante e por isso devem ser arrancados. Após pedir ajuda às autoridades palestinas e não obter sucesso, Salma chega ao Tribunal Supremo Isralense com a assistência de um jovem advogado palestino. Sua determinação desperta o interesse da esposa do Ministro da Defesa e uma conexão entre as duas mulheres é criada.
1 de dezembro (domingo), 15h
Promessas de um novo mundo
Justine Shapiro, Carlos Bolado, B.Z. Goldberg (2001), Israel/Palestina/EUA; 106 min.
O documentário retrata a história de sete crianças palestinas e israelenses em Jerusalém que, apesar de morarem no mesmo lugar, vivem em mundos completamente distintos e separados. Com idades entre 8 e 13 anos, raramente elas falam por si mesmas e estão isoladas pelo medo. Neste filme, suas histórias oferecem uma nova perspectiva sobre o conflito israelo-palestino.
1 de dezembro (domingo), 17h
DEBATE
Daniel Douek, mestre em Letras pelo Programa de Estudos Judaicos e Árabes da USP e colaborador do Instituto Brasil-Israel
Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL)
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/11/MOSTRA_ISRAEL_PALESTINA_2-02.jpg12401240adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-11-08 11:36:352019-11-08 11:36:35CAMINHOS PARA A PAZ – Mostra de Cinema Israel-Palestina
Mesmo sob forte chuva, milhares de pessoas participaram do ato na capital paulista – Fotos: Maiakovski Pinheiro/UBES
Milhares de pessoas protestaram em São Paulo, na última terça-feira (5), contra as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O ato convocado pelas entidades estudantis reuniu milhares de pessoas no Vão Livre do MASP, na Avenida Paulista. O protesto contou com participação de dirigentes sindicais e representantes dos movimentos sociais e de moradia.
Em entrevista, o filho “03” de Bolsonaro ameaçou decretar um novo Ato Institucional nº 5 (AI-5) no Brasil como uma “resposta” caso aconteçam manifestações populares contra o governo como no Chile.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), destacou que “o AI-5 da ditadura militar não foi contra a esquerda, mas contra toda a democracia. Fechou o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, institucionalizou a perseguição política e a censura”.
Chen destacou que depois do AI-5, a repressão contra a população aumentou com prisões injustificadas, tortura e morte dos que discordavam da ditadura militar.
“É por isso que repudiamos qualquer ameaça do clã de Bolsonaro à democracia”, ressaltou.
“Nossas manifestações de hoje, que estão acontecendo em diversas cidades, são para deixar claro que a família Bolsonaro está indo longe demais. Na democracia não encostarão um dedo sequer”, destacou o líder estudantil.
Para o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, “as manifestações de rua se somam aos partidos, entidades e movimentos sociais que repudiaram as ameaças de Eduardo Bolsonaro à democracia”.
Iago afirmou que “o repúdio às ameaças do Eduardo e os ataques de Jair à democracia foi amplo e plural. Partidos de direita e de esquerda, ministros do STF, entidades importantíssimas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), todos mostraram que o povo brasileiro está disposto a fazer de tudo para garantir suas liberdades democráticas”.
“Estamos aqui dizendo não a todo o projeto de Bolsonaro e Guedes. Um projeto que entrega nossas riquezas, como o petróleo, que é antipopular, por tirar direitos dos trabalhadores e os deixar em uma situação cada vez mais precária, e que é antidemocrático, já que a cada instante eles atacam uma instituição democrática diferente”, continuou.
Pedro Gorki, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), “Jair Bolsonaro ter dito que seu filho está apenas ‘sonhando’ quando fala de um novo AI-5, sem qualquer tipo de repúdio ao conteúdo da fala, mostra que ele é conivente”.
“Um presidente com o mínimo de sanidade e que defendesse o estado democrático de direito teria condenado uma fala como a de Eduardo Bolsonaro, tivesse ela saído da boca de qualquer parlamentar”.
Gorki acredita que “o povo brasileiro precisa tomar muito cuidado e estar firme na luta para que as ameaças da família Bolsonaro à democracia não saiam da oratória”.
O diretor de Universidades Públicas da UNE, Guilherme Bianco, disse que “esses ataques à democracia ficam mais intensos e frequentes com o crescimento do repúdio à política neoliberal de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Não dão resposta ao problema do desemprego, retiram direitos e leiloam nosso petróleo. Ao lado disso está a perda de apoio no parlamento, seja por essa política que tentam aplicar ou pelos desentendimentos dentro do próprio partido”.
