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Cinema com Partido recebe o diretor Sérgio Rezende para debater Zuzu Angel

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A Mostra Democrática Cinema com Partido exibirá, no próximo sábado (19), o filme “Zuzu Angel” (2006), sobre a incessante busca da estilista Zuzu Angel por notícias de seu filho Stuart Angel Jones, que foi morto pela ditadura militar.

 

Após o filme, será realizado debate com o renomado diretor Sérgio Rezende, um dos principais cineastas do país. 

 

Consagrado diretor do cinema brasileiro, realizou 14 longas, entre os quais os mais recentes são “O Paciente – O Caso Tancredo Neves” e “Em Nome da Lei”, além dos clássicos “O Homem da Capa Preta”, “Lamarca”, “Guerra de Canudos” e “Zuzu Angel”. Premiado no Brasil e no exterior, teve seu filme “Salve Geral” indicado pelo Brasil ao Oscar 2010.

 

Na televisão, Sérgio Rezende escreveu e dirigiu as três temporadas da série “Questão de Família”. Em 2018, lançou o longa metragem “O Paciente – O Caso Tancredo Neves” que foi sucesso na crítica especializada.

Atualmente está preparando o longa “O Jardim Secreto De Mariana”.

 

ZUZU ANGEL – 19/10/2019, 10h

 

Dirigido por Sérgio Rezende (2006), Patrícia Pilar, Luana Piovani, Othon Bastos, BRASIL, 100 min.

Um ano antes de seu carro ter sido abalroado e destruído na saída do Túnel Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, em 1976, a estilista Zuzu Angel deu a Chico Buarque uma carta em que escreveu: “Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho”. Stuart Angel, dado oficialmente como foragido, foi torturado e morto pela ditadura, em 1971.

Professores

15 de Outubro – Dia do Professor e dia de lutar pela Educação

Professores

 

Neste 15 de outubro celebramos o Dia do Professor. Muito mais que uma data comemorativa, devemos encará-lo também como um dia de luta em defesa da Educação e de homenagem àqueles que são um dos principais pilares da nossa sociedade.

 

Temos muito orgulho de estar na linha de frente, junto com os professores, na resistência contra os seguidos anos de desmonte da Educação Pública do nosso país. Sabemos que não existe possibilidade de avançarmos sem o devido respeito aos professores, o reconhecimento pelo seu trabalho e a valorização desta profissão.

 

Atualmente, a educação brasileira passa por uma grave crise.

 

As forças mais retrógadas da nação, que tem em Bolsonaro o seu líder, elegeram a educação – assim como os professores, pesquisadores, cientistas e estudantes, como os seus principais inimigos.

 

A perseguição ao pensamento crítico e a todos os que defendem um ambiente democrático ocorre por meio de duas iniciativas:

 

– De um lado o “Escola sem Partido”, medida fascista que pretende extinguir os debates e as discussões políticas e científicas nas instituições de ensino. A perseguição dos bolsonaristas às “ideologias” – como eles apresentam qualquer forma de pensamento progressista, permite um verdadeiro macarthismo dentro das escolas e universidades brasileiras.

 

Tal ataque já foi barrado em importantes iniciativas de educadores e estudantes em muitas cidades e estados do nosso país, mas precisamos enterrar de vez esta agressão à nossa Educação.

 

– Por outro lado, os cortes realizados pelo governo Bolsonaro.

 

Mais de R$ 6 bilhões do orçamento do Ministério da Educação foram cortados e, pela primeira vez na nossa história, tivemos um ministro contra o investimento na sua pasta, chegando a defender que o Brasil “gasta demais” em Educação.

 

No entanto, segundo o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o gasto brasileiro com a Educação – investimento por aluno – é um dos menores entre os países avaliados. Ainda segundo a OCDE, o salário dos professores, que é um dos principais gastos na Educação, está muito abaixo da média dos países do grupo.