“É importante entender que uma ditadura somente serviria para empurrar goela abaixo uma política que o povo rejeita, e o povo tem rejeitado toda essa política entreguista”, completou.
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/11/75252875_2580911848612907_3956743676616507392_o.jpg7531080adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-11-06 17:21:522019-11-06 17:21:52AI-5 NUNCA MAIS – Ato em defesa da democracia é realizado em São Paulo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro ameaçou decretar um novo Ato Institucional nº 5 (AI-5) no Brasil como uma “resposta”caso aconteçam manifestações populares contra o governo como no Chile.
Segundo o filho 03 do clã bolsonarista: “Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar ter uma resposta, e uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”.
Decretado em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 tornou-se um dos principais instrumentos para a supressão dos direitos de todos os cidadãos brasileiros.
Eduardo Bolsonaro defendeu um decreto que, em sua primeira medida, fechou o Congresso Nacional e cassou, indiscriminadamente, os direitos políticos de centenas de pessoas, independentemente das concepções ideológicas dos cidadãos.
Após o AI-5, a repressão aumentou com prisões injustificadas, tortura e morte daqueles que discordavam da ditadura militar.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) repudia as declarações de Eduardo Bolsonaro que representam grave ameaça à democracia e ao conjunto do povo brasileiro.
Relembramos ainda as palavras de Ulisses Guimarães, há exatos 30 anos, na promulgação da Carta Magna brasileira: “TEMOS ÓDIO E NOJO DA DITADURA”.
E é nesse espírito que a UMES se soma às centenas de entidades da sociedade civil que não toleram o ataque bolsonarista à democracia e vai às ruas neste dia 5 de novembro em defesa das liberdades democráticas para o conjunto da população brasileira.
Entidades e parlamentares repudiam defesa de Eduardo Bolsonaro de “novo AI-5”
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), repudiaram a ameaça de Eduardo Bolsonaro à democracia.
Para Rodrigo Maia, “manifestações como a do senhor Eduardo Bolsonaro são repugnantes, do ponto de vista democrático, e têm de ser repelidas com toda a indignação possível pelas instituições brasileiras”.
“A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo”, completou.
Davi Alcolumbre disse que, como presidente do Senado, trabalha “diariamente pelo fortalecimento das instituições, convicto de que o respeito e a harmonia entre os poderes é o alicerce da democracia, que é intocável sob o ponto de vista civilizatório”.
“É lamentável que um agente político, eleito com o voto popular, instrumento fundamental do Estado Democrático de Direito, possa insinuar contra a ferramenta que lhe outorgou o próprio mandato. Mais do que isso: é um absurdo ver um agente político, fruto do sistema democrático, fazer qualquer tipo de incitação antidemocrática. E é inadmissível essa afronta à Constituição. Não há espaço para que se fale em retrocesso autoritário. O fortalecimento das instituições é a prova irrefutável de que o Brasil é, hoje, uma democracia forte e que exige respeito”, afirmou.
OAB
Como destacou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz: “É gravíssima a manifestação do deputado, que é líder do partido do presidente da República. É uma afronta à Constituição, ao Estado democrático de direito e um flerte inaceitável com exemplos fascistas e com um passado de arbítrio, censura à imprensa, tortura e falta de liberdade”.
UNE
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), “é inaceitável a declaração que se refere a edição de um novo AI-5”.
“Lideranças da UNE e tantos estudantes foram assassinados pelo autoritarismo implantado com o AI-5. A UNE tem compromisso com a democracia, não vamos nos calar diante dessas ameaças. Exigimos a imediata cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro”, destacou o presidente da entidade, Iago Montalvão.
AJUFE
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também manifestou “profunda preocupação com as recentes declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro”. “Um novo AI-5 representaria uma grave afronta à democracia e à Constituição Federal, por promover cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos, demissões e perseguições, fechamento do Congresso Nacional e intervenção nos Estados e Municípios”, destacam os juízes federais.
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/11/eduardo-bolsonaro-ai-5-leda-nagle-628x353.jpg353628adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-11-02 17:25:292019-11-02 17:25:295 DE NOVEMBRO CONTRA O AI-5 – Eduardo Bolsonaro ameaça Brasil com Ditadura
O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano
Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.
Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.
04/11 – 19H: “MISÉRIA E NOBREZA” (1954), DE MARIO MATTOLI
SINOPSE
Dois velhos amigos – um escritor e um fotógrafo – que aceitam a proposta de um aristocrata italiano para fingir que são seus parentes durante a cerimônia em que o nobre pedirá em casamento a filha de um milionário.
O DIRETOR
Nascido em Tolentino, Macerata, fundou a companhia teatral Spettacoli Za-bum com o objetivo de misturar o humor dos atores de revista ao drama dos atores da prosa. Por lá, passaram nomes que se tornariam muito conhecidos, como Vittorio de Sica, Alberto Sordi e Aldo Fabrizi. Em 1934, fez sua estreia como diretor de cinema em “Tempo Massimo”, cujo roteiro foi escrito também por ele e estrelado por Vittorio De Sica. Em seus 32 anos de carreira, dirigiu mais de 80 longas-metragens, firmando uma parceria de sucesso com Totò, com quem realizou 16 filmes.
Entre suas obras mais conhecidos estão “Dramas da Nobreza” (1938), “Aulas de Amor” (1941), “O Grito da Carne” (1948), “O Turco Napolitano”, (1953), “Miséria e Nobreza” (1954) e “O Médico dos Loucos” (1954).
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/11/miseria_e_riqueza.jpg414740adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-11-01 16:24:432019-11-01 16:24:43“Miséria e Nobreza” é a escolha de Mario Mattoli na Mostra Permanente de Cinema Italiano de 2019
O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA
Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.
Para a extrema-direita, isto é doutrinação.
Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.
02/11 – 10H: “TENDA DOS MILAGRES” (1977), DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS
SINOPSE
Adaptação do romance de Jorge Amado, conta a história de Pedro Archanjo, o Ojuobá (olhos de Xangô), mulato, capoeirista, bedel da Faculdade de Medicina da Bahia, intelectual autodidata que contestou teorias racistas e defendeu a miscigenação, os di reitos dos negros e do povo em geral. Melhor filme e melhor direção no Festival de Brasília (1977).
Após o filme nosso debate contará com a presença de Flávia Costa, que é consultora de Politicas Públicas de Gênero e Raça, Diretora Nacional de Combate ao Racismo da União Brasileira de Mulheres (UBM) e Secretaria Estadual da Comunicação da União de Negros Unidos pela Igualdade (UNEGRO).
Filme: Tenda dos Milagres (1977), de Nelson Pereira dos Santos
Duração:132 minutos
Quando: 02/11 (sábado)
Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.
Quanto: entrada franca
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/10/images.jpg183275adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-10-30 16:21:572019-10-30 16:21:57Cinema Com Partido exibirá “Tenda dos Milagres” (1977), clássico de Nelson Pereira dos Santos
Mais de 1,2 milhão de pessoas participaram da “MARCHA MAS GRANDE”, no último dia 25
Nas últimas semanas, o povo do Chile saiu às ruas em repúdio à política neoliberal que assola aquele país. Os protestos se iniciaram após o anúncio do aumento de 30 pesos no metrô da capital chilena, Santiago, e rapidamente tomaram grandes proporções.
O movimento foi inicialmente convocado pelos estudantes secundaristas chileno: os chamados “Pinguins” (por conta dos uniformes das escolas) e, rapidamente ganhou apoio de milhares e milhares de pessoas.
O governo de Sebastian Piñera iniciou então uma repressão desmedida às manifestações populares. O presidente ordenou aos militares atacar os manifestantes e iniciou um toque de recolher nas principais cidades do país.
A medida de Piñera remonta aos tempos da sanguinária ditadura de Pinochet, o último a enviar tropas armadas contra a sua própria população.
Segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile ao menos 20 pessoas foram mortas.
O Instituto realiza ainda vistorias por hospitais, cárceres e comissárias para observar o funcionamento das forças de segurança. O organismo informou que até a noite da segunda-feira, 28, eram 3.535 as pessoas detidas, das quais 375 são menores de idade. Encontram-se hospitalizadas 1.132 pessoas, com feridas por armas de fogo 571 e por balas de borracha 24. Os processos denunciando violações sexuais chegam a 15. O INDH registrou relatos que denunciam simulações de execução, maltrato físico e verbal.
Mas, apesar da criminosa ação repressiva, os protestos se intensificaram.
Diariamente, milhares de chilenos repudiam nas ruas os ataques de Piñera contra os direitos civis. Nem mesmo a revogação do aumento da tarifa de metrô fez com que os manifestantes deixassem de exigir os seus direitos.