 

1) Investimento por aluno no Fundamental 1

– no Brasil: US$ 3.800.

– média dos países da OCDE: US$ 8.600.

 

2) Investimento por aluno no Fundamental 2

– no Brasil: US$ 3.700.

– média dos países da OCDE: US$ 10.200.

 

3) Investimento por aluno nos cursos médio e técnico

– no Brasil: US$ 4.100.

– média dos países da OCDE: US$ 10.000.

 

O relatório da OCDE destaca ainda que: “O pagamento dos professores geralmente é responsável pela maior parte do gasto por estudante, então, o gasto relativamente baixo por estudante no Brasil está refletido no baixo salário dos professores”.

Ainda segundo o órgão, o salário médio dos professores é inferior ao salário médio de outros trabalhadores com Ensino Superior no Brasil, ao menos 13% menor.

 

Apesar de uma importante conquista, o Piso Salarial Nacional dos Professores ainda é muito baixo: R$ 2.557,00 para uma jornada de 40 horas semanais.

 

Em São Paulo, estado com o maior PIB do país, o salário base dos professores de Educação Básica I – ensino fundamental I (PEB I) é de R$ 2.223,02 (abaixo do piso nacional) e para os professores de Educação Básica II – ensino fundamental II e ensino médio (PEB II), R$ 2.585,00.

 

Salários completamente abaixo das necessidades básicas daqueles que dedicam a suas vidas a ensinar as crianças e jovens brasileiros.

 

Portanto, não há qualquer luta pela EDUCAÇÃO PÚBLICA que não passe pela VALORIZAÇÃO E RESPEITO AOS NOSSOS PROFESSORES.

 

Não é à toa que entoamos a palavra de ordem: “O PROFESSOR É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO!”

 

E não fugimos da luta na hora de defender os nossos amigos.

 

Vamos juntos combater mais este inimigo e lutar por um futuro melhor para o nosso país.

 

Parabéns professores

 

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO

 

 

Leia no Jornal Hora do Povo“Os estripadores da Educação”

 

Quando foi criado o Dia do Professor? 

 

A origem do Dia do Professor se deve ao fato de, na data de 15 de outubro de 1827, o imperador D. Pedro I ter instituído um decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil, com a instituição das escolas de primeiras letras em todos os vilarejos e cidades do país. Além disso, o decreto estabeleceu a regulamentação dos conteúdos a serem ministrados e as condições trabalhistas dos professores.

 

Tempos depois, mais precisamente no ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker, em conjunto com três outros profissionais da área, teve a ideia de criar nessa data um dia de confraternização em homenagem aos professores e também em razão da necessidade de uma pausa no segundo semestre, até então muito sobrecarregado de aulas.

 

Mais tarde, em 1963, a data foi oficializada pelo Decreto Federal nº 52.682, que, em seu art. 3º, diz que “para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias”. O responsável por aprovar esse decreto foi o presidente JOÃO GOULART.

 

Fonte: portal Brasil Escola

a lenda do santo beberrão

“A Lenda do Santo Beberrão”, de Ermanno Olmi, dá sequência na Mostra Permanente de Cinema Italiano

a lenda do santo beberrão

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

14/10 – 19H: “A LENDA DO SANTO BEBERRÃO” (1988), DE ERMANNO OLMI

 

SINOPSE

Um homem velho dá a morador em situação de rua alcoólatra uma grande quantia em dinheiro, mas pede a ele que devolva tudo na semana seguinte. Ainda que passe a gastar tudo em bebida, o dinheiro sempre reaparece como por um milagre. Filme vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 1988.

 

O DIRETOR

Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França.  

Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/MostraCinemaItaliano

 

 

SERVIÇO

Filme: A Lenda do Santo Beberrão (1988), de Ermanno Olmi

Duração: 128 minutos

Quando: 14/10 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

kamchatka

Ditadura argentina é tema em “Kamchatka”, de Marcelo Piñeyro, no Cinema Com Partido

kamchatka

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

12/10 – 10H: “KAMCHATKA” (2002), DE MARCELO PIÑEYRO

 

SINOPSE

O filme conta as lembranças de um menino de 11 anos durante a ditadura argentina. Nos dias que sucedem o golpe militar de 1976, a família, constituída por oponentes do novo regime, precisa abandonar a sua casa, os seus nomes civis, as suas rotinas e se esconder num sítio no interior do país, onde precisam viver em alerta. Prêmio de melhor filme (júri popular) no Festival Internacional de Vancouver. 

 

Após o filme nosso debate contará com a presença do cineasta Sergio Muniz, que é membro-fundador e um dos elaboradores do projeto e da instalação da EICTV, a Escuela Internacional de Cine y TV (Cuba). Foi diretor de produção, montador e diretor de inúmeros documentários denominados pela crítica de “Caravana Farkas”. É coordenador em São Paulo da FNCL, a Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano, e coordenador-geral do NACLA, o Núcleo de Apoio ao Cinema Latino-americano. 

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaComPartido

 

 

SERVIÇO

Filme: Kamchatka (2002), de Marcelo Piñeyro

Duração: 95 minutos

Quando: 12/10 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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Bolsonaro veta lei que garante psicólogo e assistente social nas escolas públicas

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Bolsonaro vetou integralmente a Lei que garantia atendimento por profissionais de psicologia e serviço social aos alunos das escolas públicas de educação básica. O PLC 60/2007 (PL 3.688/2000, na Câmara dos Deputados) foi aprovado em setembro pelos deputados, na forma de um substitutivo elaborado pelo Senado.

 

O projeto de lei estabelece a obrigatoriedade de que as redes públicas de educação básica disponham de serviços de psicologia e de serviço social, por meio de equipes multiprofissionais, que atuarão dentro das escolas brasileiras.

 

Mais uma vez, Bolsonaro mostra o seu desprezo pela juventude brasileira e prova que não possui qualquer compromisso com a educação básica. Nas escolas públicas encontram-se os jovens em situação de vulnerabilidade social e que estão, muitas vezes, em condições de risco. Em uma situação de crise como a que estamos vivendo os jovens pobres são duramente atingidos.

 

Importante destacar que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil e cada vez jovens e adolescente vem sendo diagnosticados com essa doença que pode até causar a morte.

 

Na faixa etária entre 15 e 29 anos, o número daqueles que sofrem de transtornos como depressão e ansiedade é de 15% da população.

 

Bolsonaro rejeita o projeto argumentando que há “inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”, já que o Congresso cria uma despesa obrigatória para o Poder Executivo. Ou seja, coloca a questão da assistência social e psicológica na lógica bolsonarista de corte e arrocho da Educação.

 

Não existe maior “contrariedade ao interesse público” que negar futuro às crianças e jovens brasileiros.

Silvio e João Vicente

Silvio Tendler e João Vicente Goulart defendem unidade contra os retrocessos de Bolsonaro

Silvio e João VicenteO cineasta Silvio Tendler, diretor de Jango; João Vicente Goulart; e o presidente da UMES, Lucas Chen – Fotos: Thaynan Diniz/UMES

 

A Mostra Democrática “Cinema com Partido” exibiu, no sábado (5), o filme “Jango”, sobre a vida do presidente da República João Goulart, cassado pelo golpe militar de 1964.

 

Após a sessão, que lotou o Cine-Teatro Denoy de Oliveira, foi realizado um debate com o renomado cineasta e diretor do filme de 1984, Silvio Tendler, e com João Vicente Goulart, filho de Jango e presidente do Instituto Presidente João Goulart. 

 

O presidente da UMES, Lucas Chen, agradeceu a presença das personalidades e destacou a necessidade da realização deste debate em tempos de luta democrática. “Nessa obra Silvio, nós conseguimos ver, de uma forma bem retratada, a história da luta do povo. Um povo que sonha com uma vida melhor”.