De imediato, o povo chileno elegeu algumas de suas principais canções como os hinos oficiais dos protestos.
A canção “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido”, do grupo chileno Quilapayún, é uma das mais cantadas pelos manifestantes. Criada originalmente durante a campanha do socialista Salvador Allende, em 1970, a música virou um hino de resistência contra a ditadura Pinochet.
O grupo Inti-Illimani, um dos mais tradicionais do Chile ainda em atuação, entoou a canção em meio a uma multidão na Plaza Ñuñoa, em Santiago, em 24 de outubro:
Veja a letra:
El Pueblo Unido Jamás Será Vencido
Inti-Illimani
El pueblo unido, jamás será vencido El pueblo unido jamás será vencido
De pie, cantar Que vamos a triunfar Avanzan ya Banderas de unidad Y tú vendrás Marchando junto a mí Y así verás Tu canto y tu bandera florecer La luz De un rojo amanecer Anuncia ya La vida que vendrá
De pie, luchar El pueblo va a triunfar Será mejor La vida que vendrá A conquistar Nuestra felicidad Y en un clamor Mil voces de combate se alzarán Dirán Canción de libertad Con decisión La patria vencerá
Y ahora el pueblo Que se alza en la lucha Con voz de gigante Gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido El pueblo unido jamás será vencido
La patria está Forjando la unidad De norte a sur Se movilizará Desde el salar Ardiente y mineral Al bosque austral Unidos en la lucha y el trabajo Irán La patria cubrirán Su paso ya Anuncia el porvenir
De pie, cantar El pueblo va a triunfar Millones ya Imponen la verdad De acero son Ardiente batallón Sus manos van Llevando la justicia y la razón Mujer Con fuego y con valor Ya estás aquí Junto al trabajador
Y ahora el pueblo Que se alza en la lucha Con voz de gigante Gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido El pueblo unido jamás será vencido
Em meio às manifestações de sexta-feira (25), em frente às escadarias da Biblioteca Nacional, um grupo de violonistas tocou para a multidão “El Derecho de Vivir en Paz”, uma das canções mais populares de Jara, que foi preso, torturado e depois fuzilado pela ditadura de Pinochet:
Veja a letra:
El Derecho de Vivir En Paz
Victor Jara
El Derecho de Vivir En Paz
El derecho de vivir
Poeta Ho Chi Minh
Que golpea de Vietnam
A toda la humanidad
Ningún cañón borrará
El surco de tu arrozal
El derecho de vivir en paz
Indochina es el lugar
Más allá del ancho mar
Donde revientan la flor
Con genocidio y napalm
La Luna es una explosión
Que funde todo el clamor
El derecho de vivir en paz
Indochina es el lugar
Más allá del ancho mar
Donde revientan la flor
Con genocidio y napalm
La Luna es una explosión
Que funde todo el clamor
El derecho de vivir en paz
Tío Ho, nuestra canción
Es fuego de puro amor
Es palomo palomar
Olivo de olivar
Es el canto universal
Cadena que hará triunfar
El derecho de vivir en paz
Es el canto universal
Cadena que hará triunfar
El derecho de vivir en paz
El derecho de vivir en pa
“Nos tiraram tanto que nos tiraram o medo”
A frase acima foi dita por um manifestante durante “LA MARCHA MAS GRANDE”, protesto que reuniu mais de 1 milhão e 200 mil pessoas na capital chilena e centenas de milhares em outras cidades do país.
Convocada por mais de 70 entidades, a manifestação exigia o fim da política entreguista que está sendo levada a cabo no Chile desde os tempos Pinochet. Principalmente o fim do regime capitalização da previdência chilena – o chamado AFP, que deixou milhares de idosos em situação de miséria no país andino. Este é o mesmo modelo defendido pelo governo Bolsonaro e por seu ministro Paulo Guedes para as aposentadorias dos brasileiros.
JOGO VIROU
O gigantesco ato do dia 25 mostrou a vontade do povo chileno de defender os seus direitos e a comoção se ampliou cada vez mais. Uma pesquisa de opinião apontou que Piñera conta com o apoio de apenas 14% da população. Por todo o país, militares se negaram a seguir as ordens de reprimir os protestos e se juntaram às manifestações.
Veja os vídeos:
O resultado imediato das manifestações do Chile foi forçar a queda do gabinete ministerial do presidente Sebastián Piñera. Na última segunda-feira, enquanto Piñera anunciava a troca de seu ministério, protestos tomavam as ruas de todo o país novamente.