 

“Esse é o objetivo do nosso debate aqui na Umes com os estudantes. Todos os dias, acordamos com um único sonho: fazer com que o nosso grande país tenha de fato a sua força liberada para ser tudo aquilo que ele pode ser. Nós já vimos na história, grandes personagens como o João Goulart, que conseguiram conduzir o país para este sonho”, disse o líder estudantil.

 

Chen considerou que o país está nesse momento “em uma encruzilhada”, com o obscurantismo de Bolsonaro de um lado e o desenvolvimento do outro. “Vamos superar o retrocesso que é o governo Bolsonaro. O povo brasileiro não irá aceitar isso”, destacou ao conceder a palavra aos debatedores.

 

Para o diretor Silvio Tendler o momento atual exige não apenas o debate da história brasileira, mas a necessidade de se “discutir o futuro do país”. Segundo o diretor, “está na hora de construirmos a unidade para conseguir isolar esse governo”.

 

O FILME

 

Silvio Tendler relembrou também o apoio da família Goulart na realização do filme, que têm Denise Goulart, filha de Jango, como uma das produtoras, “sem a qual esse filme não teria visto a luz das telas de projeção”.

 

Silvio Tendler

 

Ele destacou quando o filme começou a ser discutido era um “período complicado e as condições para fazer o filme não eram fáceis”. “Em 1980, estávamos recém saindo da anistia. Juscelino já havia sido anistiado, mas o Jango não”, disse.

 

“Esse filme, na verdade, é um grande mutirão de esforços. Já havia a Embrafilme, mas a empresa não aceitava colocar um centavo num filme sobre o João Goulart. Então nós fizemos uma vaquinha. A Denise entrou com uma parte, o João Vicente pagou uma viagem para São Borja, a Maria Tereza, mãe deles, deu muito apoio”, apontou Silvio.

 

“Os técnicos e artistas trabalharam neste filme gratuitamente e desse mutirão nasceu essa homenagem ao Jango, que ficou pronta em 1984 e que funcionou, na época como o filme das ‘Diretas’”, enfatizou.

 

COINCIDÊNCIA

 

O diretor, explicou que “naquele momento nós lutávamos pelas Diretas Já e o filme saiu, por pura coincidência, não havia nada calculado”.

 

“O projeto das eleições diretas era de um deputado pouco conhecido, chamado Dante de Oliveira, um jovem eleito em 82 que apresentou o projeto na Câmara dos Deputados para tornar a eleição para presidente direta. O projeto passou na Câmara e isso mobilizou o povo brasileiro inteiro e levou ao processo de redemocratização”.

 

“Então a importância deste filme, que eu tenho muito orgulho, foi de ter contribuído para o povo conhecer um dos maiores brasileiros que a gente tem conhecimento, que é o presidente João Goulart. Um dos melhores projetos políticos que o Brasil já teve, que foram as propostas do presidente Jango”, disse Silvio Tendler.

 

“Nós estamos num momento de resistência. Essa sala está superbonita cheia de jovens militantes, o que nos dá a esperança de que essa resistência tem futuro. Mas os mais velhos que estão aqui nos dão a garantia que essa resistência tem história. E isso é fundamental. Aqui tem várias gerações de luta, as futuras e as que lutaram por um tempo e eu tenho muito orgulho de estar dentro dessa luta”.

 

Jango Filme 1

Cine-Teatro Denoy de Oliveira lotado durante o debate de Jango

 

ALERTA

 

João Vicente Goulart, filho do presidente Jango, agradeceu a Silvio Tendler pela “grandiosidade deste filme, que foi feito em um momento difícil da história brasileira”.

 

“Em 84, estávamos no começo da liberação democrática. Lembro que só em 82 houve a primeira eleição de governadores e ainda existia uma grande perseguição política no Brasil”, disse.

 

“O filme Jango foi, naquele momento, e continua sendo, um grito de alerta das lutas políticas que foram propostas em 64 e das lutas políticas que nós temos que desenvolver”, destacou.

 

Ele criticou ainda o governo de “incapazes” de Bolsonaro.

 

“A incapacidade é o que nós estamos vendo hoje. Não acredito que nós tenhamos ai um ministério como esse de Bolsonaro que não respeita sequer a nossa brasilidade, a nossa soberania. Nós estamos fazendo verdadeiros fiascos internacionais”, disse.

 

“Estamos com uma ministra dos Direitos Humanos, que é contra os direitos humanos, um ministro do Meio Ambiente, que é contra o meio ambiente, um ministro das Relações Exteriores que diz que o aquecimento global é coisa de marxista”, criticou.

 

Ele condenou ainda os “ataques constantes contra a cultura brasileira, contra a Ancine, os estudantes, a carteira estudantil, o trabalhador e a previdência”.

 

“O mais incrível é a degradação que ocorre na nossa democracia. Hoje vemos os nossos direitos, os direitos dos trabalhadores, dos estudantes, das minorias serem cada vez mais reduzidos e cada vez a democracia correndo mais risco, com essa série de imbecilidades praticadas pelo governo Bolsonaro”, destacou.

 

“O nosso verdadeiro adversário é o risco à democracia representado pelo Bolsonaro”

 

JVG 2

João Vicente considerou que o filme retrata muito bem a Frente Ampla proposta por Jango a Carlos Lacerda, que também foi cassado pela ditadura. “Nós temos que refletir sobre isso hoje na situação brasileira. Vejam só, não se trata hoje de esquerda contra direita, se trata de resgatar o Brasil do fascismo por uma sociedade mais justa. Para isso, nós temos que ampliar, como disse Jango, quando recebeu o Lacerda disse: ‘Primeiro o Brasil, depois nós vamos ver as nossas divergências’”.

 

“Esse filme nos trás essa mensagem. Nós temos que hoje pensar no Brasil, nesse resgate das lutas sociais brasileiras em função primeiro de conservar as nossas instituições, a nossa cidadania e principalmente a nossa soberania como povo, a nossa cultura, os desafios que nós temos aí”.

 

“Cada vez mais estamos falando sobre aquele período e isso é importante. Significa que nós não esquecemos aqueles que lutaram e as lutas que nós ainda precisamos fazer no Brasil em nome da justiça social, em nome da democracia, em nome daqueles que acreditam em um Brasil mais justo”.

 

“É hora da união das forças progressistas e sem dúvida o filme do Silvio é um exemplo de brasilidade e que mostrou as reformas propostas pelo Jango que até hoje são necessárias, como a reforma agrária, a reforma tributária, a reforma bancária, a reforma da Educação, a lei de remessa de lucros, o monopólio para a Petrobrás na extração e no refino. Enfim, nós temos que lutar e esse filme nós trás à luta”, conclamou João Vicente.

 

UNIDADE

 

O cineasta Silvio Tendler também destacou a necessidade da unidade para a derrota de Bolsonaro.

 

“O João Vicente continua nessa trajetória política. A UMES é uma entidade valorosa de luta política e defesa dos interesses dos estudantes, mas também das lutas sociais do Brasil. Simbolicamente, nós estamos na sala Denoy de Oliveira, que eu tive o prazer e a honra de conhecer, um belíssimo cineasta, autor de teatro, diretor de teatro, que fez filmes maravilhosos. Foi do grupo opinião, que foi o primeiro grupo de resistência à ditadura em 64… Um encontro como esse não existe para a gente ficar nostálgico em relação ao passado, mas sim para darmos uma olhada para o futuro”, disse.

 

“Nos poucos meses de governo dessa coisa que não pronuncio o nome, já existe quase que um consenso de oposição. Acho que está na hora das lideranças políticas, e ai são vocês, se organizarem para construir a unidade para fazermos um grande movimento de isolamento desse governo”, destacou.