Diversas organizações de trabalhadores, estudantes e do movimento social, exigem o direito do povo chileno a uma aposentadoria digna. Mais de 2 milhões de aposentados sob o sistema imposto pela ditadura de Pinochet recebem em média 880 reais mensais (160 mil pesos), e gastam quase um terço só em remédios; a metade dos trabalhadores chilenos recebe em média 1930 reais (350 mil pesos) de salário mensal, com alugueis, transporte e custo de vida acima de qualquer possibilidade de, com esses recursos, ter uma vida minimamente digna.
As reivindicações que foram colocadas pelos manifestantes são abrangentes: pensões dignas, reduzir o preço dos medicamentos, aliviar o endividamento dos chilenos, salários decentes, custo de vida controlado, melhora no transporte público, gratuidade nas universidades, etc.
Manifestantes exigem ainda a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para o ano de 2020 de forma a ampliar as conquistas populares.
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/10/74703559_3379207092119523_5466972542893817856_n.jpg682960adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-10-29 14:12:482019-10-29 14:12:48Chile: o povo nas ruas por seus direitos
O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano
Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.
Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.
28/10 – 19H: “OS CAMPOS VOLTARÃO” (2014), DE ERMANNO OLMI
SINOPSE
Um grupo de soldados enfrenta uma série de dificuldades no front italiano, após os sangrentos combates em Altipiano, nordeste do país, em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. A história se passa durante uma noite, na qual os acontecimentos se sucedem sem um padrão definido: as calmas montanhas podem se tornar um lugar onde os homens morrem. Mas todas as histórias contadas pelo filme são reais.
O DIRETOR
Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França.
Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/10/os_campos_voltarao.jpg9981708adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-10-25 15:05:052019-10-25 15:05:05“Os Campos Voltarão”, de Ermanno Olmi, encerra a sequência de filmes do diretor na Mostra Permanente de Cinema Italiano
O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA
Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.
Para a extrema-direita, isto é doutrinação.
Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.
26/10 – 10H: “MISSISSIPI EM CHAMAS” (1988), DE ALAN PARKER
SINOPSE
Seguindo as pistas do desaparecimento de três ativistas da luta contra a segregação racial, dois agentes federais se deparam com as conexões entre a Ku Klux Klan e as autoridades locais. O filme conta, de maneira fictícia e eletrizante, a história verídica da investigação ocorrida em 1964. Oscar de melhor fotografia, prêmio de melhor ator (Gene Hackman) no Festival de Berlim.
Após a sessão nosso debate contará com a presença de Nivaldo Santana, que é é Secretário sindical do PCdoB e Secretário de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Filme: Mississipi Em Chamas (1988), de Alan Parker
Duração:128 minutos
Quando: 26/10 (sábado)
Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.
Quanto: entrada franca
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/10/mississipi_em_chamas.jpg6991000adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-10-25 15:02:192019-10-25 15:02:19Racismo é tema do Cinema Com Partido com “Mississipi Em Chamas”, de Alan Parker
Na quinta-feira (24/10), o ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, voltou a dizer que planeja extinguir o piso mínimo que estados e municípios devem destinar à Saúde e a Educação. Mais uma vez, o governo demonstra seu total desrespeito com a população brasileira propondo a redução dos investimentos nos setores que mais atingem a sociedade.
Atualmente, a Constituição Federal (CF) determina que estados devem destinar 12% da receita à Saúde e 25% à Educação. Municípios devem alocar 15% e 25%, respectivamente.
O governo federal também tem um piso determinado para essas áreas, mas com a entrada em vigor do teto de gastos em 2016, o percentual mínimo a ser aplicado está veiculado hoje ao montante que foi destinado no orçamento do ano anterior, mais correção da inflação. A equipe econômica de Bolsonaro está discutindo a retirada desta correção, ou eliminar a elevação anual, segundo revelou a Folha de São Paulo.
No lugar dos pisos, Paulo Guedes está propondo um mecanismo com porcentagens menores para a Saúde e a Educação de forma global, somada. No conjunto de valores da receita para áreas, ele sugere 37% para os estados e 40% para os municípios, de forma somada.
Depois de cortar a verba federal para a Educação, arrochar universidades e órgãos de fomento à ciência e tecnologia, Guedes ataca novamente a juventude.
Vale lembrar que o bolsonarista se orgulha do modelo econômico implementado durante a ditadura no Chile: privatização da previdência, fim do ensino universitário gratuito, arrocho salarial, dentre outros ataques neoliberais.