 

Silvio apresentou como exemplo a perseguição ao meio cultural e aos que se opõem ao projeto bolsonarista. “O garroteamento das entidades estudantis, com o corte nas carteirinhas, para tirar as fontes de renda das entidades. O João Vicente citou a Ancine, eles estão garroteando a Ancine. Eles acabaram com o Ministério da Cultura. A Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil já não estão mais apoiando a cultura e isso é uma vergonha. Querem privatizar tudo”.

“Nossa luta é contra esses monstros. E só todos unidos, vamos conseguir derrotá-los”, concluiu.

 

JANGO – 1984

Cartaz Jango

 

O documentário JANGO retrata o cenário político brasileiro na década de 1960: a crise da renúncia de Jânio, a campanha da legalidade, a posse de Jango, o parlamentarismo, o plebiscito, as reformas de base, o golpe de 1964, as manifestações contra o regime militar e a repressão.

 

Lançado em março de 1984, o filme teve seu roteiro escrito por Maurício Dias e Sílvio Tendler, enquanto a Trilha-sonora foi desenvolvida por Milton Nascimento e Wagner Tiso. A narração dos acontecimentos ficou a cargo de José Wilker. A edição foi conduzida por Francisco Sérgio Moreira e os produtores associados foram Denise Goulart e Hélio Paulo Ferraz.

 

PRÊMIOS

 

Prêmio Especial do Júri, melhor filme do Júri Popular e melhor trilha sonora do Festival de Gramado (1984). Prêmio Especial do Júri, Festival de Havana (1984). Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de Cuba (1984), Prêmio especial do júri. Troféu Margarida de Prata – C.N.B.B. (1984).

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“Ciúme”, de Pietro Germi, será o último filme do diretor na Mostra de Cinema Italiano de 2019

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

07/10 – 19H: “CIÚME” (1958), DE PIETRO GERMI

 

SINOPSE

Rocco (Vicenzo Musolino) é assassinado logo após seu casamento com Agrippina (Marisa Belli). O nobre Roccaverdina (Erno Crisa) ama Agrippina e é um dos suspeitos do crime, porém a justiça condena um inocente pelo assassinato.

 

O DIRETOR

Nascido em Gênova, filho de um operário e uma costureira, Pietro Germi estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “A Testemunha” (1945); “Em Nome da Lei” (1949); “Caminho da Esperança” (1950); “O Ferroviário” (1956); “O Homem de Palha” (1957); “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original; “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Confusões à Italiana” (1966), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/MostraCinemaItaliano

 

 

SERVIÇO

Filme: Ciúme (1953), de Pietro Germi

Duração: 86 minutos

Quando: 07/10 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Cinema Com Partido exibe “Jango” e contará com a presença de Silvio Tendler e João Vicente Goulart

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

05/10 – 10H: “JANGO” (1984), DE SILVIO TENDLER

 

SINOPSE

O documentário retrata o cenário político brasileiro na década de 1960: a crise da renúncia de Jânio, a campanha da legalidade, a posse de Jango, o parlamentarismo, o plebiscito, as reformas de base, o golpe de 1964, as manifestações contra o regime militar e a repressão. O filme recebeu os prêmios especiais do júri e do público no Festival de Gramado.

 

Após a exibição, nosso debate contará com a presença de Silvio Tendler, que é cineasta e diretor do filme,e João Vicente Goulart, que é filho do ex-presidente João Goulart e presidente do Instituto que leva o nome de seu pai.

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaComPartido

 

 

SERVIÇO

Filme: Jango (1984), de Silvio Tendler

Duração: 117 minutos

Quando: 05/10 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

P4-Bixiga

Parabéns Bixiga pelos seus 141 anos de história

P4-Bixiga

 

Neste 1° de outubro, celebramos o aniversário de 141 anos de um dos mais tradicionais bairros da cidade de São Paulo, o Bixiga. Um bairro que a UMES tem muito orgulho de chamar de casa.

Berço do samba paulista, o bairro é também uma síntese do povo brasileiro. A tradição italiana se misturou às culturas negra e nordestina. Aqui, todos os povos, convivem em harmonia.

O tradicional bairro do Bixiga também foi uma fonte de inspiração. Ele aparece no “Samba no Bixiga”. Adoniran, que era filho de imigrantes italianos, frequentava várias cantinas da região.

Foi também no Bixiga que surgiu a Escola de Samba Vai-Vai – a “Escola do Povo”, a maior campeã do carnaval paulista.

O Bixiga se torna cada vez mais o pólo cultural e gastronômico da cidade de São Paulo. Além das cantinas italianas, surgem em nosso bairro diversos restaurantes com culturas de diferentes regiões do mundo que podem ir do Vietnam à Palestina e do sul ao norte do nosso país.

É aqui também que estão os principais teatros da cidade de São Paulo, como o Teatro Oficina, o Sérgio Cardoso, o Ruth Escobar e o Bibi Ferreira.

No Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na sede da UMES de São Paulo, a Mostra Permanente de Cinema Italiano e a Mostra Democrática Cinema com Partido, são oferecidas gratuitamente para os moradores do nosso bairro e de toda a capital paulista.

 

Parabéns ao nosso bairro!

Viva o Bixiga!

 

Veja o especial do Portal do Bixiga sobre a história do nosso bairro:

http://www.portaldobixiga.com.br/historia/

 

Veja vídeos sobre a história do Bixiga:

 

Tour pelo Bixiga – Adoniran Barbosa & Elis Regina Reedição ®

https://www.youtube.com/watch?v=LFZllOB1pKw

 

História dos Bairros – Bixiga: A Bela Vista Do Palco Brasileiro

https://www.youtube.com/watch?v=I_cCAHKEH7Y

 

Documentário Vai Vai – 80 Anos Nas Ruas

https://www.youtube.com/watch?v=8VTB7IX6S5M

 

Achiropita: 90 anos de História e caridade orionita no Bairro Do Bexiga

https://www.youtube.com/watch?v=qFl28ASNwVM

 

A História de Pato N’água

https://www.youtube.com/watch?v=wLm7w1ux33c

 

Bixiga Amore Mio – A vida de Walter Taverna

https://www.youtube.com/watch?v=g9Cipd8_Zsc

Escola sem partido Paraná

Rejeição do “Escola sem Partido”, uma vitória contra o obscurantismo bolsonarista

Escola sem partido Paraná

 

Os estudantes brasileiros conquistaram uma importante vitória na defesa do pensamento crítico, da liberdade de expressão e manifestação nas salas de aula. Em 16 de setembro, a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) rejeitou, em segunda votação, o projeto de lei intitulado “Escola sem Partido” que instaura a censura dentro das escolas.

 

Os defensores do projeto dizem querer combater a “doutrinação ideológica”, mas, seu real objetivo é impedir a existência de debates e silenciar estudantes e professores que proponham a discussões políticas, científicas ou filosóficas dentro das escolas e universidades.

 

O projeto é defendido pelas forças mais reacionárias do país que pretendem impor seus pensamentos obscuros e anticientíficos aos estudantes, perseguindo assim àqueles que se opõe ao retrocesso.

Cabe ressaltar ainda que o “Escola sem Partido” é flagrantemente inconstitucional. 

 

Em recente artigo, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB-PR) celebrou a derrota da proposta bolsonarista para a Educação e denunciou as ilegalidades do PL:

A Constituição Federal estabelece em seu artigo 22 que é competência privativa da União dispor sobre diretrizes e bases da educação nacional. A liberdade de ensinar e o pluralismo de ideais constituem diretrizes para a organização da educação impostas pela própria Constituição. Compete exclusivamente à União dispor a seu respeito. O Estado não pode sequer pretender complementar essa norma, deve se abster de legislar sobre o assunto.