Este modelo levou o país vizinho a uma verdadeira convulsão social! Milhares de chilenos estão nas ruas em repúdio à política antipovo conduzida no país.
Não vamos tolerar que Guedes avance na sua política de destruição nacional. Os estudantes estarão nas ruas com a firme disposição de derrubar os entreguistas que se colocam contra o povo brasileiro.
https://umes.org.br/wp-content/uploads/2019/10/guedes_DNXe7KG.jpg371660adminumes@2024https://umes.org.br/wp-content/uploads/2024/08/logo-umes.pngadminumes@20242019-10-25 12:16:282019-10-25 12:16:28Guedes quer acabar com investimento obrigatório em Educação e Saúde
Outra mostra que entra em cartaz nesta semana, na quinta-feira, dia 24 de outubro, é Clássicos do Mosfilm no Cinusp, reunindo quatro produções do maior, mais antigo e mais importante estúdio da Europa. A mostra é resultado de uma parceria entre o Cinusp e o CPC-Umes Filmes, braço do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, que representa e distribui as produções do estúdio russo no Brasil. As sessões acontecem sempre às 14 horas, e prosseguem nas três quintas-feiras seguintes, com cópias restauradas dos filmes.
“Foram selecionados títulos que representam períodos distintos do cinema soviético e russo, como também de períodos históricos diferentes”, informa Igor Oliveira, membro do CPC-Umes Filmes. A programação abre com Lenin em Outubro (URSS, 1937), de Mikhail Romm, ambientado em 1917, quando a frota do Báltico e unidades do exército se encontram sublevadas contra o governo Kerenski, unindo as vozes às dos operários e camponeses que exigem paz, ou seja, a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial. Segundo Oliveira, esse é um filme produzido na década de 30, considerada muito rica para o cinema soviético, assim como a década de 40, além de retratar um momento histórico fundamental, que é a Revolução Russa.
No dia 31 de outubro, será exibido O Quadragésimo Primeiro (URSS, 1956), de Grigori Chukhray. Baseado na obra homônima de Boris Lavrenyov, conta a história de um romance ocorrido durante a guerra civil russa (1918-21) entre a jovem Mariutka, exímia atiradora do Exército Vermelho, e um prisioneiro sob sua escolta, o tenente Nikolaievich, do Exército Branco czarista. “Esse filme e o primeiro, Lenin em Outubro, são bem conhecidos do público brasileiro e fazem um contraponto com os outros dois, que poucas pessoas assistiram”, informa Oliveira.
Na semana seguinte, no dia 7 de novembro, é a vez de O Caminho para Berlim (Rússia, 2015), de Serguey Popov, premiado com a menção ecumênica do júri do Festival Internacional de Montreal de 2015. Baseado no romance Dois na Estepe, de Emmanuil Kazakevich, e nos diários de guerra de Konstantin Simonov, o filme evoca acontecimentos ocorridos no verão de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. Mostra o relacionamento de amizade entre um prisioneiro e um soldado que precisa escoltá-lo até Berlim para o fuzilamento. “É baseado em um romance muito conhecido na Rússia, mas pouquíssimo conhecido aqui, e apesar de retratar um período histórico é recente e utiliza uma tecnologia moderna, com uma fotografia que salta aos olhos”, comenta.
A mostra se encerra, no dia 14 de novembro, com o filme A Filha Americana (Rússia, 1995), dirigido por Karen Shakhnazarov, que também é diretor do Mosfilm. É uma visão russa de um mundo recém-saído da Guerra Fria, que conta a história de um músico russo que ganha a vida se apresentando em restaurantes de Moscou e é abandonado pela mulher, que casa com um americano e leva a filha do casal. Anos depois ele vai aos Estados Unidos para rever a filha e, mesmo com a barreira da língua, sai com ela em uma aventura pela América, recheada de situações cômicas.
“Essa é a primeira mostra realizada em parceria com o Cinusp. Estamos sempre em contato com vários centros culturais, não só em São Paulo, mas no Brasil todo para levar ao público estudantil uma cinematografia pouco divulgada no País”, afirma.
A mostra Clássicos do Mosfilm no Cinusp tem apresentações nos dias 24 e 31 de outubro, e 7 e 14 de novembro, em horários especiais, às 14 horas, no Cinusp (Rua do Anfiteatro, 181, favo 4 das Colmeias, Cidade Universitária). Entrada grátis.
*Publicado no Jornal da USP em 21/10/2019
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