A proposta contraria princípios legais, políticos e pedagógicos que orientam a política educacional brasileira, que no processo de consolidação da democracia, apontam para autonomia dos sistemas de ensino na elaboração dos projetos político pedagógicos, a liberdade de ensinar e aprender, o pluralismo de ideais e concepções pedagógicas, a gestão democrática da escola, a valorização da diversidade humana e a inclusão escolar.

O cerceamento do exercício docente fere a Constituição ao restringir o papel do professor, estabelecer censura a determinados conteúdos e materiais didáticos, além de proibir o livre debate no ambiente escolar. Seria um enorme retrocesso se tivesse sido aprovado.

Lei-Mordaça-Escola-Sem-Partido -Foto-Leandro-Taques

Perseguição rejeitada nas ruas e nos parlamentos

 

Projetos de perseguição idênticos ao PL do Paraná já foram rejeitados em outros estados e municípios. Em São Paulo, os vereadores da capital, com a firme mobilização dos estudantes, rejeitaram o “Escola sem Partido” no fim do ano passado

 

No Maranhão, em Minas Gerais e no Ceará, três resoluções em defesa da democracia e contra a perseguição foram publicadas pelos governos estaduais em 2018. Na Paraíba, a lei estadual 11.230/2018, a favor da liberdade de expressão, foi aprovada em dezembro. As normas defendem o “pluralismo de ideias de concepções pedagógicas, liberdade e apreço à tolerância”.

 

CONGRESSO

No final de 2018, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisava o “Escola sem Partido” (PL 7180/2014), decidiu arquivar o projeto. Segundo o deputado Bacelar (Podemos-BA), “nós conseguimos mostrar à sociedade, através da academia, das organizações da sociedade civil, que trabalham na área da educação, que é um retrocesso muito grande”.

STF

Além disso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu pela inconstitucionalidade em todas as ações diretas contra projetos similares a esse. Foram suspensas as aplicações desse tipo de lei.

“A lei não estabelece critérios mínimos para a delimitação de tais conceitos, e nem poderia, pois o estado não dispõe de competência para legislar sobre a matéria. É tão vaga [a lei] e genérica que pode se prestar à finalidade inversa: a imposição ideológica e a perseguição dos que dela divergem”, sustentou o ministro Luís Roberto Barroso ao conceder liminar para suspender a lei da mordaça aprovada em Alagoas.

 

PGR

No dia 18 de setembro, no último dia de atuação à frente da Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge apresentou ao STF pedido para suspender qualquer ato do poder público que autorize ou promova censura a professores no ambiente escolar.

De acordo com a PGR, a medida foi motivada pelo crescente número de leis e movimentos que buscam implantar um modelo de ensino que contraria o modelo educacional vigente, definido pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre os movimentos apontados pela PGR, está o “Escola sem Partido”.

Raquel Dodge destaca que “nos últimos anos, tem-se acompanhado, no Brasil, o crescimento de movimentos que visam a implantar um modelo de ensino que contraria o modelo educacional vigente – definido pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) – em pontos relevantes”.

 

protesto escola livre 1

 

Cartilha de Weintraub é nova tentativa de censura nas escolas

 

Apesar do crescente repúdio a essas medidas, Bolsonaro continua desrespeitando o ambiente escolar e tentando implementar medidas de perseguição contra os pensamentos diferentes.

 

Nesta semana, o ministro da Educação bolsonarista, Abraham Weintraub, anunciou que o MEC enviará uma “cartilha de boas práticas” para barrar manifestações políticas dentro de universidades e outras instituições federais de ensino.

 

Mais uma vez, tentam atacar a Educação, perseguindo aqueles que se opõe à sua política de destruição.

 

Nós estudantes estaremos novamente na linha de frente da defesa da democracia no nosso país e contra o retrocesso bolsonarista.